Capítulo 1

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— Não vai chorar, né, Treeshin? — Monica e Treeshin estão no banco de trás do táxi discutindo, parecendo um casal de namorados quando um quer comer pizza e o outro comida japonesa

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— Não vai chorar, né, Treeshin? — Monica e Treeshin estão no banco de trás do táxi discutindo, parecendo um casal de namorados quando um quer comer pizza e o outro comida japonesa.

As duas fizeram questão de acordar mais cedo no dia de folga delas para me acompanhar até o ônibus que me levaria para Big Benton. E mesmo com as duas falando sem parar, estava começando a ficar nervosa com a fila de carros à nossa frente. Que parecia estar parada há mais de meia hora.

Eu chegaria atrasada e perderia meu ônibus e se eu o perdesse poderia me atrasar para me apresentar amanhã às 07h da manhã na base de Ocean Bragg. E se tem algo que odeio é atrasos.

Herança do militarismo severo de meu pai...

Sou extremamente pontual e organizada com minhas coisas. E estou tão aflita, olhando para frente na esperança de que a qualquer segundo os carros vão começar a andar.

Maldita hora que aceitei vir para Los Angeles com essas duas. Se tivesse ficado em Kern provavelmente não estaria tendo problemas com o trânsito. E acabaria tendo que gastar com uma passagem de avião. O que não quis fazer pensando em poupar o máximo que pudesse.

— Será que o senhor não poderia pegar um atalho? — pergunto ao motorista, aflita.

— Desculpa, mas não tem como. — Ele responde e compreendo que não tem culpa alguma.

Respiro fundo e olho para o relógio na tela do celular. Ainda falta meia hora e pelo GPS no painel do carro, no ponto vermelho, percebo que estamos a 10 minutos de lá.

Agora era só essa fila andar que ainda teria 20 minutos para entrar e me acomodar. Enquanto isso as duas continuam o embate de: se vão chorar ou fazer uma despedida épica.

Cinco minutos se passam e nada. Estou prestes a colocar a mochila nos ombros e ir a pé mesmo. Minhas pernas não param de balançar e daqui a pouco vou começar a roer as unhas. Por fim, 15 abençoados minutos depois a fila gigantesca de carros à nossa frente começa a se mover.

Suspiro aliviada e fecho os olhos, agradecendo por ainda ter tempo de chegar. Porém, o trânsito continua lento e faltando um minuto para o ônibus sair, o táxi nos deixa na área de embarque da rodoviária.

Monica paga e enrola tempo demais, perguntando se o motorista não poderia esperá-las. O que não faço; me apresso, quase correndo, e vou abrindo o bolso frontal para pegar o tíquete. Por sorte eu o havia comprado antecipado ontem, quando chegamos aqui. Porque se dependesse de ter que fazer tudo agora eu estaria perdida.

O ônibus que vai para Big Benton já estava com as portas fechadas e mais alguns minutos eu o perderia quando consigo de fato chegar até a plataforma de embarque.

Desesperada, começo a correr e implorar para que abra. Vou batendo contra o vidro até que o motorista me veja. E dá certo. A porta começa a se abrir e assim que me vê, o homem na casa dos 50 anos me pergunta o que desejo.

A incontrolável atração do Tenente - Militares apaixonados 1Onde histórias criam vida. Descubra agora