— Senhora Uzumaki? É a sua senhora? — A voz pareceu ecoar tão fundo na sua mente enquanto cavalgavam até lá.
— Ela não é a minha senhora... veio com as terras — havia um tom profundo e ligeiramente frustrado ao responder ao amigo.
Certamente, sua raiva ou frustração, ou o que quer que fosse aquele sentimento, aumentou tanto diante do eminente e inevitável encontro de Kiba com Hinata.
Apresentações?
— Senhora, devo expressar a minha surpresa. Uma viúva em tão tenra idade e... respeitosamente, muito bonita. E como se não bastasse, ajuda vacas a parir? — ele olhou para o coronel que encarava a situação com um certo... cuidado. — Naruto, por que não me convidou antes?
Ele rosnou, quando a notou corar diante de galanteios tão piegas e direto de seu amigo de faculdade.
— Senhor Inuzuka, peço que evite certos lisonjeios em respeito a mim. — Ela olhou tão rapidamente em direção a olhos safiras que pareciam brilhar ainda mais com a luz do sol.
Naruto sentiu naquelas miseras frações de segundos o coração triunfante por alguma razão. Como se um estalo em sua mente, arrependeu-se de minutos antes não ter dito tão claramente para o amigo visitante que sim, ela era sua... embora parecesse que não em um papel, ou muito menos diante de Deus, mas havia algo muito mais forte que o fazer sentir assim. Era vergonhoso, ele assumia e aceitava a posição que se encontravam. Além da posição de certa promiscuidade em claro pecado contra as normas religiosas, havia também o pior deles: o luto.
Ora veja, Hinata, ainda que jovem, que sem filhos, carecia de resguardar-se em memória de um maldito defunto. O quão mal vistos e descriminados seriam diante da sociedade? Certamente se ele ainda a propusesse, como uma vez pensou no auge do seu desespero pela honra quando se deu o ato pela primeira vez, e talvez movido por uma certa ingenuidade, eles não teriam a benção sacerdotal, e de todo modo, a honra já estaria lastimada com tudo que poderiam dizer a respeito de uma viúva que mal enterrou o marido e afogueou-se.
Naruto sentiu-se profundamente satisfeito com a escapatória da mulher, embora quisesse ver ali a megera, não a afável. Não, não. Na mente dele, só para ele deveria haver toda aquela amabilidade, preferencialmente a sós, entre quatro paredes.
Kiba sorriu ainda mais mostrando seus caninos tão marcantes depois daquela resposta.
— Certamente, lady Uzumaki, certamente...
Não, Naruto não estava gostando mais tanto assim da presença do amigo ali. E certamente o que veio depois apenas reforçou seus pensamentos de tal modo que quase fritavam sua cabeça. Era como se ele assistisse algo acontecendo da qual estava de fora, achando nojento e em câmera lenta.
Havia raiva, gosma e sangue e... e aquela coisa que pulsava nele o fazendo querer esganar Kiba.
" — sua mão é pequena e muito eficiente, lady"
" — tem mãos firmes e habilidosas, senhor Inuzuka! Estou impressionada!
o riso eufórico e aqueles sons deles tão perto, mas separados apenas pelo útero de uma vaca, enquanto Naruto podia jurar que rasgaria o tecido do seu chapéu.
— O coronel quer aproveitar para...
— Eu não vou sair daqui, Iruka!
— Uau, sua técnica é impecável, lady. Firme como o meu professor e olha que a senhora aprendeu isso sozinha. — ela estava corada demais para o gosto do Uzumaki — eu havia feito uma tração manual assim apenas na faculdade, isso é muito emocionante!
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A viúva do coronel
Fanfic"O jornal das senhoras sempre prezou por mulheres incríveis na nossa sociedade, por isso, as mais procuradas são as dotadas de todas as qualidades confiáveis que tornam uma mulher única e valorosa para seu homem, nota-se: Ela é amável e obediente." ...