He Was The First (TodoDeku - ABO)

01

CAPÍTULO 01

Mudança
Ato de mudar de um lugar ou local
E era isso que fazia Izuku e sua família, menos seu pai, o motivo da tal mudança.

— onde está Kota? - Izuku pergunta assim que retorna para o carro.

— ele está sentado na calçada, não se preocupa, parece que aqui não é muito movimentado - Ocacho, sua irmã, responde.

— não sei, não deve deixar ele se afastar - pega uma caixa do porta-malas - quem é aquela do lado dele? - Kota parecia conversa com uma garotinha.

— nova amiga dele, deixa ele, não vai fugir, Kota não faria isso

— vamos entrar, esse é a última caixa

Ochaco chama por Kota, logo ele se aproxima e os dois entram, Izuku olha ao redor e percebe o quão chique é aquele lugar, sua casa, apesar de grande, é pequena em comparação às outras, não tem como dizer o contrário, carros luxuosos, roupas caras, com certeza aquilo era só para alta classe, se sentia estranho de estar naquele lugar e não ter o luxo que os vizinhos tinham.

Ele enfim entra, a casa já estava limpa e faltava apenas o resto dos móveis, Inko trouxe praticamente a casa toda, Izuku nem precisou de preocupar com móveis.

Izuku já ia se sentar no sofá junto da família quando alguém toca a campainha, ele já fica impressionado porque nem sabia que tinha campainha, como já estava em pé, ele volta para a porta e abre.

— olá - diz receptivo, é um casal.

— oi, desculpa incomodar, estamos atrapalhando? - o homem pergunta.

— não, por enquanto já acabamos

— ótimo, queremos dar boas-vindas para vocês

— trouxemos esse bolo de cenoura, espero que gostem - a mulher ergue o bolo, Izuku pega de suas mãos.

— oh, realmente estávamos precisando, estamos morrendo de fome devido a viagem, mãe, venha aqui rapidinho - ele chama.

Inko vai até a porta e começa a conversar com o casal.
Izuku leva o bolo para a cozinha e deixa sobre a mesa.

Na conversa é dito que o casal são os Todoroki's, Enji e Rei
Inko diz que eles são os Midoryia's
Não demora muito até que o casal anuncie que já estão indo.

— temos trabalho hoje, gostaria de conversar mais, aceitam jantar em casa amanhã? - Enji faz o convite.

— oh não, eu que peço que venham jantar aqui em casa, já trouxeram o bolo, queremos mostrar nossa gratidão - Inko fala entusiasmada.

— tudo bem, saímos do trabalho por volta das oito horas, às nove está bom? - Rei pergunta.

— por mim sim, estarei aguardando vocês aqui

— então tá ok, nos vemos amanhã, Sra. Inko

Inko os acompanha até a porta e se despedem.

— vamos comer? - Ocacho pergunta a Izuku.

— óbvio, estou para desmaiar de fome - ele responde bem humorado e eles vão para a cozinha.

•••

Já passava das sete da noite, os móveis já tinham chegado, já estava tudo arrumado, Izuku estava no quarto de Kota junto do próprio e de Ochaco, deitados na cama.

— então vocês já são amigos, certo? - Ochaco perguntava sobre a garotinha que estava com  Kota, mais cedo na calçada.

Ele assente com a cabeça, Kota não fala, apesar de não ter deficiência vocal, ele raramente diz algo, aprendeu corretamente, mas prefere sinalizar.

— está vendo Izuku? Ele sabe fazer amigos melhor que você

— nada haver Ochaco

— será se vamos conseguir fazer amigos aqui? Percebi que só tem gente esnobe e metida nesse bairro, porque mamãe escolheu esse?

— com certeza ela gosta desse ambiente, e eu realmente tenho minhas dúvidas sobre conseguir amigos, eu preciso de amigos?

— claro Izuku, você vai para a faculdade, na faculdade você tem que enturmar, caso contrário seu nome estará na boca de todo mundo como o "estranho"

— sério, se isso era para ajudar, não quero nem saber o que você falaria para não me ajudar

— sinceridade é tudo

— nem pedi sinceridade

— mas vai levar sinceridade na cara sim

— mas falando sério, qual a probabilidade de eu não fazer amigos?

— 10%, você vai para um faculdade onde tem várias pessoas diferentes, alfas, betas, ômegas, você é legal, faça amizades somente com betas, por precaução mesmo, não quero você grávido porque eu sei como você ficaria insuportável

— se eu aparecer grávido pode contar que no dia seguinte é juízo final, não sou assim Ocacho, tomo inibidores certinho

— ainda tenho a impressão de que esses inibidores não são bons...

— Ochaco, eles deveriam ser alfas dominantes, sei lá, eles podem sentir mesmo com o efeito do inibidor

— acho que não, é fácil identificar, e alfas dominantes são ricos, você com certeza estava soltando seus feromônios sem querer, eles não saíram da nossa cola

Ochaco falava sobre um incidente que ocorreu durante a viagem, quando eles pararam em uma cidadezinha e foram ao supermercado comprar comida, Inko tinha ficado no carro com Kota enquanto os dois irmãos saíram.
Lá dentro, dois homens pareciam perseguir eles, não seria Ochaco, pois ela sabe controlar bem seus feromônios, já Izuku tem um problema em relação a isso, ele não consegue perceber quando está a liberar feromônios e solta involuntariamente, o que acaba fazendo ele ser o centro das atenções quando está em um ambiente com muitas pessoas, principalmente alfas, nem os inibidores que Ochaco compra escondida resolve isso, mas Izuku continua usando mesmo assim, sabendo que são perigosos.

— tanto faz, não aconteceu nada, fique feliz, feliz!

— tá bem, vamos mudar de assunto, suas aulas já são amanhã, certo? - Izuku assente - mas assim, já? Não tem descanso? Você ficou quanto tempo planejando isso de fugir?

— tempo o suficiente para guardar dinheiro, procurar uma faculdade que tenha o curso que tenho interesse e me instalar nela, a decisão do curso foi fácil porque eu já tinha na cabeça desde os dez anos

— sábio, nem pediu ajuda

— não pediria ajuda sua porque... Digamos que sua capacidade mental não é boa - ele riu.

— está me chamando de burra, Izuku?

— não! Não é isso, mas olha só, vocês vieram comigo e não vou mais ficar sozinho, fico feliz com isso, caso contrário eu estaria em um apartamento minúsculo onde saiu do quarto entrou na sala e na sala já está no banheiro que fica na cozinha, entendeu?

— não, mas fico feliz de ter vindo também, agora só tenho que conseguir um trabalho porque ainda não sei o que quero fazer da minha vida

— uma desocupada

— vai ficar me difamando mesmo?

— quer comer? - Izuku se levanta - Posso procurar algum lugar que venda comida e pedir, vamos falar com a mamãe - ele sai do quarto seguido de Ochaco, Kota continuou no que estava fazendo, desenhando na parede.

•••