Heitor
Cidade Humana Belmopan,
América Central.
6 anos atrás.Olhava para o pequeno buraco escuro escutando o som irritante que vinha dele. Quanto mais eu olhava, mais alto o som ficava. Mas não demorou para o barulho cessar quando a pequena cabeça saiu para fora. Sorri com o meu mais novo brinquedo a vista.
Esse estava demorando para sair.
As grades da cama acima da minha cabeça não me impediam de me aproximar do ser alheio a minha presença. Dei cada passo com as mãos e pés o mais devagar e silencioso possível. Ele parou e eu parei.
Ele correu em disparada de volta para o buraco da parede quando percebeu minha presença. Mas já era tarde demais para fugir de mim. Antes mesmo dele alcançar o seu esconderijo ficou paralisado.
Eu caminhei de quatro até ele o pegando pelo rabo e isso o fez voltar a se sacudir desesperado para fugir. O soltei de proposito o deixando dá alguns passos desesperados antes batendo em sua cabeça com a mão. Repetindo a ação varias vezes o fazendo se cansar.
Meu sorriso morreu quando escutei os passos se aproximando da porta fechada. Peguei o pequeno ser nas mãos voltando para debaixo da cama me encolhendo no canto escuro.
A porta se abriu e os pés apareceram entrando.
- Ele está aqui... - voz grossa do homem que mandava ali soou.- Cadê ele?
- Tem certeza querida? Não faz nem uma semana que ele chegou nesse orfanato.
- Eu quero ele. Eu viajei até aqui para vê-lo.
- Mas Léia...- ele sussurrou baixinho.- Ele foi criado em um canil clandestino, tem noção disso, mesmo sendo um menino, agi como um cão! Não sei o motivo para aqueles lunáticos fazerem isso com um ser humano, mas com certeza a gente não vai dá conta desse problema.
- Nós já tivemos essa conversa Lucas.- sussurrou a voz feminina.- Alias...eu me apaixonei a primeira vista.
- Você só viu uma foto.
- E foi o suficiente para quere-lo, você não vai me fazer desistir.
Tudo ficou silencioso até eu escutar a voz familiar.
- Vocês já deram um nome para ele?
- Não.- um suspiro masculino soou.
- O nome dele vai ser Derek, já esta nos documentos- a voz firme feminina falou.
Me encolhi ainda mais quando vi a única mulher no lugar se abaixar se deitando e me olhando debaixo da cama. Os cabelo são muito pretos e os olhos também, sua pele é clara. Ela tinha um cheiro muito bom. Era difícil sentir cheiros bons.
- Oi. - ela sussurrou abrindo um sorriso.- Você deixa eu me esconder aí com você?
Seus dentes eram tão brancos que pareciam com a neve. Queria toca-los para saber se eram de verdade. Mas não sabia se ela deixaria.
Sua mão foi estendida devagar na minha direção. Eu olhei com estranheza e curiosidade para aquela coloração estranha na ponta dos seus dedos. E estavam chamando por mim.
Farejei seus dedos e eles foram se distanciando me fazendo segui-los, quando vi estava fora do esconderijo. Toquei a mão pálida tão leve e macia que me fez levar ao rosto para sentir melhor sua textura suave.
- Impressionante! você é a primeira que não é recebida com rosnados e mordidas.- o homem daquele lugar sussurrou.
- Lucas...- a voz suave dela soou me fazendo olhar para cima.- Ele não é lindo?
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O Lobo Selvagem
WerewolfApós séculos e séculos sem um líder supremo, os lobos clamaram por um, mas a deusa Selene só os concedeu o pedido milhares de anos depois. Derek nasceu... e por causa das circunstâncias da vida foi separado dos seus ainda recém nascido. Crescendo e...