Hormônios a flor da pele

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THAÍS

Mal dormi nessa noite, ansiosa e com medo de que Vincenzzo tenha mentido pra mim. Quando ele entrou no quarto que eu estava naquela manhã eu já estava acordada, tomada banho e vestida, pronta só o esperando. Mesmo o vendo ali ainda desconfiava que ele não fosse me levar pra casa, mas ele me levou.

E agora aqui estamos nós, em minha casa. Ele está parado no meio da minha sala enquanto eu estou sentada.

- Você pode se sentar se quiser. – ele me olha por alguns segundos e vem em minha direção sentando ao meu lado, bem colado pra falar a verdade.

- Não precisa sentar em cima de mim, o sofá é gande – falei irônica.

- Mas se você quiser sentar em meu colo não tem problema – falou com um sorriso de canto quase imperceptível.

- Só nos seus sonhos! – falei me levantando, mas ele segurou meu braço me puxando pra ele e com o movimento acabei realmente caindo em seu colo – dá pra você parar de ser tarado? - disse tentando sair e ele me perdendo mais ainda.

- Você sabe que nós vamos transar né – falou em meu ouvido – tipo, muito! A todo o tempo, e todo lugar, de todas as formas possíveis... espero que esteja preparada senhora Martineli.

Me arrepiei inteira e com todas as minhas forças tentei não demonstrar o quanto eu estava afetada por ele.

Olhei em seus olhos e disse.

- Espero que esteja preparado para suas bolas ficarem roxas, por que isso vai ser ruim de acontecer.

Ele riu, e como a risada dele era gostosa de se ouvir. Eu só poderia estar ficando louca de pensar assim, não tem outra explicação. Não sei quanto tempo nós ficamos nos encarando, mas a tensão estava tão grande que eu não consegui resistir e acabei me inclinando e o beijando, nada demais, mas parecia muita coisa naquela hora. Foi um selinho simples, mas foi mais quente que muitos amassos que eu já dei.

Me afastei depois do selinho e o olhei esperando alguma reação dele, eu não sei qual reação que eu queria que ele tivesse, mas com certeza a que ele teve foi previsível, Vincenzzo me puxou pelo pescoço e me trazendo de volta pra ele me dando um beijo, não um selinho mas um beijo envolvendo a língua e pelo sangue santíssimo eu deixei e pior eu correspondi.

Com todo aquele envolvimento a coisa foi ficando mais quente e de repente eu não só estava sentada no colo dele como montada nele, com as minhas pernas uma em cada lado de sua cintura, eu simplesmente estava me esfregando nele e o que quer que ele tenha nas calças estava crescendo e isso me fez dar um estalo e como se eu tivesse correndo da própria morte pulei do colo dele e fiquei o mais longe possível.

Nós estávamos ofegantes e eu não estava conseguindo raciocinar direito.

- É melhor você não tocar mais em mim! – falei tentando demonstrar raiva.

- Bom, foi você que começou me beijando eu só dei continuidade, e você bem que poderia me ajudar a terminar o que você começou – disse apontando pro seu pau – nós estávamos indo bem.

- Você só pode ter batido a cabeça se acho que nós vamos fazer isso de novo.

- Pelo jeito agora não...

- Nem agora e muito menos depois.

- Não tente se enganar, Thaís. Você mesma provou agora que senti atração por mim, se não, não teria me beijado. Não precisa de muito mais para transar.

- Será que você só pensa nisso?! Eu não sou seu objeto sexual, Vincenzzo.

Ele se levantou e veio até mim e ao contrario das outras vezes que eu tentava me afastar por medo ou covardia eu fiquei e o encarei.

- Não, você não é. E eu não quero que você seja.

- Pois não pareci.

- Eu tô arriscando muita coisa aqui, Thaís. Acho que não percebeu que eu tô tentando por você?

- Tentando por mim? O que exatamente? Você só está sendo birrento com seu pai.

Ele agarrou minha mandíbula forte o suficiente para me deixar no lugar.

- Você não me conheci, porra.

- Pois é.. – forcei a falar com ele segurando minha mandíbula – por que nós realmente não nos conhecemos, Vincenzzo.

Ele me largou mas não deixando de ficar próximo demais de mim.

- Eu estou tentando fazer isso mas você é mais teimosa que uma mula prenha!

- Como é que é? Você acabou de me comparar a uma mula prenha, seu imbecil? – o empurrei pelo tórax tentando o deixar mais longe de mim possível.

- Só aceite de uma vez por todas que nós vamos nos casar, ter muitos e muitos filhos e que se dermos sorte seremos um pouquinho felizes.

- Muitos e muitos filhos?

- Sim!

- Mas nem fudendo.

- Não querida, vai ser fundendo ao máximo que nós vamos os fazer. – falou sínico me dando o maldito selinho e indo em direção a saída – vou trazer o jantar hoje à noite e nem pense em sair de casa porque eu vou te buscar até no inferno.

Dizendo isso ele se foi, na mesma velocidade que entrou em minha vida.

VINCENZZO

Foi inesperadamente gostoso ter Thaís rebolando em meu colo, não achei que fosse acontecer nem tão cedo, mas agora que eu percebi que ela tem tanto tesão quanto eu isso vai ficar interessante.

Fui para a empresa e fiz meu trabalho licito para variar e o dia até que passou rápido, como planejado e passei num restaurante para levar o jantar. Meu celular tocou e na tela brilhou o numero do segurança que eu designei para a segurança de Thaís, não só ele é claro, mas ele era o chefe de segurança dela.

- Qual o problema?

- Não acho, que seja um problema senhor...

- Eu decido isso, fale logo – falei impaciente.

- É só pra avisar que o ex da senhorita Thaís acabou de entrar na casa dela.

- Já estou a caminho.

Terrible ObsessionOnde histórias criam vida. Descubra agora