Pelo menos agora não soava tão absurdo lembrar do desconhecido da poltrona ao lado. Seu rosto tinha um nome. E estava tão bonito. Sem o boné, a barba ainda por fazer contornando sua boca e sua voz continuava a soar imponente e sexy.
Mas percebi que era perigoso como meu corpo estava reagindo a sua presença. Por isso o deixei com a mulher que me atendeu quando ela apareceu chamando por ele. Pelo visto eram velhos conhecidos. Então usei a deixa para sair à francesa, buscando um pouco de ar puro e voltar para o hotel.
Que fica logo ali. Estou quase chegando quando a voz de Monica surge como se a própria estivesse aqui, em carne e osso, sussurrando em meu ouvido.
"Transe, faça sexo loucamente com um desconhecido pelo menos uma vez na vida, Aviny!"
Claro que não!
Não estou a ponto de fazer esse tipo de loucura. Não combina comigo, com o que quero e espero desse lugar.
Ou estou?
Meu corpo está. Estou respirando com dificuldade e sinto borboletas voando dentro do meu estômago. E não faço ideia porque estou repensando na possibilidade de voltar lá e conversar mais com ele.
É ridículo...
Tenho tantas outras prioridades do que me envolver com alguém que nem sei se é daqui ou quantos anos tem. Apenas seu primeiro nome. E que estou praticamente tentada a escutar seus conselhos absurdos por causa dessa sensação sem explicação que estou sentindo.
"Precisa fazer algumas loucuras de vez em quando e aproveitar sua vida. É livre e não tem que dar satisfações dela para ninguém".
As palavras dela continuam ecoando na minha mente.
Paro e bufo, irritada, ansiosa, sem conseguir definir o que estou sentindo. Se devo ou não ignorar.
Não esperava vê-lo e muito menos que seria pega desprevenida quando se aproximou, trazendo de volta aquela sensação, aquela compressão no peito, como senti quando ficamos pressionados no estreito corredor entre as poltronas.
Dou uma olhada para trás e não reajo quando o vejo vindo na minha direção, apenas fico parada. E só o que consigo escutar é meu coração se acelerando, minha pulsação aumentando e a voz da minha amiga, que continua, insistentemente nos meus ouvidos.
Ele chega perto. Muito mais do que gostaria que ficasse, minando assim qualquer resquício racional em mim.
— Oi! — diz e solta um longo suspiro.
— Oi — respondo.
E estou como?
Com a respiração entrecortada.
Com meus joelhos fraquejando.
Com calor.
Com medo.
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A incontrolável atração do Tenente - Militares apaixonados 1
RomansEla é a filha do seu inimigo Ele é mais velho 11 anos Ele é seu superior Ela é praticamente sua aluna Eles são inimigos que se tornam amantes Tenente Jackson Owen, mais conhecido como Jack. Aos seus 35 anos está voltando à ativa após ter voltado da...