ALEXIA

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Perdi a noção das horas

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Perdi a noção das horas.

Estávamos aguardando mais informações em uma sala particular desde o início da tarde, e a noite já havia chegado com a lua. O normal era que realmente demorasse para que tivesse tudo finalizado e fosse diferente do trabalho de parto que acontecia nos filmes, mas eu estaria mentindo se não fosse agonizante não saber de nada.

Isso porque segundo a obstetra que vem acompanhando de perto a gestação da Serena, a gravidez chegava a ser considerada de risco devido a massa corporal não tão alta que ela tinha. Gavi teve um trabalho duro para fazê-la se alimentar direitinho e ir ganhando forças para não sofrer um aborto espontâneo ou qualquer coisa que implicasse na formação da bebê, e isso explicava o fato dela estar bem mais reclusa na torre do que habitualmente fazia. Ferran disse que ela sempre foi assim e depois a própria me confirmou o seu jeito discreto de ser, mas nunca que imaginei que o Gavi a mantendo como prisioneira seria pelo bem da sua saúde.

E ele nunca abriu a boca me contradizer enquanto à isso também, e aposto que foi por um pedido dela. Pedri e Ferran também não sabiam e ficaram tão surpresos quanto eu.

Assim como restante que estava presente.

Não estávamos só nós três na sala de espera particular do hospital. A família Martinez veio assim que Ferran telefonou ao irmão mais velho de Serena e em mais ou menos duas horas, eles chegaram ansiosos. Confesso que estranhei a princípio quando me toquei que todos se mudaram de Barcelona e foram para a França. Simplesmente todos que Serena convivia diariamente foram para a outro país e deixaram a caçula aqui.

Tudo bem que agora ela era casada e tinha uma nova vida sendo bailarina da Bolshoi, e pelo o que soube, ela e o Gavi se mudaram antes do pai dela assinar com o Paris Saint-Germain, mas sei lá. Era estranho. Serena esteve por um fio de ficar na Rússia e depois que voltou e começou uma gravidez, só tem o Gavi e os meninos por perto. Isso me fez entender perfeitamente do porquê deles a protegerem a todo custo.

Ela só tinha eles aqui como eu tinha Marcus e Garnacho em Stretford.

Que por falar nisso, era outro furacão que se formou após o encerramento de outro. Mandei mensagens ao Rashford porque sabia que ele era o mais provável de ver e me responder do que o outro. Ele tinha razão em dizer que eu e Garna éramos parecidos. Pedri também enviou vários textos e fez ligações quando sai de Tenerife dias atrás, mas o ignorei pela fúria do momento.

E agora a situação havia sido completamente invertida.

Mas o foco agora era outro, então deixo de encostar a cabeça no ombro de Pedri e me levanto, indo para o outro lado da sala em tons de amarelo suave e me sento no mesmo sofá de Ferran. Existiam poltronas e um frigobar que só foi usado pelo Luis Enrique e Elena que pegaram garrafinhas de água. A televisão estava ligada no alto passando algum filme que não prestei atenção, e tenho quase certeza que os que olhavam também não captavam os detalhes diante da preocupação evidente. Tudo parecendo muito automático em uma espécie de hipnose coletivo.

Glitch • Pedri GonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora