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Uma leve brisa batia no rosto do moreno. Yokohama vista de cima de um prédio era linda.

Será esse o momento perfeito para dar um fim a tudo? - A pergunta não parava de fluir na cabeça do rapaz.

Desde que deixara a Máfia do Porto, Dazai havia pensado muito sobre suas escolhas, sobretudo sobre suas promessas. As malditas promessas.

Ele não conseguia esquecer, jamais conseguiria.

Em uma certa noite, Dazai havia se ferido por conta de suas tentativas de suicídio, ele estava totalmente debilitado. O mesmo lembra de desmaiar e acordar com um cheiro conhecido, era Chuuya, ele estava tentando esconder sua cara de preocupação, mas falhava miseravelmente. Chuuya passou o resto da noite enfaixando e cuidando do moreno, seus choros eram perceptivos.

Dazai havia prometido que nunca abandonaria o ruivo naquela noite.

Idiota.

Ele pensava de si mesmo, enquanto deixava uma lagrima escorrer em seu rosto.

"Quão torturantemente árduo e insuportável é viver."

O rapaz se aproxima da ponta do prédio, indo contra suas promessas antigas e ingênuas. Seus sentidos estavam abafados, seus pensamentos altos.

Um impulso.

Era só isso que precisava para despencar, pensou.

Um passo para frente, uma olhada para a vista e- Seus pensamentos foram interrompidos por um barulho, um som conhecido; uma ligação.

- A mas que caralhos! - A frustação tomou conta, mas logo se dissipou ao ver o nome do contato.

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Chuuya estava num lugar qualquer com seu melhor amigo, um vinho de 89, guardado especialmente para ocasiões como esta.

Ele murmurava alguns palavrões. Sua alma, ardida pelo vinho - ou talvez pelo amor - gritava em nome de um certo moreno.

Desde o reencontro dos dois, Chuuya experimentara mais vezes do que gostaria o gosto do tão amargo vinho. Para ser mais específico, essa já era a décima vez.

Beber era como sentir seu amor pegar fogo e ter esperança de que, algum dia, se tornariam cinzas que passariam a ser jogadas num mar de esquecimento profundo.

Repugnante.

Era isso que o ruivo pensava de si, enquanto pegava seu celular, ligando para o seu motivo de sofrimento e decepção.

Sendo mais especifico novamente, essa era a décima ligação.

- Dazai. - Chuuya falou, quase sussurrando, quando a ligação foi atendida.

Um silêncio se propagou.

- Chuuya - Dazai finalmente falou.

Como se soubesse o que o ruivo queria, Dazai falou seu endereço, assim como nas outras 9 vezes.

- Sacada do prédio número 47, rua 3.

- Poha Dazai. - Chuuya parecia conhecer os pensamentos do jovem suicida, e é claro, sabia o que ele planejava.

Em cerca de 5 minutos, o barulho de uma moto foi escutado, em cerca de 7 segundos, Chuuya pulou para cima do moreno.

- Se você estava aqui para fazer o que eu estou pensando, eu mesmo faço questão de te matar. - Ele falava, com uma voz arrastada e chorosa.

- Seria uma honra ser morto por você - O moreno falou, com seu humor medíocre de sempre.

Ao contrário do soco que esperava sentir, Dazai sentiu um abraço caloroso de seu ruivo.

- Eu não te autorizo a me deixar - Nakahara falou, se aconchegando no peito do moreno.

Por alguns minutos ficaram assim, abraçados, se deixando apreciar a presença um do outro.

Em momentos como esse, não era necessário palavras para sentir o afeto e carinho de um pelo outro. Em momentos como esse, o coração de ambos parecia formar um só.

Almas gêmeas.

- Por que você só me liga quando está chapado? - Dazai pergunta retoricamente, com um pequeno sorriso no rosto, enquanto passava a mão pelos cabelos de Chuuya.

Ambos sentaram e ficaram olhando as estrelas. O céu estava mais bonito que nunca, ou talvez, a companhia era melhor dessa vez, quem sabe?

O restante da madrugada passou rapidamente, os dois nem se deram conta de que acabaram pegando no sono.

Após Chuuya acordar, a presença do moreno já não estava mais lá, deixando apenas uma cartinha com um coração e a saudade.

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3AM and you're with me. - ONE SHOT - soukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora