Existência incongruente

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Não é que a vida escolha ser  injusta, apenas pagadora dos erros cometidos

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Ao descer do carro pôde sentir seus braços serem pegos de modo grosseiro e nada gentil, a guiando para dentro do próprio inferno o qual não tem a mínima ideia do que a espera do lado de dentro. Se a visão do lado de fora era ruim, imagine dentro que ao obter a sensação de ter o chão da quele lugar imundo de encontro com o tacão do salto cor vinho que calçava sob os pés, finalmente a ficha caiu de que ficaria ali dentro por longo três anos de sua vida e não havia o que mudar dali em diante.

Até que sentia uma leve ardência ao arredor de seu pulso onde havia algemas de ferro prendendo-os juntos de frente para seu tronco, porém em nem um momento reclamou ou até achou ruim, soube que estava alí por que merecia — não se arrepende —. E se pudesse ao menos voltar a umas três horas atrás, faria o mesmo, repetiria passo a passo os motivos os quais a fizeram parar dentro do presídio de segurança máxima.

Pra onde quer que estavam a levando, se manteve calada desde do momento em que a colocaram dentro do camburão. Ao chegar em um corredor pôde ouvir sons de vozes emitirem de modo escandalizado e eles aumentaram cada vez mais, quando em fim pisou de frente para o corredor onde havia celas e nelas muitos presidiários com os braços para fora como se quisessem chamar a atenção de quem quer que estivesse passando. E mesmo o barulho a incomodando, se manteve com os passos firmes podendo entender muito bem as palavras que eram proferidas para si diretamente.

— vem cá, deixa eu enfiar meu pau na sua boca gracinha! — era basicamente o que diziam fazendo com que ecoa-sem risos de pura satisfação e o barulho das grades sendo chacoalhadas bruscamente. 

— como a putinha se chama! — suspirou fundo e não direcionou o olhar a seu ninguém. foi guiada mais a fundo e logo estavam a empurrando para dentro de uma das celas escuras depois de soltar as algemas dos seus pulsos e junto lançar as roupas e um pá de sapatos branco no chão.

— vista-se detenta — disse o policial que a levou até a cela usando um tom ríspido e seco. Jimin virou-se e abaixou para pegar as peças de roupa do chão sujo e ouviu a grade bater e o policial ir.

Não tinha mais como voltar atrás.

— sua roupa é muito bonita, aonde comprou? — uma voz feminina chamou sua atenção para olhar na direção de onde ela vinha. e pôde ter a visão de uma mulher um pouco perto de como não esperava estar, e ela se aproximou ainda mais erguendo as mãos para tocar o vestido justo vermelho sangue que trajava sob o corpo. entretanto impediu o toque recuando um paço

— isso não é da sua conta, é? — franziu a testa de forma involuntária. emitindo uma outra pergunta em cima da qual a garota lhe fez. não fazia a mínima ideia de que iria compartilhar a cela ainda mais com duas pessoas, pois conseguiu vê mais uma garota que se apressou a ficar ao lado da outra, parecendo perceber o humor que Jimin carregava na quele instante

— deixe a novata Eunbin, ela não parece saber o que é educação — a voz da morena se fez presente apoiando a mão no ombro da possível amiga. a resposta da mulher deveria ter trazido raiva a Jimin, contudo não fez a mínima diferença

Apenas o que fez foi olhar para as duas beliches em cada canto da cela.

— a cama de cima é da Yerim, fique com a de baixo. — a mulher voltou a falar, e Jimin soube que faltava mais uma presidiária na quele cômodo pequeno e seboso que sabe que irá ser seu lugar que passará suas noites durante os três próximos anos.

Se dirigiu a cama onde dormiria e sentou-se sob ela, iniciando o retirar dos saltos e podendo sentir olhos nos pares do calçado bonito que retirou dos pés revelando a tatuagem de uma rosa de tamanho pequeno na lateral do pé esquerdo. Porém ignorou solenemente e levantou começando a se despir do vestido  e catando a calça e em seguida a blusa de manga da cor laranja para se vestir. Deixou seus saltos e vestido no canto da cama e sentou-se novamente.

Presídio - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora