Eʟᴇ ᴛᴇ ᴛʀᴏᴜxᴇ ᴘᴀʀᴀ ᴍɪᴍ

4-ᑕᕮᖇIᗰÔᘉIᗩ ᖴᑌ́ᘉᕮᗷᖇᕮ

⚠️Não esqueçam da música. Boa leitura ❤️‍🩹
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Sabe aquela onda que parecesse que irá te afogar a qualquer momento? Me pego sempre desejando que ela me afogue. A dor da morte a perda de  alguém que você ama e  ter que aceitar que não importa o  quanto você chore, implore a Deus para o trazer de volta, isso nunca irá acontecer, ele se foi para sempre e com sua perda eu morri um pouco por dentro.

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Dia do acidente:Passado.

-Alex!!!É o meu irmão.—Gritava empurrando  as pessoas que estavam envolta do carro e não abriam passagem.

- Não, não, Deus não.—Balbuciava incrédula com a cena que presenciava, Alex estava deitado na estrada, consigo ver que ele teve algum trauma no cérebro pois o local estava com uma poça de sangue somente acima da cabeça, os paramédicos  fizeram todos os protocolos para o salvar mas para ele era tarde demais, vi isso nos olhos dos médicos que estavam descarregando a maquina de ressuscitação e o momento que eles desistiram do meu irmão.

-Por favor, não desistam dele.—caminho até seu corpo, nenhum deles  impedem que o alcance, uma enfermeira fica ao meu lado ventilando ele para o manter respirando.Pego ele em meus braços, como ele fazia comigo aos 5 anos, mergulho minha cabeça em seu peito, ali sabia que não conseguiria suportar viver sem ele, meu coração fica acelerado, minha respiração estava pesada, meu coração gritava, externo toda a minha dor, gritava  inconsolávelmente com ele em meus braços. Sinto algo gelado em seu peito, confiro pegando o cordão que estava em volta do seu pescoço, ele fez o mesmo colar que me presenteou  para ele. Firmo o colar  em minhas mãos  trémulas, as lágrimas escorriam pelo meu rosto.

-Senhora, Carter. A morte dele pode ter um proposito nos deixe salvar ....—Escuto ao fundo o médico pedindo permissão para a  doação de órgãos.

-Não, você não vai tirar nada dele.—O interrompo, eles  voltam sua atenção para mim.

-Ele não está mais vivo, ele só está respirando por esse aparelho, ele teve morte encefálica, não está mais aqui.—O MÉDICO DIZ ALGO TÃO ABSURDO COM CERTA TRANQUILIDADE E FAMILIARIDADE,essas palavras passaram por mim como uma lamina perfurando cada parte do meu corpo.

-Filha,deixe eles ...—Minha mãe  tenta me convencer.

-Cala a boca, hoje vocês morreram para mim, eu não sou sua filha, não sou sua filha.—Exclamo diversas vezes sem controle algum. Após meus pais autorizarem eles a removerem  seus orgãos, seguro Alex com mais força que pude, eles tentaram me afastar me puxando e não conseguiram.

-Não mate meu irmãozinho, não levem ele de mim. Por favor.—Falo  com a cabeça enterrada em seu peito.Toda a equipe fica de pé me observando, desistindo.

- katriny, deixe eles o levarem, filha.—Meu pai tenta se aproximar colocando suas mãos em meu ombro, ao me virar para ve-lô dou um  tapa em seu rosto fazendo com que ele se afaste, pude ver em seus olhos algumas gotas de água se formarem.

-Isso tudo é culpa sua, você matou ele. Eu nunca vou te perdoar por isso, você entendeu?!—O encaro com desprezo, queria que ele sentisse um pouco da fração da minha dor, estava tão enraivecida que parto para cima dele o batendo descontroladamente, ele tentava segurar minhas mãos.

-Katriny,pare.—Sem perceber um dos enfermeiros aplica uma injeção em meu braço, meu corpo começa a ficar mais lento, como se estivesse apagando aos poucos, eles me sedaram.

-Eu nunca vou te perdoar.—susurrava baixinho aos prantos, antes de desmaiar meu pai me pega em seu colo.

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Presente:

A cidade inteira estava reunida para o velório, o dia estava nublado , até os seus demonstravam seu pesar com sua perda. O pior de tudo e presenciar pessoas com seus rostos abatidos demonstrando os pêsames mas metade delas se quer gostavam dele. Passo por todos os ignorando, meus pais recebiam todos sendo consolados. Sento perto do seu caixão e ali meus pensamentos foi levado para o dia de ontem, onde percebi que nunca mais o veria novamente, logo meus pensamentos retrocedem para a manhã daquele dia e retornam para nosso último olhar quando fomos nos despedir.

