(...) os sulistas haviam feito mais duas vítimas de seu interesse indiscreto.
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— Sul, Paraná. Nois vai no quarto rapidin busca uns trem lá e já volta.
Minas falou no corredor, apontando em direção ao quarto que dividia com o maior.
— Claro tchê. Enquanto isso vamos arrumando a cama.
O gaúcho piscou para MS sorrindo de canto. Viu o moreno juntar as sobrancelhas contrariado, não estava acostumado com aquele tipo de atenção, ele estralou a língua e se virou rapidamente, andando em direção ao seu alojamento. Sendo logo seguido pelo mineiro.
— Tu tá animado néh paixão? — Paraná analisava a cara do barbudo, se divertindo.
— Bah guri. — Colocou a mão na nuca, em pouco embaraçado. — Mais do que eu esperava.... — Envolveu com carinho o pescoço e maxilar de sua cara metade, lhe dando um selinho delicado. — Obrigado por fazer isso junto comigo.
O menor colocou suas mãos por cima, sorria largo.
— É raro tu pedir isso pra mim. — Trouxe a mão dele para seus lábios e beijou-o. — Geralmente sou eu que peço. — Lambeu um de seus dedos, safado. — Como eu poderia recusar dessa vez? — Viu o maior sorrir desejoso. — A personalidade não faz muito meu tipo, mas os dois são bem bonitos.... Não me importo de ficar com eles.
— Então vamos pra dentro, logo teremos convidados piá.
O moreno concordou com a cabeça. Foram para o quarto de mão dadas. Rio Grande do Sul logo se pôs a arrumar as coisas, inquieto, enquanto o paranaense tomava banho. O loiro via o tempo passar e se sentia atrasado, mesmo não tendo marcado horário. Era o nervosismo. Seu namorado estava demorando muito, ficou impaciente. Se levantou decidido e entrou no banheiro, queria tomar banho também, nem que fosse por cima do menor.
Encontrou-o numa situação bem vulnerável, preparando sua entrada apoiado na parede. Por algum motivo o maior corou, se virando rapidamente de costas. O moreno não deixou de notar.
— Pra que a vergonha paixão? — Gemeu baixinho. — Tu já me viu assim muitas vezes.... — Arfou um pouco. — Não fica aí fora. Tu quer tomar banho néh? Então entra e me ajuda também.
Sul não respondeu, mas tirou a roupa e fez o que foi sugerido. Entrando debaixo do chuveiro junto com o namorado. Deu um beijinho em sua nuca, murmurando contra sua pele.
— Barbaridade guri.... Eu tô nervoso....
Paraná se virou o abraçando apertado na cintura.
— Paixão.... Pensa comigo. Ele aceitou néh? Aquele beijo foi muito bem correspondido também. Então calma. — Deu um selinho em seus lábios, seguido de outros por todo seu rosto. — Respira fundo. Primeira coisa era arrumar o quarto néh? Tu já fez isso que eu sei. — O loiro assentiu, com um sorriso ensaiando sair em seus lábios. — Olha pra mim. — Se encaravam profundamente. — Já pensou se tu precisa te preparar que nem eu? — Paraná falava num tom de voz calmo, conduzindo o namorado a raciocinar a situação. — O Matin não parece ser o passivo.... — Parou para pensar, se lembrando da ocasião que o Minas demonstrou sua força e venceu dele na queda de braço. — Mas nunca se sabe néh? — Sorriu de canto, imaginando a cena improvável.
O loiro sorria nervoso, realmente não pensou sobre isso. Mas sabendo de quem se tratava achou por bem se preparar para todas as possibilidades. Não era de seu costume, mas não se importava de ser o passivo de vez em quando. Ainda assim a ideia de vê-lo sob si era extremamente tentadora, fora essa linha de pensamento que lhe gerou o interesse para início de conversa. Suspirou fundo, finalmente conseguindo se acalmar um pouco. Deu um selinho no namorado.
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A "festa"
Fiksi Penggemar- As regras são simples. - RJ explicava para a rodinha. - Cada rodada a gente sorteia um nome e cada um responde se come, dá, pega ou passa. - O moreno sorria largo, indicando o potinho com vários papéis. - Come e dá é óbvio o que significa, pegar é...