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Lorena


Começou a chover. E por mas que Kemilly tentasse nos animar, dando ideias de nomes para o bebê da Marielle, nomes bem esquisitos por sinal. Quem coloca o nome do seu filho de Shakelle? Esse é o menos esquisito dos que ela falou.

Mas mesmo com toda essa esquisitices da minha amiga minha mente só conseguia pensar em Vitor e em todos que foram atrás de acabar com tudo isso. Estava com muito medo de da merda. Meu pai se trancou no escritório, minha mãe e minha tia estava quase cavando um buraco no meio da sala de tanto andar pra lá e pra cá.

Marielle ria com as ideias da Kemilly, mas vez ou outra ela olhava pra barriga e seu semblante de medo aparecia. Acho incrível o quanto ela está sendo forte. Por mas que ela e Jr neguem que nutri sentimentos um pelo o outro. Essa relação não é só em pró ao bebê.

Saiu do sofá indo até a cozinha atrás de uma xícara de café, não quero dormir, vou esperar eles voltarem, demore o tempo que for. Coloco meu café e sento no balcão da cozinha, olhando por nada e pensando em tudo que está rolando entre mim e Vitório.

O quanto a gente está indo além e o quanto eu estou adorando isso, porra! Quem diria, Vitor me corrompeu, ou eu já era assim e ele só fez eu me solta mas.

Achei uma graça ele com ciúmes. Sorrir pensando quando Kemilly me disse que ele ficou uma fera.

- Já tá dando sono?- tia Larissa se senta ao meu lado, confirmo sua pergunta com um balançar de cabeça. Ela se serve também de café e me acompanha. - Essa vida não é fácil querida, amar alguém que é completamente envolvido com tudo isso, não é simples, requer muito amor da parte de ambos.- ela diz, e eu sabia bem onde ela queira chegar com esse assunto - muitas das vezes, principalmente no início, que não sabemos o que queremos direito, acaba atrapalhando a vida um do outro. Lembro que seu sonho era ser advogada ou era enfermeira? - sorrir, eu tinha uma imaginação fértil. - você sempre foi uma menina muito sonhadora Lore tia te ama muito, e a felicidade de vocês dois é a minha, só toma cuidado, seu futuro que tá em jogo.

Continuarmos papeando um pouco até ouvimos um barulho de algo caindo na sala, formos até lá e Marielle tinha derrubado um copo, tinha cacos de vidros espalhados pelo o chão da sala.

- Tá tudo bem querida?- minha mãe pergunta pra ela que estava parada sem se mexer.

- Eu... Eu acho que meu bebê vai nascer!- Marielle diz, minha tia vai até ela a ajudando senta no sofá.

Kemilly estava branca e não falava nada, minha mãe e minha tia perguntava a Marielle o que estava sentindo e sim, ela está em trabalho de parto. Corro até o escritório para comunicar ao meu pai, mas encontro o mesmo dormindo, o chamo e nada.

- Ah pai, sério? - Pego o frasco do remédio Diazepam e coloco no bolso, eu sei que ele não está bem, pelo o fato de não ter ido ajudar, mas tomar remédio pra dormir em meio ao caos que está tendo, principalmente agora com o acontecido com a Marielle, já é demais.

Volto pra sala e me deparo com Marielle fazendo força e muito sangue ao redor.

- Meu Deus! Ligaram para ambulância? - pergunto.

- Sim, mas a ligação está muito ruim por causa da chuva, a ambulância não vem e também não tem como irmos até o hospital com essa chuva toda. - Kemilly diz muito nervosa.- o que a gente faz?

Pergunto para minha mãe o que a gente pode fazer pra ajudar e ela nos manda ir atrás de toalhas, soro e tudo que nos vê que pode ajudar, o que eu não faço ideia direito o que pode servir nessa situação. Eu e Kemilly subimos pra cima atrás de toalhas, lençóis de tudo que ajudasse.

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