Único

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Notas iniciais:
Gente já faz um tempinho né? Mas voltei e voltei com um Bajifuyu, pois eu adoro esse ship de montão.
Boa leitura!

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Keisuke Baji nunca foi um rapaz muito estudioso, ele não era fã de estudar e muito menos trocar seus jogos por aulas chatas de português. Amava ficar dormindo durante as aulas e quando saia da escola, ia correndo para casa jogar seu jogo favorito - que se chama Fortnite - no seu notebook da positivo, enquanto fazia call no discord com seus amigos de outros estados.

Sua rotina era sempre assim, dormia na escola e quando chegava em casa passava a tarde e a noite jogando. Isso começou já fazia 2 anos e sempre deu certo, até chegar na metade do seu 3° ano do ensino médio, as matérias pareciam cada vez mais difíceis, era muito trabalho e muita tarefa, sem contar a pressão que os professores faziam nos alunos; conversando sobre o quanto é importante fazer o Enem e passar em uma faculdade pública para se formar e comandar sua própria empresa.

Na real, Baji não se importava com isso e nem sabia qual ramo ele iria seguir, só ligava para seus jogos e seu gato, mas a escola não estava facilitando sua vida.

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- de novo aqui não é Keisuke? - falou o homem careca, bebendo sua xícara de café preto.

- foi mal diretor, é a última vez. - o moreno pediu, quase nem ligando, já que sempre parava na sala do diretor e não acontecia nada demais.

- última vez? - deixou a xícara branca no piris da mesma cor e olhou para o jovem a sua frente, com sobrancelhas arqueadas. - quantas e quantas vezes você já me falou isso? - riu irônico. - dessa vez não vou tolerar mais, algo tem de ser feito!

Baji apenas revirou os olhos e cruzou os braços, duvidava que algo iria mudar, já que sempre se safou e hoje não iria ser diferente.

- e o que o senhor vai fazer? - sorriu.

- aguarde, agora volte para a sua sala e preste atenção na aula! - ordenou zangado.

O de cabelo comprido apenas se levantou e andou em passos lentos em direção a sala, colocou a mão no bolso e pegou seu vídeo game portátil e começou a jogar um jogo retrô antigo. Deu um sorriso vitorioso ao ver que tinha ganhado, ele era muito bom naquilo e se orgulhava demais.

Não demorou muito até chegar na sala e se sentar, dessa vez iria ficar com a cabeça levantada, mas ao invés de se concentrar na aula chata de português ele pensava na hora de poder chegar em casa e ligar seu notebook.

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Quando escutou o som irritante do sinal tocando, pegou sua mochila. - que estava do mesmo jeito de quando veio a escola - e saiu correndo para casa, se esbarrando em alguns alunos e até mesmo no próprio diretor que o repreendeu por correr no corredor.

Quando chegou em casa, se surpreendeu ao ver sua mãe no sofá com os braços cruzados e com uma carranca nada boa.

- ah oi mãe. - coçou a nuca. - não sabia que você tava aqui.

A senhora Baji é uma mulher muito humilde e exigente, ela trabalhava de baba em algumas casas de família e por isso quase não parava em casa. Ela não era rica, seu salário quase não dava para pagar todas as suas contas, por sorte tinha seu marido - que é caminhoneiro - para ajudar nas despesas. Seu sonho era se formar e ter uma vida pacífica, mas acabou que não deu certo e teve que se virar para conseguir um trabalho, então ela era uma mulher muito exigente com seu único filho, não queria que ele passa-se o mesmo que ela passa.

- eu recebi uma ligação da sua escola hoje. - ela olhou para ele.

- ah é mesmo? Que legal né? - ele riu nervoso, se arrepiou e ficou falando para si mesmo que aquela ligação era para falar de tudo menos sobre o seu péssimo comportamento.

Professor particular - BajifuyuOnde histórias criam vida. Descubra agora