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Aurora caminhava atras de sua mãe em cada canto que ela ia, não a perdendo de vista. Era um pouco entediante e não imaginava que seria somente essa correria. Cristina conversava com todos os homens engravatados do espaço, recebendo ate mesmo cantadas discretas, – o que Aurora achava nojento vindo dos velhos e calvos estranhos ao seu ver –, mas sorria ao ser apresentada. Aparentemente, Cristina Aguilar ganhava todos na simpatia e deveria seguir o roteiro.

— Deveria pedir um aumento para Christian. - comentou Aurora ao finalmente ver sua mãe respirar.

— Senhor Romeno, Aurora. - a corrigiu, fazendo a garota rir em pensamento, se sentindo uma enganadora ao esconder tanta coisa de sua mãe, espantando o pensamento no momento em que seus olhos bateram em Christian.

Chegava a ser algo insano ser capaz de conquistar um homem daquela magnitude.

Retornou sua atenção para Cristina, que fitava Christian, mas sua atenção era maior no homem com quem ele conversava. A garota sequer o tinha visto, mas não podia negar sua bela aparência em um terno cinza. Na verdade, ele lembrava vagamente alguém que vira por poucos segundos no dia em que o homem engravatado emprestou seu moletom.

— Querida, você me julgaria se eu me interessasse por outro homem? - Cristina perguntou, sua garganta secando por estar sentindo algo que a tempos não gozara.

— Claro que não. - Aurora deu de ombros, ficando feliz pela diferença e confiança que sua mãe estava tendo nela.

Conversar sobre garotos e diversos assuntos que a agradavam, o que fazia apenas com Camila pela intimidade. Cristina não estava mais escondendo nada dela, a deixando mais confiante em se abrir e dar sua opinião sobre algumas situações, principalmente relacionado ao divórcio dos pais.

— Eu quero vê-la feliz, mãe. – sorriu sincera, a abraçando de lado, tentando conforta-la. — Não serei aquela filha de pais separados que empatam a relação amorosa dos dois. – comentou. — Pode ficar tranquila. – a assegurou.

— Só que aquele é o nosso advogado agora, Aurora. – a respondeu, virando o rosto no momento em que Marcos a olhou, como se sentisse seus olhos o fitando. — E eu agradeço, seria péssimo você se meter na minha vida. – gargalhou, vendo a filha revirar os olhos.

— Vamos falar com ele, então. – Aurora a puxou, caminhando até onde estava Christian e Marcos.

Ela não se sentia nada intimidada pela presença dos homens e queria que a mãe se soltasse. Mesmo que ele fosse agora o advogado da família, não significava que deveria ser uma santa por estar divorciada.

E se dependesse dela, sua mãe arrumaria alguém logo.

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Christian vagava seus olhos por todo o campo, sempre notando Aurora em um vestido preto justo, e longos cabelos castanhos balançando de acordo com o vento. Exaltava sua beleza e sentia os rostos vidrados de homens e mulheres presentes no evento sobre ela. Sentia uma pontada de ciúmes, no entanto, o que o deixava com o ego inflado era saber que ela o queria.

Cumprimentava todos os convidados e acionistas, principalmente os representantes da Jeep que estavam presentes. Todas as lonas dos carros foram retiradas, fazendo um grande rebuliço em amantes de carros. Perdeu a conta de quantas fotos havia tirado, e entrevistas dadas para vender seu peixe. O sorriso em seu rosto quase andava sozinho, transbordando felicidade e se orgulhando do que pode fazer. Agradecia Vanessa e Cristina principalmente por o ajudar a organizar o evento, lidando com cansativas reuniões e as incessantes papeladas que faltou pouco para que ele jogasse pelos ares.

Estava apreciando sua manhã de sábado de diversas formas. Sua expressão denunciava o quão vibrante estava, falando pelos cotovelos com Marcos, seu amigo pessoal e advogado da empresa. Gostaria que seu pai estivesse presente, mas ficou aos cuidados de Suzane. De qualquer forma, ele veria tudo em jornais, revistas e na televisão. Todo o evento seria televisionado. A estrutura fora preparada exatamente para isso.

Doce AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora