❪𝗗𝗥𝗔𝗖𝗢 𝗙𝗔𝗡𝗙𝗜𝗖❫
❝ O inferno está vazio, todos
os demônios estão aqui. ❞
Depois da guerra, Draco Malfoy retorna a escola de magia e feitiçaria de Hogwarts.
Tentando passar despercebido, de forma fracassada, pelo seu passado sombrio de ser...
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Ela sempre tinha apreciado a solidão, seu próprio espaço, com suas próprias regras, suas próprias piadas.
Nunca era tarde para desfrutar de uma leitura debaixo de alguma árvore, no canto mais confortável da sua cama, durante o café da manhã, nos bancos de Hogsmeade, no corredor que compartilhou tanto tempo com Luna.
Seu lugar especial, que agora só doía ao vê-lo.
Apesar de sempre ter um grande amor pelo seu próprio espaço; a solidão causava-lhe mais emoções, nem sempre eram muito positivas, pois tinha medo de ficar sozinha, mas agora estava mesmo nessa posição, tinha medo de estar sozinha com Seamus chateado, mas na noite anterior tinha estado totalmente sozinha com ele.
A solidão às vezes doía, pois desejava não acordar com o frio ao lado dela, desejava ser abraçada e amada por outra pessoa, alguém que enchesse seu coração de calor e alegria, tanto quanto ela faria com aquela pessoa maravilhosa.
Quando se levantou, ela teve a surpresa de não encontrar nenhuma de suas companheiras de quarto, então ela se permitiu deslizar sob seus lençóis, para que pudesse chorar em silêncio. Ela tapou a boca, apesar de ninguém ouvir, fechou os olhos com força, por causa da dor que sentia no corpo.
Ele mal conseguia dormir, enquanto sentia a dor no peito que não lhe permitia respirar, porque cada respiração a asfixiava, tanto quanto o fez Seamus com ela há alguns momentos.
O seu peito estava tão apertado.
Ela pensava que ia morrer a qualquer momento da noite, pela forma como respirava, pela forma como sentia que se sufocava cada vez que inalava, a forma como a tinha atingido, pela forma como o seu coração a fazia abrir os olhos de uma só vez, pois estava tão acelerado.
Estava com frio.
Muito frio.
Com vontade de chorar, mas sem poder fazê-lo.
Ela tentou de tudo para acabar com o frio que a estava deixando entorpecida; ela se abraçou, mas a dor em seu corpo a impedia de se mover como de costume.
Estava doendo de uma forma tortuosa, tanto que desejava que alguém lançasse a maldição assassina em sua direção, assim acabaria com toda a dor.
No entanto, o sol estava batendo de uma forma seca, as nuvens cinzentas o tapavam em sua maioria.
Estava tão desapontada por ter acordado, este era um sentimento novo, mas ao mesmo tempo tão conhecido, como se sempre estivesse lá, mas nunca tinha notado, até agora.
