Draco Malfoy poderia considerar que sua vida pós-guerra era tranquila e estável após tudo o que viveu, trabalhava como medibruxo e tinha intenções de oficializar seu relacionamento com Astória. A única coisa do seu dia a dia que era caótica era Herm...
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Draco se sentou no sofá desconfortável de Hermione. Passou os olhos rapidamente pelo apartamento pequeno dela, a sala de estar só tinha um sofá, uma mesa de centro bagunçada com livros, algumas roupas jogadas sobre a única cadeira que tinha numa mesa redonda e pequena ao lado do que seria a cozinha, o local que só cabia Hermione, ela gemeu audível quando andou pelo espaço de três metros procurando algo para beberem.
Draco revirou os olhos.
— Esquece, Granger.
Ela o olhou carrancuda, se aproximando dele de braços cruzados. Não poderia falar nada para ele, Hermione não sabia cozinhar e passava tanto tempo no hospital que acabava fazendo suas refeições por lá, quando queria algo acabava comprando comida pronta.
Hermione olhou ao redor do seu apartamento envergonhada, o lugar estava uma bagunça, a mesa onde deveria fazer suas refeições tinha pergaminhos, tinteiros e o chão estava cheio de pelos de Bichento, e o seu gato estava esticado sobre o tapete marrom ao lado de Draco.
— Ok! O lugar é pequeno mas podemos encontrar um espaço para você…
— Não vou ficar aqui. — Draco olhou para ela horrorizado. — Sem chance, Granger.
Hermione o encarou sentindo sua mão tremer.
— Você está desmerecendo meu apartamento?
— Esse apartamento só cabe você! — Draco aumentou o tom da voz olhando ao redor, havia uma porta aos fundos, deduziu que era o quarto dela. — Não tem como vivermos aqui, não seja louca.
— Não seja louca? Você quer que eu vá para sua mansão, Malfoy?
— Claro! Lá tem espaço para ocupar quase vinte times de quadribol.
Hermione mordeu o lábio inferior observando aquela expressão arrogante.
— Eu não vou morar com você, Malfoy! Além do mais você nem mora sozinho, Astória e sua mãe.
— Eu não moro com a Astória, lembra que ela recusou meu pedido de casamento, Granger? E minha mãe vai se de boa. — ele afirmou se levantando. — Não tem como ficar aqui, sério, pegue seu gato, algo que vai precisar e vamos embora. Tenho muita responsabilidade na mansão.
— Sério? — ela cruzou os braços. — Que tipo de responsabilidade?
Draco olhou para ela como se não estivesse acreditando no que estava ouvindo.
— Você lembra que eu sou herdeiro de uma família antiga e rica, né?
Hermione revirou os olhos.
— Você está agindo como um moleque mimado.
— Moleque mimado um caralho, Granger! Tenho que administrar o dinheiro da minha família, cuidar dos investimentos, garantir o conforto da minha mãe, pagar todos os elfos domésticos empregados e outras despesas, correr atrás de mais lucro. Acha mesmo que sou apenas um medibruxo? — ele negou com a cabeça desacreditado.
