Capítulo 9

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Ela me desafiou

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Ela me desafiou.

E foi a melhor decisão da vida dela. Não tem nada que me motiva mais do que o gostinho de uma vitória.

Você quer uma promessa cumprida, princesa? Eu vou te dar muitas, assim nunca mais haverá dúvidas quanto a honra das minhas palavras.

Eu errei no passado, mas não vai se repetir, garanto. Porque, por nada neste mundo, vou perder a oportunidade de ver aquela mulher engolindo suas próprias palavras. Determinação é meu nome do meio agora!

Consegui alcançá-la a tempo, e quando a minha mão se fechou em seu braço, o rosto pequeno e delicado se virou para mim, um tanto surpreso.

Sem conseguir desviar, analisei a boca vermelhinha, lutando com meus impulsos para não agarrar a curva suave de sua cintura e provar do gosto que tenho tanta saudade. Respirando fundo, direcionei a minha mente ao propósito de ter corrido atrás da princesa arisca.

— O que quer que eu prometa? — indaguei sorrindo.

É errado cantar vitória antes da hora, no entanto, não existe nada que esta mulher me peça agora que eu não vá fazer. Adoro desafios, afinal.

Juliana sorriu também, olhando-me como se fosse a campeã de um grande jogo, antes de sussurrar com a voz doce, serena:

— Fica longe de mim, Vinícius. Segue a sua vida, assim como eu fiz. É isso o que quero que faça.

Um tapa na cara. Suas palavras se assemelhavam a isso, e foi tão dolorido que um amargor dominou a minha língua, travando um bolo difícil de engolir em minha garganta.

Eu queria ordenar que pedisse qualquer coisa menos isso, mas existe uma coisa sobre mim: não nego nenhum desafio. Se é o que ela quer, assim será. Mas vamos ver quanto tempo aguenta todo o meu desprezo, posso ser muito bom nisso também.

— Tudo bem. — Soltei o braço dela, guardando as mãos no bolso da minha calça, para que ela não me visse as fechando em punhos.

Juliana semicerrou os olhos, desconfiada das minhas palavras.

— Não vai falar mais nada? — inquiriu em choque.

Ah, princesa, você não faz ideia da cova que acabou de cavar...

— Eu deveria? — sarcasmo escorreu enquanto franzia o cenho.

Ela abriu a boca, sem fala provavelmente, então limpou as mãos na calça verde e suspirou alto.

— Não — disse, por fim, evitando os meus olhos. — Só... Bem, deixa pra lá. Espero que possa cumprir com sua palavra desta vez.

E ali estava, a desconfiança que farei questão de arrancar da cabeça dela. Eu já fui o seu confidente e melhor amigo, não vou aceitar ficar nesta posição ruim pra caralho. Juliana é a mulher da minha vida!

— Eu vou, não se preocupe. — Sorri, o sorriso mais falso que dei em toda a minha vida. — Talvez, eu já até esteja fazendo isso. — Dei de ombros, adotando uma expressão triunfante.

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