111. Outono: solidão de um monstro

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Tô apaixonado?

Ou carente?

Sou cruel?

Ou negligente?

Destilado amargo
Se tornou meu mais novo consolo.

Sou meu medo,
Aparelho de tortura.

Tontura.

Na penumbra dessa noite,
Me perdi na floresta de sua beleza.

Ruivas folhas declaram minha favorita estação
E a emoção de me perder em novos olhos.

Vou me guiando com um canto,
Em prantos.

Já nem sinto o peito escorrendo,
Meus ouvidos se mutam para tudo.

E estou irracionamente me afastando do caminho
Para um delírio.

Vou deixar esse ser místico brincar comigo.

(24.09.23)

Não para o sentimento de insuficiência, suficiente.Onde histórias criam vida. Descubra agora