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HISTÓRIA DE DIREITOS EXCLUSIVOS DE GABS_L


Amor foi o tema maior de toda a literatura como conhecemos, já dizia Camões: Amor é fogo que arde sem se ver. Existem filósofos que tentam desvendar os mistérios desse sentimento desde a Grécia Antiga. Provavelmente, o primeiro a se aventurar nessa história foi Platão em O Banquete. Essa obra consiste em um diálogo de seis homens sobre suas concepções de Eros, o cupido, e definiu basicamente toda a visão do mundo ocidental sobre amor. É desse livro que surge grandes lendas, que repercutem até hoje na sociedade ocidental, como dito anteriormente, surge a lenda da "metade do laranja" ou ainda a lenda da "alma gêmea", lenda a qual o homem era composto por dois corpos em um, mas devido seu poder, Zeus os cortou ao meio e espalhou pela terra. Desde então, as almas separadas procuram uma a outra, com o objetivo de se juntarem e "voltarem a ser um só" novamente.

Entretanto, vamos nos ater ao primeiro amor. Geralmente acontecendo na infância, o primeiro amor é, sem dúvidas, o mais inesquecível. Quem esquece do seu primeiro namorado, ou namorada? Quem esquece o seu primeiro beijo? De fato, primeiras vezes são inesquecíveis, mas junto com o primeiro amor, vem também a primeira desilusão, o primeiro "fim". O primeiro amor dói sempre demais, sempre muito mais do que aguenta e encaixa o peito humano, porque a todo o momento se sente que acabou de acabar de repente. O primeiro amor ocupa tudo. É por isso que o chamam de "amor puro", você nunca sofreu uma desilusão amorosa, os muros que tanto falam, nunca foram construídos, então todas as defesas, se é que existem, estão baixas. Portanto, junto com o primeiro amor vem a primeira desilusão, como dito.

O primeiro amor é sempre imaturo, erros cometidos, ou palavras não ditas. Quando acaba, você aprende com ele, ele te molda. Não há amor como o primeiro, principalmente porque ele é o que sempre dá a sensação de algo inacabado, pensa se um dia irá reencontrá-lo para ter o seu final, virar uma página e lhe libertar para um outro amor, ou tentar ter um final feliz com ele, melhor dizendo... o começo de uma nova história, com um amor mais maduro e seguro.

O que nos deixa curiosos sobre o amor, e o primeiro amor especificamente, é sobre a sua capacidade transformadora, o como ele molda o indivíduo. As experiências vividas por ele, te determina o resto de sua vida. Então... você já teve o seu primeiro amor?

- Lena essa é sua última chance - Jefferson, o assistente social de Lena avisa quando ambos estacionam em frente a CatCo Home. - É o seu 5° orfanato, se você aprontar mais uma, é reformatório Lena.

- Posso sair? - A pequena Lena de 13 anos pergunta ao rapaz. Estava farta daquilo, daquele papo de: "se comporte," "seja educada," "nada de encrenca"

- Pode - O homem fala suspirando e desce do carro com a garota, indo até o porta malas e pegando a pequena mala de roupas da jovem, a guiando depois até a porta e apertando a campainha.

Desde que perdeu sua mãe há 4 anos, Lena migrava de um orfanato ou lar provisório para o outro. Devido sua rebeldia, a menina era a definição de encrenca e já era conhecida pelo o sistema. O medo e preocupação de Jefferson era sincero, a CatCo Home fora o único lugar que aceitou a menina. Uma parte de Lena apenas queria que sua mãe aparecesse por uma dessas portas e a buscasse de volta, porém era impossível. Sonhos eram como pessoas, morriam.

- Ora, ora. Você deve ser a Lutessa, certo? - A mulher que atende era uma senhora, mas não de idade. Os loiros em seu cabelo não pareciam pintados para esconder seus cabelos brancos, nem haviam tantas marcas da idade na sua face. Entretanto suas roupas não eram nada parecidas com as das responsáveis pelos últimos orfanatos e lares adotivos. Aquilo era a mais pura grife. Então o que uma mulher fina fazia administrando um orfanato? Aquilo deixou Lena curiosa.

Pyxis | Supercorp - Gabs_LOnde histórias criam vida. Descubra agora