Eʟᴇ ᴛᴇ ᴛʀᴏᴜxᴇ ᴘᴀʀᴀ ᴍɪᴍ

1-ᗩᒪᕮ́ᗰ ᗞᗩQᑌI

⚠️Escutem a música enquanto leem.
Boa leitura.

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3 𝓭𝓲𝓪𝓼 𝓪𝓷𝓽𝓮𝓼...

Sendo a segunda cidade mais antiga da Flórida, Cedar Key é uma comunidade de pescadores no Golfo da Flórida onde o tempo parece ter parado, as pessoas todas se conhecem, e a natureza é exuberante. Por aqui, não há prédios e muito menos arranha-céus. Porém, há centenas de ilhotas com micro praias compondo a paisagem, casas de madeiras erguidas nos anos 1800, carrinhos de golfe, caiaques e bicicletas como meio de locomoção, e nascentes.É literalmente o paraíso que todos queriam morar,entretanto para quem sonha além de casas velhas , peixes e oceanos ,ser algo diferente ,ir além do horizonte onde a vista não seja apenas água rodeada por todos os lados, um espírito livre assim como meu irmão ,aqui era sua prisão.

-Tudo aqui fede a peixe e gente velha,eu não quero morrer aqui e saber que fui um pescador ou herdar uma pousada histórica, porque ele não coloca isso naquela cabeça oca dele.—Acordo sonolenta com suas reclamações diárias no pé da minha cama, bocejo despertando.

-Você poderia esperar pelo menos eu acordar.—Bato em sua testa e rolo para o outro lado cobrindo meu rosto.

-Porque para você é tão fácil?—Ele sussurra murmurando e escuto ele bater seu corpo contra o chão se deitando todo espalhado.

-Porque eu sou um corcel domável.—Jogo meu coberto em cima dele, de quebra pulo em cima do seu estômago,ele faz um barulho engraçado com o impacto.

-Engraçadinha.—Entrelaça suas pernas e braços sobre meu corpo apertando,grito pela cócegas e falta de ar.

-Ale, para, te imploro pela senhoras dos peixes que pare.—Nossos sorrisos poderiam ser escutados a um quilómetro pelo silêncio que aquele lugar emanava e provavelmente os idosos iriam reclamar.

-Não vale usar a senhora dos peixes, deixe ela no mar, sabe que se você mencion....—Tampo sua boca com as duas mãos.

-Os peixes não vira,bla bla , isso é superstição.—Ele solta sua chave de braços me colocando para o outro lado, ajeito meu corpo ficando bem próxima do seu olhando para o teto do meu quarto.

-Na verdade, quem sabe se usarmos isso para os peixes nunca mais voltarem, não teremos comida, o comércio ia quebrar e teríamos que nos mudar.—Ale falou tão rápido e empolgado com sua ideia que me fez rir mais.

-Você odeia tanto essa cidade assim?.—Fico de lado ainda deitada apoiando minha cabeça no braço inclinada, seguro os risos enquanto falo.

-Se você soubesse, raposa.—Solta um suspiro lento vidrado sobre o teto.Odiava quando Ale proferia sobre a minha pessoa essa palavra,não que o apelido não venha a calhar, era algo óbvio, éramos ruivos,brancos de tão transparente, cheios de sardas por todo o corpo ,herdamos isso da mamãe, agora os olhos claros azuis como o mar no seu mais alto dia ensolarado foram do papai.

-Já tentou falar como se sente para eles, raposa two.—Ele gargalha voltando a olhar para mim, pois estava perdido em seus pensamentos.

-Esse é seu apelido não o meu.—Arquio  as sobrancelhas incrédula brincando com ele.

-Da na mesma, mesmo com diferença de idade todos acham que até hoje somos gêmeos.

-Tá vendo, só tem velhos burros  .—Coloca as duas mãos sobre o rosto gritando.

-Tadinhos, não culpe eles por serem cegos é a idade.

-Triny, oque seria da minha vida sem você?.—Tenta segurar a risada mas não consegue.Me levanto mas continuo sentada sobre o chão ao seu lado.