Com alguns jarros com tampas e pequenos no chão, notas eram tomadas sobre os brilhos verdes dos vaga-lumes que ali estavam presos. Contando os potes e percebendo que ainda lhe sobrava um pote sem inseto, a jovem que os estava pegando, viu que na pedra logo a sua frente, de três metros de altura, dois vaga-lumes voavam com tranquilidade. Olhando para um dos seus potes vazios, a jovem anotou e olhou em volta e viu que todos os vaga-lumes estavam voando alto, exceto dois pouco acima da pedra a sua frente. Mesmo vendo que a pedra tinha uma altura razoável e era pouco provável para se escalar, com uma meta a jovem ignorou aquele pequeno detalhe e escalou a pedra de três metros de altura e pouca coisa inclinada. Inclinação esta que ajudou minimamente a subida apesar da pedra ser lisa quase impossibilitando tal ação. Entre as árvores ao fundo olhos atentos viam a cena. A jovem escalou a pedra derrapando e escorregando, mas rapidamente chegou ao topo e parou. Respirando mais fundo a jovem morena se equilibrou, ficou de pé, e pegou o jarro que tinha amarrando na cintura com a blusa. Jogou a blusa no chão atrás dela, abriu o pote e com um olhar atento se jogou na direção dos insetos. Com um impulso, a jovem deslizou na pedra indo ao chão, mas não antes de aprisionar um dos insetos no pote. Percebendo o deslize, a jovem gritou e se virou de costas para o chão. A tempo, aquele que via a cena se antecipou e segurou a jovem em seus braços. Com o impacto dos braços do homem, a jovem soltou o pote de vidro, caindo assim em seu rosto, entre a testa e os olhos e logo caindo no chão deixando o inseto sair. Ouvindo o som do pote batendo no rosto da jovem, o homem viu a garota levar a mão esquerda na testa rapidamente e contestar em dor. Olhando para a pedra, o homem se abaixou e colocou a jovem sentada ali e ouviu dela gemendo de dor.
- Ai. Que dor.
- Consegue levantar a cabeça?
- Não. Ai.
Olhando o pote no chão intacto, o homem disse ainda agachado na frente da jovem, mas um pouco mais para a direita dela.
- O pote não quebrou.
- Ah..é?
Tentando olhar para o homem, a garota logo fechou os olhos com a claridade e voltou a abaixar a cabeça gemendo de dor. Vendo aquilo o homem também viu que começava a inchar e preocupado ele disse.
- Tá inchando.
Apenas com alguns gemidos a garota respondeu. Quando foi para levantar o rosto dela, para avaliar a extensão do inchaço, o homem teve o punho esquerdo segurado pela jovem que apertou com força enquanto abaixava a cabeça. Em poucos segundos o calor do pulso do garoto passou para sua mão. Com a voz firme, mas gentil ele disse.
- Não pode abaixar a cabeça! Isso não é bom!
- Tá claro demais..ai..isso dói...
Apertando o que podia da testa onde estava o inchaço a garota gemeu mais de dor enquanto lutava contra o homem que tentava levantar a sua cabeça. Enquanto sorria, o garoto percebeu o relógio preto no pulso esquerdo da jovem. O relógio estava virado com a tela para baixo, para o pulso. Vendo tudo aquilo, ele sorriu de lado, até ver o reflexo do pote lhe brilhar nos olhos. Curioso perguntou tentando manter a jovem acordada.
- Porque tá pegando vaga-lumes?
- Uhm... hum...
- Porque dos vaga-lumes? Ei.
- Ahm...é..eu..uhm.... Exp..experiência...
Começando a bambear a jovem rapidamente desmaiou nos braços do homem que novamente se antecipou com cuidado e proteção. Respirando mais fundo, o homem sorriu vendo a jovem tão mais calma. De repente com o barulho de um galho quebrado no chão, o homem olhou para a sua direita, de onde tinha vindo e sorriu. Com a brisa soprando em seu rosto, e um brilho forte do seu lado direito pulsando, a jovem acordou com o rosto debruçado na mesa. Com dor e dificuldade a morena levantou a cabeça com esforço. Olhando para o seu lado direito para fugir da claridade da janela a esquerda, a jovem viu sua bolsa marrom de duas alças, com todos os seis potes de vidro com vaga-lumes. Confusa por tudo, desde estar ali, aos potes ao seu lado com todos com vaga-lumes. A jovem se levantou com certa tontura, pegou a bolsa e seguiu para fora da sala. Em uma outra sala conversando com uma mulher com calça social preta e ela sendo ruiva, a morena escutou.
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Sob O Luar
FantasyUma bomba relógio e inúmeras catástrofes, forçam uma família a ter uma vida de constante itinerância, onde novos recomeços são a norma. A busca incansável por um tratamento ainda desconhecido e uma proposta de mão dupla, a família se muda pela ultim...