Foto de Alice Wegmann = Hanna Jonson
Música = Christina Perri - HumanParticipe do grupo no Facebook: Andressa Nunes - Escritora
Não esqueçam das estrelinhas e comentários.
Boa Leitura.
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Eliot
Já se passam das uma da manhã. E eu estou sem vontade nem uma de voltar para casa. Paro minha BMW em frente há um bar que está um pouco movimentado. Vou direto até o barman e peço um whisky. Me sento em um banco e fico repassando minha conversa com ela.
– Se você me ama de verdade como diz, se separe – ela disse. – Caso contrário, buscarei alguém que me dê o valor que eu mereço.
– Mas eu te dou valor – tentei argumentar.
– Mas você é casado. E eu não serei sua amante, Eliot. – foi á palavra final dela.
Peço outra dose. Só de pensar em outro homem á tocando já sinto meu estômago revirar de raiva. Ela é minha, só minha. Mas eu não posso lutar por ela. Como ela disse eu estou casado.
Juniper é uma mulher maravilhosa, mas não é a mulher que eu escolhi para mim. Peço outra dose. Como eu queria poder amá-la, mas isso não é possível enquanto eu tiver outra em meu coração. Quem sabe agora que ela disse que não quer me esperar, eu consiga me apaixonar por Juniper?
Olho no meu relógio e estou aqui à meia hora. Minha casa fica um pouco longe daqui, e se eu não parar de beber, não vou conseguir chegar. Pago a conta e saio.
No caminho, Eu não paro de pensar. Juniper é minha mulher, e eu devo respeito á ela. Talvez seja melhor acatar a decisão daquela que amo. Talvez eu não a mereça e esteja apenas atrasando sua vida.
Vejo minha casa há distância, e solto um suspiro pesado. Está na hora de voltar a minha realidade.
***
Juniper
Desço e noto a luz da sala de estar acesa, ouço um barulho vindo da cozinha. Resolvo esperar no segundo lance de escadas. Me sinto como uma caçadora esperando que a presa caia na minha armadilha, e de qualquer forma é isso mesmo que irá acontecer. A luz se apaga e ouço passos. A escada está iluminada apenas pelos pequenos pontos de luzes ao longo de seu comprimento.
– Ainda acordada, Junn? – diz percebendo minha presença.
– Sim, ainda estou. E não vem com essa de "Junn".
– Aconteceu alguma coisa? – indaga.
– Não, nada de mais – tento soar irônica.
– Então. Para quê isso? – se refere á cena que se passa.
– Por que eu exijo respeito, Eliot. Não é por que nosso casamento é arranjado que você não me deve respeito.
– Mas eu te respeito – ele parece confuso.
Faço um sinal com a cabeça como se estivesse inalando alguma coisa.
– A julgar pelo cheiro que emana de você, você bebeu whisky. A julgar pela marca de batom rosa em sua camisa, foi com uma mulher. E a julgar a hora – bato os dedos no pulso, como se estivesse com relógio – diria que se divertiram bastante.
– Não é o que parece...
– Shhh. Está me interrompendo – ele abaixa a cabeça, mas continua me olhando. – Se é isso que você chama de respeito, eu dispenso – viro-me para subir.
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Por Livre e Espontânea Pressão
RomanceAVISO: Essa é a primeira versão do livro... a Versão Oficial está na Amazon e o físico no site da Editora Flyve. Juniper é a caçula da poderosa família Dorgal e sua vida gira em torno da faculdade, festas e amigos, mas tudo muda quando seu pai...