COMO ANTIGAMENTE¦onze

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Desperto do meu cochilo quando o grupo de garotas entram no banheiro conversando

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Desperto do meu cochilo quando o grupo de garotas entram no banheiro conversando.

Escondo meus pés em cima da privada, não querendo ser dedurada, e ter que ser monitora em outro baile idiota por matar aula.

A noite passada havia sido um pesadelo, não consegui fechar os olhos por sequer um segundo, mas como eu poderia?

Teve aquela conversa — que fugi — com o Johnny, a volta da Claudia, mas a verdade é que o meu maior pensamento era em Daniel, e esses sentimentos que tenho lutado para não sentir.

— Nós vamos em um encontro no sábado — A voz familiar fala no meio de tantas outras.

— Não sei o que vê naquele mané, Ali — Outra responde, e recebe algumas risadas.

— Ele é… — Suspira — Diferente, é engraçado e atencioso, bonito — Mais risadas — Só tem um problema.

Mary Strader — Falam em uníssono. 

Senti meu coração palpitar ao ouvir meu nome ser mencionado na conversa delas.

— O Daniel é um cara legal, e teve pena dela — Mordo meu lábio inferior, e fecho meu punho — Mas a Mary está tão desesperada por companhia que acha que eles são amigos.

Aquilo era verdade? Daniel falou essas coisas para Ali? É realmente assim que ele se sente?

Me senti traída, uma idiota por acreditar que alguém era capaz de gostar de mim por quem eu sou de verdade.

Meu coração parecia prestes a sair pela minha boca, as dúvidas pareciam me sufocar cada vez mais, e respirar parecia uma tarefa impossível. 

As lágrimas embaçaram a minha visão, então tatei pela porta procurando a trava, quando finalmente consegui abrir, corri o mais rápido que pude para fora do banheiro feminino, mas minhas pernas não pararam, e continuei correndo sem rumo.

[☆]

Encaro a parede enquanto The Man Who Sold the World de David Bowie invade meus ouvidos, passei a tarde toda na cama tentando impedir a voz da minha cabeça de me torturar mais.

Meu pai entrou pela porta, sujo de graxa como sempre, a barba por fazer como sempre, e o cabelo com alguns fios grisalhos bagunçados.

Abaixo o walkman, e sorrio fraco.

— Você chegou mais cedo.

— Por que não me contou? — Ele está inquieto, andando em círculos pelo quarto — Você precisava ter me contado assim que aconteceu, Norma.

— Do que está falando? — Como descobriu sobre a minha auto liberação antecipada da escola?

— Ela é minha esposa, ela ainda é A PORRA DA MINHA ESPOSA — Empurrou um porta-retrato no chão, que se espatifou em dezenas de pedaços — COMO PODE ESTAR NOIVA DE OUTRO, SE AINDA É A MINHA MULHER.

— Como descobriu? — Ele puxa os cabelos, pisando em cima dos cacos com as suas botas gastas.

— Por que ela não pode me amar como antes? — Se senta ao meu lado, cobrindo o rosto com as mãos — E-Eu juro que me esforcei para ser um bom marido, não sei o que fiz de errado.

— Você não fez nada de errado, pai — O abraço.

[☆]

Não sei o que me levou a fazer isso, talvez a necessidade de sair daquele apartamento enquanto meu pai o destruía, ou o fato de não ter nenhum amigo, mas quando percebi estava discando o número de Johnny Lawrence. 

Seu conversível vermelho se aproximou em baixa velocidade, até finalmente estacionar na minha frente.

— Não acredito que veio mesmo — Cruzo os braços, o olhando.

— Você ligou, e eu vim — Abre a porta do passageiro — Pensou na minha proposta?

— Não foi por isso que liguei, é idiota, mas… — Abaixo o olhar, envergonhada — Precisava de alguém para conversar, e infelizmente o mais próximo de um amigo que tenho no momento é você — O loiro solta um riso.

— Cadê sua namoradinha Daniele? — Reviro os olhos. 

— Estou aqui! — A voz vem de trás de mim — O que ‘tá fazendo com esse cara, Mary? — Puxa o meu ombro me virando.

— Conversando, nós somos amigos — Respondo sem pensar, olhar para a cara cínica dele me irrita ainda mais.

— Amigos? — Repete, rindo.

— Sim, nós treinamos karate juntos no Cobra Kai — O LaRusso parece confuso e irritado.

— Você é uma mentirosa! Primeiro mentiu sobre a sua mãe, e agora sobre isso, talvez os boatos da escola sejam mesmos verdadeiros — Seu rosto se move para o lado devido ao impacto do soco que o acertei.

— Você é mesmo um babaca como todos os outros. Não preciso da sua pena, LaRusso — Empurro seu peito — Boa sorte no torneio regional, vai precisar.

Entro dentro do carro com Johnny, que assiste a cena com um sorriso no rosto, antes de pisar no acelerador nos tirando de lá. 

— Não acredito que socou ele — Diz, rindo — Então, isso é um sim para o Cobra Kai?

Todo esse tempo sendo pisada por todos, querendo ser outra pessoa, e esquecer o meu passado, foi perda de tempo.

Não vou permitir que mais ninguém me apunhale pelas costas.

— Não — Sorrio — Isso é um sim por ser egoísta como antigamente. Vou pegar a minha coroa de volta.

West Valley que se prepare, a vadia está de volta.

West Valley que se prepare, a vadia está de volta

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NOTAS:

como sempre eu trazendo capítulos curtos e com MUITA informação

e sim, o pai dela é o pedro pascal

enfim, animados para a fase no mercy da mary?

𝗥𝗘𝗣𝗨𝗧𝗔𝗧𝗜𝗢𝗡, DANIEL LARUSSOOnde histórias criam vida. Descubra agora