-Como não percebi, Alex. Desculpa.—sussurava baixinho com a cabeça baixa e os olhos fechados .Seu acidente foi dito como tentativa de suicídio, o motorista e as testemunhas que estavam no acidente afirmaram que ele se jogou na frente do carro sem hesitar. Coloco minhas mãos em meu peito tentando respirar, essa manhã quase não consegui levantar da cama, me esforcei ao máximo, coloquei um vestido preto com uma sapatilha da mesma cor, mas em cada etapa não conseguia parar de chorar.

-Katriny?—Minha mãe chama para fazer o discurso fúnebre. Caminho até o altar sentindo os olhares em  mim, era insuportável essa sensação, essas pessoas que ele nunca se quer trocou uma palavra ou nem chegaram a conhecer de verdade sua alma . Ao olhar mais atentamente avisto a única pessoa que acreditava que suas lágrimas eram verdadeiras, a moça a qual Alex sempre fazia questão de menciona-la, sua presença me deu um certo conforto pois não era a única ali que sabia o quanto ele era incrível. Paro de frente para eles recuperando o fôlego e inicio:-Hoje pela manhã procurei por você, te esperei me acordar nas madrugadas como sempre fazia para passar o seu tempo, esperei você me contar como foi suas aventuras com a pessoa que você amava, te esperei para deitarmos no chão e apenas observar as artes que faziamos no teto do quarto quando éramos crianças, acho que essa espera por você nunca irá cessar, porque não perdi apenas um irmão, perdi um pai, uma mãe, um amigo, você sempre foi tudo para mim. ALex, meu maior desespero hoje é esquecer da sua voz, da sua presença...você não sabe o quanto você levou de mim com você, hoje ao me arrumar reparei o quanto somos parecidos.—Pauso rindo em meio ao choro.

-Pelo menos nunca  esquecerei de como você é ,pois ao encarar o espelho te verei em cada traço meu que sempre me lembrará do meu irmão. Você era a parte fundamental em minha vida, você me consolou nas noites onde estava sozinha, você entendia meus medos e incentivava a enfrenta-los como ninguém, como gostaria de poder viver mais tempo ao seu lado e ver você voar como sempre desejou, agora entendo porque você admirava tanto as aves e os peixes, eles não tem moradia e nem onde chegar, voam até se cansar, mas os peixes sempre se recolhe para as margens só para descansar, eu era sua margem, nós éramos a margem e o lar um do outro e onde  nós sempre iriamos voltar. Vou sempre me lembrar da nossa promessa naquela árvore na praia .Mas sinto tanta raiva de você agora, você disse que voltaria......Eu te desculpo irmãozinho por me deixar. Eu entendo agora sua dor e como era insuportável até para  respirar .Dessa vez espera por mim , Alex,  não vai onde não possa te reencontrar.—Não conseguia mais falar, minha voz foi sumindo aos poucos pelas lagrimas, agacho tentando recuperar o fôlego e ao levantar vejo aquelas pessoas se derramarem em lágrimas, fico  enraivecida com a cena.

-Porque vocês estão chorando? Vocês nem se deram o trabalho de conhece-lo.—Minha voz sai embargada de raiva e aos gritos, ele foi tão alto que assustou a todos. Meu pai tenta me retirar do local mais insisto.

-Todos vocês são responsáveis pela sua morte, vocês o matou aos poucos, não conseguem enxergar isso. Ele odiava cada um de vocês...

-Katriny, pare, por favor. Agora não.—Minha mãe cochicha vindo ao meu encontro para ajudar meu pai a me levar para fora.

-E qual hora ideal seria? É perfeito eles verem oque fizeram com meu irmão e como os  assassinos oficiais deles estão aqui se ressentindo a sua morte, os próprios pais dele o mataram. Todos vocês assassinaram o meu irmão, dia após dia, até ser insuportável viver, parabéns, todos vocês conseguiram se livrar dele.—Gritava com todas as forças que eu tinha, meu pai segura meu braço, forço ele puxando para me soltar  dele  e avanço  para frente.

-Ele não vai precisar dessas rosas mais.—Derrubo a mesa inteira que eles o presentearam.

-Quer saber, ele não precisa de nenhum de vocês aqui. Vão emboraaaaaaa..—Meus gritos aos poucos foi espantando um por um .Até sobrar nós cinco dentro do salão.