31. LACUNAS, parte 016

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*Este capítulo está sendo repostado após Lacunas & Desfechos ter sofrido uma exclusão de setenta partes da sua história, quando contava com mais de cem capítulos e 130k de visualizações. A pedido de vocês, L&D continuará - sempre!

Boa leitura. Com carinho,
Lívia.
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O rosto de Helena é de completo espanto, ela realmente não sabe o que fazer. Ela fica surpresa e alegre de ver César assim, lhe fazendo uma surpresa e, ao mesmo tempo, tem uma descarga de adrenalina típica de quem está fazendo algo às escondidas. De imediato, ela exclama seu nome, como por reflexo.

Helena:César!

Lorena:Pois olha que encontro mais fortuito! Doutor César, que prazer revê-lo aqui, em nossa escola. Espero que não seja por algum problema com a Marcinha...?!

César:Não, eu espero que não.

César sorri, disfarçando, mas mantendo meio que em mistério o motivo da sua ida.

Lorena:Ah, que bom! Estávamos aqui jogando conversa fora. O Sérgio veio conversar com os alunos, apresentar um pouco de arquitetura para os nossos alunos. Enfim, acho importante esse momento de aproximar os jovens tão indecisos dos profissionais, dessa parte prática das profissões. Se o senhor tiver um espaço na sua agenda e quiser compartilhar dessa profissão tão bonita conosco, acho que os alunos iam amar!

César:Claro, será um prazer.

Lorena:Ótimo! Que prazer essa sua visita em nossa escola... É alguma coisa que eu posso ajudar?

César:Hum... Não, acredito que não.

Lorena:Então, se vocês me dão licença, eu estou de saída porque estou faminta! Você toma conta do Doutor César, minha querida? Bom, a professora Helena você já conhece. Estou de saída, mas te deixo em ótimas mãos.

Helena está em segundo plano, atrás da turma da Lorena e assiste a todo o diálogo com uma carinha de cúmplice, sorrindo e quase devorando César, que não consegue escapar e retribui seus olhares também, principalmente quando Lorena profere a última frase... Todos riem e, lá no fundo, Helena chacoalha a cabeça olhando para César, como quem diz "não-acredito-que-estou-ouvindo-isso". Por fim, Lorena se despede.

Lorena:Vidinha, minha filha, vamos? Se não daqui a pouco a gente não acha mais mesa no Au Poivre. Não vou convidar de novo, hein Helena?! Você sabe que é sempre bem-vinda, minha querida. Se alimente direito, que saco vazio não para em pé, já dizia mamãe.

Helena:Pode deixar! Pode deixar, meu bem.

César e Helena assistem o grupo partir enquanto se entre olham e ela, sem dizer nada, caminha para o interior de sua sala e fica na porta o olhando, convidando-o com o olhar. César entra calmamente, com aquele sorriso e se apossa da porta, tirando-a do domínio dela. Ele vai fechando a porta com o próprio corpo de Helena, no qual ele vai se encostando e pressionando com seu corpo. Os dois se beijam em um beijo de recepção molhado e devagar até que César, assim, colados, revela naquele tom mais safado...

César:Em ótimas mãos, é? - Helena gargalha, ele continua: – Vim te buscar para almoçarmos.

Helena:César! Você está maluco.

César:Completamente. Agora, vamos?!

Helena pensa em tudo: nesse flagrante muito mal explicado que Lorena deu na visita de César, no que podem pensar vendo-os juntos, a sós, numa sala, saindo só os dois... Isso a apavora, mas ao mesmo tempo a excita e a essa altura ela já está cansada de fingir e perder oportunidades. Depois de muito duelar em silêncio entre desejo e razão, Helena decide não resistir mais.

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