Único

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Desde a volta de Agatha a relação que tinha com Antônio estava se tornando cada vez mais fraca. Ela tentava o máximo puxar assunto com ele, porém apenas respondia oque era necessário sem prolongar a conversa.

Ele gostava dela mas amava Agatha. Irene não aguentava mais, queria falar com ele, precisava falar com ele. Mas ele a evitava voltava do trabalho e depois ficava horas no escritório, indo somente para o quarto somente quando ela estivesse dormindo.

Quando ele descobriu a traição piorou tudo, a mínima relação que eles tinham se acabou. Antônio não iria deixar barato, ela traiu ele era imperdoável, pelo menos era isso que ele pensava. Foi aí que decidiu fazer o jantar nomeando a Agatha como sua futura esposa, sem Irene saber.

Quando Irene realmente percebeu oque estava acontecendo em sua própria casa sentiu uma raiva e um vazio imenso dentro dela. Como podia fazer isso? Nem sequer olhou para ele pegou a bolsa e a chave do carro.

Não tinha mais motivo de viver, então oque ela estava esperando?

Acelerou o carro e o jogou contra mão se chocando com um caminhão. Acabou. Acabou para sempre, ela nunca mais sentiria dor de um amor não correspondido ou saudade de seu Daniel, agora ela estava com ele.

Na mansão no momento em que Irene saiu Luigi foi atrás dela a pedido de Petra. Quando observou o carro se colidindo, ele não acreditou. Ligou imediatamente para o hospital para ver se ela estava viva.

Ele duvidava muito, o carro ficou extremamente amassado. Foi então que veio a confirmação ela tinha morrido. Petra ficou inconsolável. Não, não, não podia ser verdade. Antônio deste que recebeu a notícia que a sua verdadeira esposa tinha partido, ficou inquieto, não sabia como reagir.

Egoísta, se arrependeu de tudo o que tinha feito. Ela traiu ele, mas ele também traiu ela. Não adiantava mais ela nunca mais voltaria.


Era uma manhã semanal, fresca e nublada.
Os pássaros não cantavam, a movimentação nas ruas quase inexistente, um silêncio parava no ar, acontecia de forma lenta. E lá estava Irene... com flores a sua volta, sem expressão, batimentos zerados. Alguns choravam, outros se perdiam olhando para o nada. Ela estava irreconhecível, Petra quando a viu se desmoronou por completo. Antônio chegou, e mesmo aparentando uma força, estava destruído, com olheiras de quem passou a noite inteira chorando, se aproximou do caixão, e pela primeira vez em muito tempo olhou para ela sem evitar, fez carinho em seu cabelo e deixou um beijo em sua testa em forma de proteção que não conseguiu oferecer...
As horas se aceleram, querendo se despedir dela, quase todos da cidade acompanhavam seu funeral, enquanto Antônio pensava no dia em que seus olhos encontraram os olhos dela, e se pudesse voltar ao passado faria tudo diferente.
Alguns choros foram escutados e outras vozes de fundo dizendo:
"Ela aparentava estar tão bem, oque será que aconteceu?" E aconteceu tanta coisa, que ninguém nunca terá dimensão.
Um aviso foi dito, todos tinham 5 minutos para dizer o último adeus. A ficha de quem amava ela ainda não tinha caído, não podia ser ela ali, sem aquele sorriso que se olhassem mais um pouco, veriam toda dor guardada. Até que foi fechado, pessoas próximas carregavam o caixão por mais omenos 10 minutos até onde seria seu novo lar, a preparação foi feita, e começaram a empurrar o caixão para dentro. Petra gritou com as últimas forças que ela tinha, Antônio caiu de joelhos, e as outras pessoas mais próximas choravam por não ter mais Irene por perto e todos sabiam que tudo iria mudar a partir daquele momento. Os pingos de chuva começaram a cair sobre o caixão, as rosas foram jogadas e enterradas junto a ela.


Irene La Selva
23/08/1963 - 26/15/2023
"Sua partida deixou um vazio, mas sua
lembrança nos conforta"

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𝑻𝒉𝒆 𝒐𝒕𝒉𝒆𝒓 𝒘𝒊𝒇𝒆 - 𝒂𝒏𝒕𝒐𝒓𝒆𝒏𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora