Se deixastes o coração corroestes mágoas do pretérito, nunca sairás dele.
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Passou-se cinco dias inteiros e a park se encontrava deitada no chão da sala vazia, com vários desmaios ocorridos em questões de vinte minutos, motivos? a fome. E nem uma alma penada além dela fez questão de entrar ali dentro novamente. Chegou a pensar que haviam esquecido de si na quele lugar silencioso e minúsculo com pouco ar para se respirar. Seu rosto se encontrava deplorável com sangue seco abaixo do nariz e nas laterais das sobrancelhas, apanhou a ponto de perder a consciência e não conseguir vê o ser humano que lhe fez de saco de pancada sair e tranca-la ali dentro.
No momento ali, abraçada aos joelhos fracos sentindo o estômago corroer de dor, estava a procura de ar nos pulmões que doíam a cada inspirar que falhava. E só soube que começara a chorar quando gotas finas rolaram em suas bochechas e a vista embaçou. Qualquer um que a visse na quele estado, julgaria está chorando por medo do que aconteceria. Mais pelo contrário estava a chorar com a fúria que estava sentindo dentro de si, queria elimina-la, porém não conseguia saber como deveria. Seu peito subia e descia em aptidão, enquanto fechava os olhos com força e com intenção de amenizar todo desconforto que sentia, gritou com todas as forças. Pressionando as unhas na pele das palmas das mãos grosseiramente.
E então foi quando seu corpo tremeu e a sensação de desmaio veio a segunda vez no dia e a perca do controle dos próprios membros veio e em fim amoleceu no chão da solitária.
Ao acordar pôde sentir as pálpebras dos olhos sendo postas para cima e se incomodou com uma luz forte que batia em seus orbes e obrigou-se a fechar os olhos chamando a atenção da enfermeira ao seu lado.
— está tudo bem — falou ela, desligando a lanterninha que tinha em mãos. e a detenta viu uma mulher carregando uma toca em sua cabeça junto de uma máscara da cor azul clara revelando apenas seus olhos
— o que eu estou fazendo aqui? — olhou para os lados, sabendo que não se encontrava mais na pequena sala branca. e sim em uma sala bem mais grande e com um armário ao lado da maca onde estava deitada, cheia de livros
— na enfermaria do presídio, aqui é para onde os presos veem quando se ferem minimamente — soou educada para com a outra, a ajudando a se sentar. — e você veio parar aqui por causa do desmaio. sua aparência está como a de uma pessoa que está comendo de forma errada a uma semana — guardou as mãos dentro do bolso do jaleco branco que vestia e a park olhou para o nome desenhado na peça da roupa sabendo que a enfermeira chamava-se Kim Hoseokjin
— e não tem como mudar. as refeições que servem aqui são uma droga — envolveu o pescoço para ambos os lados estalando-o sem muita dificuldade
— sugiro que cuide da sua saúde, independente se a comida tá uma droga ou não, coma. — retirou a toca da cabeça fazendo com que seus cabelos ondulados e cumprido caíssem sob os ombros e a enfermeira apenas passou as mãos neles. — eu sei como é a vida no presídio. teve sorte garota — ansiou em meio as falas e olhou para as mãos no colo da loira — e também sugiro não fazer mais isso — virou suas mãos revelando as pequenas marquinhas de unhas e a Jimin assentiu contido
A enfermeira Jin largou suas mãos e andou até o segundo armário que havia dentro de sua sala porém o móvel havia duas portas de vidro que continham remédios e a castanha veio com uma caixinha de pomada até a park e retirou o recipiente, passando o creme em seu dedo e a seguir na palma da detenta, fazendo um leve carinho ao passar.
A mulher aparentemente mais velha esperou por algum grunhido vindo da sua paciente presidiária, pois deveria arder pelo real motivo da pomada matar as bactérias que ali teriam contudo não obteve nada vindo da garota. E a olhou de escárnio vendo a expressão dolorosa que ela carregava.
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Presídio - Jikook
FanfictionEm Hiatos Temporariamente. As vezes situações desconfortáveis as quais passamos e que é reprimido a falar nos impulsiona a fazer atos que não acreditamos ter feito. E Park Jimin uma jovem de vinte e dois anos que estava perto de conseguir realizar o...