Capítulo 12

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Capítulo 12

Após jogar sobre Geraldo, o último punhado de terra, Estevão retorna ao quarto para buscar o seu troféu, e que belo troféu ele tinha ali. Maria estava deitada, coberta apenas pela camisola branca que ela costumava usar, tinha o celular na mão esquerda. A televisão estava ligada num programa de anúncio de joias. Estevão desliga e senta-se junto dela, observando-a dormir. Ela abre os olhos e sorri para ele esticando-se na cama.

Maria: Você demorou e eu cochilei. (Acaricia-lhe o antebraço).

Estevão não diz uma palavra, apenas inclina-se e começa a beijá-la. Maria entrega-se aos seus braços permitindo que ele a tomasse para si mais uma vez naquele dia. A manhã chega e todos estão prontos para partir. As malas já estavam no lóbi e eles tinham uma van disponibilizada por Geraldo para levá-los ao aeroporto. Estrella e Heitor tinham alguma pressa em voltar pois embarcariam anoite para Londres, indo de encontro com os filhos. Tudo correra muito bem durante aqueles curtos dias, nem parecia a Aruba que eles conheceram, inclusive nem tinham vontade de ir embora, mas era necessário. No quarto, Maria ainda tinha coisas para organizar na mala, Estevão abotoava as mangas da camisa enquanto ela transitava dum lado para o outro.

Maria: Pronto! Só falta pegar os cremes que deixei no banheiro e já posso fechar.

Estevão: Desse jeito vamos perder o voo... você poderia ter arrumado tudo ontem.

Maria: Não reclame! Se não fiz as minhas malas é porque fiz as suas primeiro.

Estevão: Que gentileza, mas eu poderia ter feito também.

Maria (Pondo os sapatos enquanto andava): Você demora mais que eu.

Estevão: Já estamos atrasados, meu bem!

Maria: Está me deixando nervosa atoa. Que horas são? (Gritou do banheiro).

Estevão (Olha para o pulso e percebe que estava sem relógio): Espere! (Procura com os olhos, mas não o encontra. Vê o celular de Maria e pega para ver as horas, mas ao apertar o botão lateral, o telefone abre exatamente nas fotos da passagem e reserva do padre Belisário que ela revisara na noite anterior antes de adormecer. Estevão fica muito surpreso e confuso). O quê é isso? (Balbuciou).

Maria (Sai do banheiro e depara-se com Estevão olhando para ela. Tinha a testa franzida. Maria olha para o celular nas mãos dele): O que está fazendo?

Estevão (Mostra-lhe a tela): O que significa isso?

Maria (Tira-lhe o telefone das mãos): Nada! (Vira-se de costas).

Estevão: Porquê tem uma passagem do padre Belisário destinada a Aruba?

Maria (Fica nervosa): Estevão...

Estevão (Encarava-a): Ele esteve aqui semana passada? Porquê?

Maria (Respira fundo e olha para ele): É o que eu queria descobrir.

Estevão (Aquela informação veio como um golpe dando-lhe uma dura constatação): Não viemos aqui porque você queria se reconectar com o passado, não é?

Maria (Tenta aproximar-se): Estevão, eu...

Estevão (Afasta-se revoltado): Mentiu para todos... pior! Mentiu para mim.

Maria (Sentia o peso do seu olhar de reprovação): Amor, me deixe explicar...

Estevão (Irritado): Explicar o quê? Que você nos enganou?

Maria (Começa a chorar de nervoso): O padre Belisário não morreu naturalmente, ele foi envenenado logo depois de ter estado em Aruba. Eu tinha de investigar.

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