PRÓLOGO

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Será que eu devia mesmo ter aceitado ir a esse encontro? Eu só tenho 23 anos, eu tenho muito tempo para conhecer um rapaz que eu ame e forme uma família, talvez eu tenha exagerado no "eu tenho só 23 anos", ainda não me acostumei a vida adulta, tudo continua sendo igual, tirando a parte que eu tenho apenas mais algumas obrigações que antes costumavam não existir, e não penso mais em um romance de livros, acredito ter sido apenas uma fase, a qual não vivi e vamos ser sinceros, isso nem deve existir mesmo. Deixando bem claro, eu só aceitei porque minha mãe me implorou e eu resolvi dar uma chance, não que eu tenha alguma expectativa nisso, mas eu gosto de vê-la empolgada, ela sempre fez tudo por mim, que mal faria um jantar com um desconhecido durante uns 30 minutos? Bem, desconhecidoo não tanto... só por mim, ele é o filho de uma amiga da minha mãe, elas devem estar preocupadas com o futuro dos filhos, mas um par romântico não é tudo, contanto que eu tenha um bom emprego, uma vida confortável e um gatinho preto eu não me importo se eu nunca me casar, não é o fim do mundo, não como se eu fosse morrer se isso não acontecesse.

Assim, seria legal ter alguém pra compartilhar coisas que você gosta, ou algo parecido, não tenho experiência com nada disso então não sei como é, mas eu ainda adoro comédias românticas, livros de romance. Acho que apenas uma romântica que sempre criou expectativa em tudo e nada surge como eu esperava, então não acho que nenhum homem chegou perto de me conquistar de ter minha confiança e tempo, e os que tiveram meu coração, nunca me deram o seu, às vezes eu penso o quanto deve ser bom ter um sentimento recíproco, que loucura, parece ser algo tão irreal. Chega de baboseira, eu tô atrasada, coitado do rapaz, mas eu também não pretendo demorar.

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Como vou saber onde ele está? Não sei seu nome e nem sua aparência. Quando entro no restaurante meus olhos procuram por algum cara sozinho para tentar encontra-lo, mas nem precisei procurar muito, um rapaz bem alto, de cabelos castanhos que está vestido com uma camisa branca social acena em minha direção e eu automaticamente me dirijo até a mesa que ele está sentado.

— Como sabe quem sou? — me sento na cadeira a frente dele.

— Minha mãe me mandou seu Instagram — responde ele

Um minutinho, ele me segue?

— Ah entendi — respondo ainda incrédula.

Eu teria visto se ele me seguisse, minha conta é privada, ele provavelmente tem uma conta low profile, julgando pela aparência, e de perto consigo ver algumas pintas ao lado de sua boca e no nariz, que por sinal é bem grande, com todo respeito.

— Já sei o seu nome então eu começo me apresentando, meu nome é Alan.

— Prazer conhecer Alan, minha mãe marcou esse encontro, mas nem se quer me disse seu nome.

— Está tudo bem, minha mãe também não me disse muito sobre você.

— Bom, já pediu algo? — eu pergunto

— Eu estava esperando por você, o que gosta de comer?

— Como uma boa italiana eu gosto muito de bucatini all'amatraciana.

— Ótimo, vou chamar o garçom.

Um garçom que está com um caderninho e um cardápio na mão se aproxima da nossa mesa. Alan levanta a mão e acena para ele

— O que esse belo casal deseja pedir?

— Ah nós não somos um ca...

— Por favor me vê uma porção de bucatini all'amatraciana para duas pessoas. — Alan diz me interrompendo.

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⏰ Última atualização: Oct 26, 2023 ⏰

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