Some things just never seem to fade

188 13 0
                                    

Era mais um desses finais de tarde no qual eu ia até a cafeteria preferida de Seungkwan para estudarmos depois da aula. O ano letivo estava quase acabando, o que significava uma coisa: estudar incansavelmente para os exames finais.

E este ano era o meu último do ensino médio. E o último no colégio semi-integral apenas para garotos, de Busan, onde conheci meu primeiro namorado: Joshua Hong.

No entanto, as coisas apenas não são tão simples assim. 

Eu o conheci no primeiro dia de aula no segundo ano, após nosso professor de biologia apresentar os novos alunos que faziam parte do programa de intercâmbio que a escola oferecia.

E ele parecia tão tímido, com uma franjinha que caia em seus olhos puxadinhos diversas vezes, e eu achava uma graça quando ele a arrumava. Durante algumas semanas eu o observei de longe, até meus amigos começarem a fazer brincadeirinhas e começarem a me empurrar para falar com o garoto.

E meu primeiro dialogo com ele foi no refeitório da escola, especificamente lotado, quando eu me sentei ao lado dele. Estava muito quente, mas a pele de nossos braços se encostando não conseguia ser um desconforto para mim. Os garotos sentados na mesma mesa que nós não paravam de gritar e conversar diversas besteiras típicas de moleques na puberdade. Eu cutuquei Joshua e comecei a conversar com ele - em inglês, já que eu vinha aprendendo num aplicativo de idiomas.

E depois de um tempo, eu soube que tínhamos algum potencial.
Por mais que eu ficasse nervoso ao lado de Joshua, meu corpo já não parecia mais o mesmo por culpa dele, e eu nunca consegui lhe dizer o por que.
E eu nunca havia visto um rosto como o dele.
E isso é uma das coisas que parecem nunca mudar, pois ele continua sendo o garoto mais lindo que já vi.

— Merda, eu não consigo entender essa matéria de jeito algum - Seunkwan reclamava enquanto batia a própria cara no livro de cálculo, o que naturalmente me tirou de meus devaneios.

— Você está muito cansado, Kwan. Acho que devemos parar por hoje.

Ele concordou e nos levantamos, fomos em direção ao caixa e pagamos a conta e pegamos alguns bolinhos para levar para casa.

E no exato momento em que coloquei a mão na maçaneta da porta, ela foi empurrada por fora, e um cliente que estava entrando manteve a porta aberta para que saíssemos.

— Obrig...

Travei quando levantei o rosto e vi os olhos castanhos de Joshua Hong vidrados nos meus.

As coisas estavam diferentes agora, mas parei para me perguntar se o que eu sentia iria mudar, se eu iria me sentir daquela maneira para sempre.

4EVER - JiHanOnde histórias criam vida. Descubra agora