Único.

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Vazia. A residência de [Nome] parecia estranhamente vazia.

Mas, de alguma forma, ele sabia que ela estava lá, e no fundo sabia que não seria recepcionado com toda a animação ou carinho de costume da namorada. Quando adentrou a sala de estar e seus olhos não captaram nenhum resquício da presença da garota, Ken entendeu que as coisas não seriam fáceis dali em diante.

Ele pensou seriamente em dar meia volta e fingir que nunca entrou no apartamento da garota. Ele realmente desejou isso. Talvez voltasse mais tarde com a cabeça no lugar, mais fria. Porém, espantando completamente todo e qualquer pensamento de sua cabeça, pequenos sons eram ouvidos por alto.

Seus sentidos automaticamente se aguçaram. Era [Nome], a voz de [Nome]. Tão doce, manhosa, libidinosa. De início ele se assustou, temendo o porquê dela estar murmurando e gemendo, mas não demorou para que ele entendesse que a garota chamava por seu nome, provocativa como nunca.

- Ken... - Somado a um gemido que rendeu-lhe uma fisgada aguda no pau. O tom se assemelhavam a um anjo, mas um anjo não seria tão luxurioso, tão malditamente perverso. Draken conhecia muito bem o diabo que se escondia naquele quarto, e ele parecia estar o chamando para se lambuzar no pecado mais delicioso de sua vida.

Sons molhados. O vice da Toman teve que fechar os olhos, a respiração ofegando só com a mera imaginação do que acontecia ali, bem pretinho dele. Gemidos. O pé de sua barriga pareceu oco por uns instantes, o membro já incomodando no meio das pernas. Mesmo que o quarto de [Nome] fosse no inferno, ele faria o possível pra chegar lá.

Aí ela clamou por seu nome mais uma vez, a voz tão deliciosamente rendida, chamado-o para entrar nela e a fazer ficar muda de tanto prazer.

Puta merda.

Como num passe de mágica, ele já estava andando até a porta do quarto. Estava entreaberta, a luz do dia não acessava aquele cômodo com clareza, se espreitando apenas por uma fresta na cortina da janela, e pela porta, que ao ser empurrada, trouxe mais luminosidade ao ambiente.

Porra. Mil vezes porra.

Ela estava lá, fudidamente entregue aos próprios dedos. Rosto corado e testa suada, alguns fios de cabelo grudavam ali. A boca aberta, sonora como se a fantasia que passava por sua mente fosse a mais promíscua. Os olhos estavam fechados, mas assim que perceberam sua presença, o fitaram com uma onda de fome tão intensa que o loiro apertou a madeira da porta, os nós dos dedos tornado-se ainda mais esbranquiçados.

[Nome] estava em sua frente, pernas abertas, dois dedos penetrando a boceta lambuzada, outros esfregando o monte de nervos enquanto os joelhos se agitavam, inquieta com as sensações que ela mesma se proporcionava. Em determinado momento ela arfou alto, arqueado as costas, franzindo a testa, um gemido alto partindo de sua garganta.

- Caralho. - Ele se viu arquejando, o pau ardendo com a vontade de participar daquilo também. Ela molhou os lábios, o olhando fixamente enquanto a sonoridade obscena só se alimentava.

[Nome] adicionou mais um dedo, aumentando a velocidade da mão enquanto ficava muda com a avalanche de arrepios. Os dedos dos pés se contorcendo demonstravam pra o loiro que ela estava quase lá, então ele se apressou para chegar até a ponta da cama.

- Ken... - Ela murmurou quando o viu se aproximando. O seu nome parecia tão doce na boca da garota que Draken sentia-se cada vez mais tentado. Fazendo menção de subir na cama, o vice-líder roçou os dígitos nos tornozelos da moça, que repeliu seu toque quase que imediatamente. - Não... encosta. - Demorou a sair, mas ele ouviu em muito bom tom.

Os olhos custaram desgrudar de sua boceta babenta, mas ele a encarou, confusão dominando parcialmente seus pensamentos. Ela ainda parecia empenhada, o rítmo havia diminuído parcialmente, mas ela fazia o que ele reconheceu como tesourinha.

Dedilhado - DrakenOnde histórias criam vida. Descubra agora