pedido de casamento

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No momento em que abriu a porta do apartamento que dividia com o Epic, a primeira coisa que o Cross percebeu foi que as luzes estavam apagadas. O que era estranho ao ver do loiro, pois o Epic geralmente já estava em casa àquela hora da noite. Ele adentrou o primeiro cômodo do apartamento e depois de ligar a luz da sala de estar, fechou a porta.

— Epic? Você está em casa?

Cross foi até o sofá e tirou a sua jaqueta, deixando-a sobre o móvel antes de colocar a sua atenção na mesa próxima do sofá de dois lugares. E ali ele encontrou um papel dobrado ao meio. O pegou para si e se deparou com a caligrafia quase perfeita do Epic na parte da frente do bilhete, onde estava escrito: Para: Cross. Então ele desdobrou o papel e leu o conteúdo do bilhete.

Estarei te esperando no nosso quarto,
amor. Eu tenho uma surpresa para você.”

Cross levou o bilhete até o peito e suspirou impressionado com a atitude do seu Epic, afinal, não é todo dia que o seu namorado decide fazer uma surpresa para ele.

Então, tomado pela curiosidade do que poderia vir a acontecer a seguir, o Cross atravessou a sala de estar até chegar a porta do seu quarto. Ele abriu a porta e se deparou com o cômodo escuro mas notou que não era necessário acender as luzes do seu quarto, pois o Epic havia organizado um jantar à luz de velas para eles.

Mas onde estava o Epic?

O loiro se aproximou da mesa posta no centro do quarto e depois de analisar o que o seu namorado havia preparado, ele encontrou um post-it grudado na toalha da mesa, e nele estava escrito:

Estou esperando por
você na varanda, amor.
Venha até mim.”

O Epic não costuma ser romântico. O que será que deu nele hoje?

Deixando esse questionamento de lado, Cross deixou o bilhete e o post-it sobre a cama e se encaminhou até a porta de correr que dá passagem para a varanda do quarto. Ele abre a porta, deslizando-a para o lado para sair do cômodo iluminado apenas pela velas acesas postas sobre a mesa.

Assim que sai para fora do quarto, o loiro sente a brisa gelada se chocar contra a sua pele pálida, causando-lhe arrepios por todo o seu corpo. Contudo, a sensação incômoda que o frio causava no menor logo foi substituída pela sensação quentinha ao ter um casaco cobrindo os seus ombros e braços desnudos.

— Está frio aqui fora. — Cross reclamou, cobrindo-se ainda mais com o casaco que lhe fora dado. Só então ele percebeu que estava usando o jaleco do Epic.

— Você fica tão bonito com o meu jaleco, Crossy. — Epic falou no ouvido de Cross, fazendo com que o loiro se arrepiasse todo por causa do tom rouco e sexy que fora usado pelo seu namorado. — Eu acho que vou deixar você usá-lo mais vezes daqui pra frente.

Cross não perdeu mais tempo, ele se virou e aproximou-se mais do seu namorado. Satisfeito, Epic o abraçou, passando os braços pela cintura fina do loiro, e deu um beijo em sua testa.

— Vamos entrar, sim? A comida vai acabar esfriando se ficarmos muito tempo aqui fora. — Epic falou, recebendo um beijinho no seu nariz antes de entrarem juntos e de mãos dadas no quarto.

O loiro até pensou na possibilidade de tirar o jaleco do namorado mas acabou decidindo que não iria tira-lo, pois essa era a primeira vez que o Epic o deixava ficar com o seu jaleco.

Surpreendendo o outro, o Epic tirou outro bilhete do bolso da sua calça e o mostrou ao Cross antes de guarda-lo no bolso outra vez.

— O que deu em você hoje, hum? Está muito misterioso. — Cross constatou, analisando a expressão serena na face do Epic enquanto este se aproximava de si.

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