Imaginemos uma empresa, onde seres humanos, chamados colaboradores, ou trabalhadores realizam sempre as mesmas tarefas, regidos por regras e manuais, conhecidos como processos, metodologias ou práticas, sendo assim, incapazes de refletirem qualquer racionalidade, pelas informações e vivencias limitadas e doutrinadoras que têm, que poderíamos denominar Ideologia.
Essas pessoas estão arraigadas a uma rotina que se repete diariamente, como se estivessem acorrentadas e presas a uma realidade ilusória, estão presas na caverna corporativa da ignorância; e o medo de ser expulso e não se libertar, é tão grande que o senso comum é a regra, e imperam lá dentro.
Imaginemos ainda que, na caverna corporativa, uns poucos são muito respeitados, e até reverenciados, esses projetam para os demais aquilo que farão, são meras sombras desvirtuadas da realidade, e uma ilusão sobre o mundo, sendo que mesmo eles acreditam de verdade no que defendem. Esses poucos, que tem o poder, são privilegiados, mas também desconhecem que liberdade existe e apenas seguem, como os outros que mandam. Esses são um obstáculo para o mundo real, não ilusório, onde o conhecimento verdadeiro é iluminado pela luz da sabedoria. São igualmente prisioneiros, apenas possuem um status maior.
Ouviram dizer, por exemplo, que existe uma tal de meritocracia, que garante que todos tem a chance de chegar a serem o chefe maior que direcionada e comanda, mas seq uiserem quiserem deverão se esforçarem. Que só depende de cada um, e, então, seguem essa ideia, inclusive para não serem banidos da caverna corporativa, um disse que tinha vindo de família pobre eu tinha chegado lá porque sua mãe e ele tinham trabalhado muito. então a meritocracia deveria existir. Essa é uma ideologia, algo, ideia que sempre se acreditou na caverna, embora não soubessem de onde provinha.
Alguns prisioneiros, Questionavam como os valores que eram como leis na caverna não tinham valor e eram burladas, caso houvesse alguma ameaça da caverna ser fechada ou prejudicada. Percebeu que por mais doloroso que fosse, o mundo fora da caverna corporativa e que era real. Mas percebeu também que existem inúmeras outras cavernas iguais a que conhecia, onde uma tal ideologia dominante também imperava, era uma forma de alienação.
Suponhamos agora, que um certo dia um trabalhador consiga escapando das correntes ilusórias da mente, corajosamente permitiu-se questionar. Descobriria que eram exceções quem conseguia não ser expulso ou conseguiam ser respeitado pelo esforço, e isso só acontecia dentro da caverna corporativa.
Viu que o mundo real, era controlado por um sistema que só se mantem pela desigualdade, consumismo, dentro da caverna corporativa. Desvalorização e preconceito dos mais fracos e hipocrisia não pode ser bom para a sociedade, pensou ele.
Escrito por Alexandre Lombardi dos Santos
Obs.: Escrito baseado no texto livro VII da obra mais importante de Platão, "A República"
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O Mito Corporativo da Caverna de Platão
Non-FictionImaginemos uma empresa, onde seres humanos, chamados colaboradores, ou trabalhadores realizam sempre as mesmas tarefas, regidos por regras e manuais, conhecidos como processos, metodologias ou práticas, sendo assim, incapazes de refletirem qualquer...