Talvez o amor...

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Talvez o amor...

...Possa curar a alma ou dar alguma razão a existência de alguma maneira que alguém jamais saberá explicar, como é impossível explicar o que nos deu a vida.

Talvez a existência do amor, seja o alimento infinito e invisível da alma, que força a cair como levantar, a correr, ou parar.

Pode o amor ser somente um vento de final de tarde, saudoso que nos abraça forte e chega a causar arrepios, e de todas as leituras, a mais importante é a de se sentir vivo.

Talvez ele seja o trem, o trilho, as paradas, ou o infinito caminho para algum lugar.

Talvez ele esteja além de todas as outras coisas, como um sorriso, uma voz, uma presença.

Há quem acredite que o amor seja tão forte quanto as rochas e tão insistente quanto as ondas do mar avançando na praia.

Pode ser tão intenso que alguns vão chorar por medo de acordar, outros por medo de dormir.

O amor deveria ser guardado num frasco, para uso em doses homeopáticas, para curar a dor no peito ou para rir quando a solidão apertar, ou quando a casa estiver cheia. Também poderia ser usado para curar a memória, e reduzir o esquecimento.

Talvez o amor, seja a maior droga existente, ou a cura para todo o resto.

Talvez o amor seja o fim, ou o recomeço.

De todas as possibilidades do amor, daquelas ditas ou as impensadas...

...Não importa se nunca conseguirmos explicar de fato o amor, só importa que haja amor, e que seja sentido em suas infinitas formas! 

Autora: D. Medeiros.

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