𝑆𝑒𝑗𝑎 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎, 𝑎𝑚𝑜𝑟!

• 𝐿𝑒𝑎 𝑆𝑚𝑖𝑡ℎ •

Suspiro abrindo meus olhos ainda com o quarto um pouco escuro pelas cortinas das janelas fechadas impedindo a forte claridade lá de fora.

Olho para minha barriga vendo a mão de Noel e sentindo o peso de seu braço sobre meu quadril e sorrio.

Me viro devagar de frente para ele e faço carinho em seu rosto o observando dormir, a expressão tranquila, a respiração leve.

Ele era tão lindo, por dentro e por fora, mesmo sendo um mafioso aquilo não o fazia ser alguém ruim. Eu o admirava, tinha orgulho de quem ele era e mesmo depois do que passou não ter se tornado alguém amargurado, alguém que desconta em qualquer pessoa sem se importar suas frustrações.

Beijo a pontinha do seu nariz perfeitinho, seu queixo e sua testa. Tiro o braço dele envolta de mim com cuidado e me levanto, faço minhas higienes e troco de roupa.

Saio do quarto e já vejo todos lá embaixo, todos menos o David, será que dormi mais do que devia?

Olho meus pais com Abby na sala conversando enquanto passava algo na TV.

__Bom dia -sorrio me juntando a eles.

__Bom dia? Já que é quase boa tarde filha -minha mãe diz rindo com a cabeça deitada no ombro do meu pai.

__E seu namorado, não vai descer querida? -meu pai fala enquanto fazia carinho na mão da minha mãe.

__Deixei ele dormir mais do que o costume, chegou muito tarde e cansado. Quero que ele descanse.

__Não acordei o David por isso também, eles merecem descansar depois de ontem.

Concordo com as palavras da minha amiga e me sento na poltrona, olho o horário no celular do meu pai que estava próximo. 11:40 da manhã.

Fico conversando com todos sobre assuntos gerais, eu estava querendo voltar a trabalhar já que ficar dentro de casa o dia todo sem fazer nada não era pra mim. Talvez com o dinheiro que eu juntei com as consultas online que fiz por um tempo aqui em casa, abra um consultório pequeno pra mim.

Por Noel eu viveria uma vida de rainha, ficaria em casa e viveria em shopping's, salões de beleza, spa entre outros. Não é que eu não goste de tudo isso, só não é pra mim viver nessa rotina todos os dias, eu gosto de ser independente e me sentir útil.

Talvez eu veja algum hospital de reabilitação que estejam precisando de novos donos e serei a dona sem problema algum, faz um tempo que estou pesquisando e já vi alguns hospitais que precisam.

Abby também já me chamou para trabalhar no hospital que está fazendo estágio, mas quero focar no ramo da psicologia psiquiatra por enquanto.

Quando o horário chega em 12:20 vou direto para a cozinha fazer o almoço, tinha acordado inspirada então caprichei na nossa refeição. Não sabia se ia acordar os meninos ou se deixava eles dormindo mais, de qualquer forma eles precisavam comer, eles podiam se alimentar e voltar a dormir se quisessem.

Quando estava tudo pronto peço para meus pais e Abby colocarem a mesa enquanto eu ia acordar os garotos. Primeiro vou no quarto de David e entro devagar o vendo esparramado na cama de atravessado quase caindo.

Nego com a cabeça sorrindo e vou até ele o balançando.

__David? Acorda irmãozinho -o chamo, ele apenas resmunga virando o rosto pro outro lado.

Levanto e vou até às cortinas e as abro de uma vez deixando a claridade entrar com tudo iluminando o quarto.

__Lea! -reclama colocando o travesseiro em frente ao rosto.

__Sei que está cansado, mas você precisa comer, depois pode voltar a dormir maninho -volto a posição de antes e puxo o travesseiro de seu rosto.

__Ok, já estou indo -suspira ainda de olhos fechados e um bico formado nos lábios.