Bastou uma noite, apenas uma noite para que aqueles olhos verdes esmeraldinos e o sorriso mais lindo do mundo dominassem minha mente. Nunca acreditei que a felicidade plena era pra mim, que eu tinha o direito de ser feliz depois de tudo que passei...
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ALISSA PETROVA
Acordo no meio da madrugada com uma movimentação no quarto, tudo ainda está escuro e a porta da varanda está fechada —quando fomos dormir eu me lembro de ter visto ela aberta—, coço os olhos e me viro na direção do banheiro, de onde vem o som.
—Charlie? —chamo baixinho e rouca, abro os olhos assim que o percebo se aproximar— Amor, você saiu?
—Não, Moranguinho... estava no banheiro. —responde baixo e eu me deito mais uma vez, mas abro os olhos completamente assustada quando sinto algo pequeno se aconchegar a minha frente—.
—Mas o que... —olhinhos negros e brilhantes pairam a minha frente e uma linguinha levemente rosada pende, o cãozinho late animado e enche meu rosto de lambidas, tenho que rir— Ai meu Deus! Charles!
O quarto é preenchido pelas risadas de Charles e os latidos animados do pequeno animal, que ora nos lambe e ora pula pela cama, meu coração se aquece e eu sorrio enorme encarando o monegasco quando me sento no colchão e a pequena bolinha ainda pula por ali.
—Amor... —sussurra manhosa e ele sorri, senta ao meu lado e abraça meu corpo, eu me aconchego em seus braços— Aonde você foi?
—Fui resolver umas coisas com o Carlos e acabamos encontrando ela aonde estávamos, não pude deixar ela sozinha quando vi que estava machucada. —responde e eu suspiro compreendendo sobre o que ele fala, arriscou muita coisa só pra resolver as coisas com o Sr. Evans e confortar o meu coração— E como você queria um cachorrinho, bom... eu apresento nossa primeira filha!
—AI MEU DEUS! —grito animada e me jogo nos braços do moreno, o apertando e ele ri equilibrando o corpo para que não caia no chão— Amor, obrigada! Obrigada! Obrigada!
Encho o rosto do moreno de beijos enquanto minhas unhas arranham levemente sua nuca, Charles ri enquanto aperta meu corpo e beija meu pescoço, suas mãos enlaçam minha cintura e ele me puxa para seu colo, me afasto e encaro a bolinha de pelos animada, ela senta a nossa frente, abana o rabinho e tem uma expressão feliz.
—Então, já tem um nome? —o moreno questiona acariciando minha cintura e eu a observo por um tempo, então sorrio enorme—.
—Sindy... ela tem cara de Sindy, né? —ele ri baixinho e confirma beijando minha bochecha— Mas... como vamos fazer com ela?
—Eu não tinha pensado nisso ainda, mas a solução é muito simples. —quando o encaro encontro um sorriso ladino em seus lábios e sua expressão já me diz tudo—.
—Charles! Não vou me mudar pro seu apartamento! —exclamo o encarando e um bico se forma em seus lábios, muito fofo— Você sabe o que eu penso sobre isso...
—Sim, eu sei... é um passo muito importante no nosso relacionamento e você quer ir um pouco mais devagar. —resmunga compreensivo e eu abraço seu pescoço, beijo sua bochecha— Por isso talvez eu passe alguns dias na sua casa.
