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O Going Merry seguia cruzando os mares sob o comando de Usopp, que estava sendo guiado pelas direções dadas pelo palhaço Buggy, bom, pela cabeça dele que os homens-peixe esqueceram no Baratie. Ao menos o mar estava calmo, dando um pouco menos de trabalho para os piratas novatos. Quem realmente estava dando trabalho era Buggy que, vez ou outra, trocava as direções que dava a Usopp.

– Mas cê não disse: "Cinco graus pra estibordo?" ‐ o atirador perguntou.

– É, só que era pro outro estibordo, ô capitão borra cueca ‐ Buggy respondeu debochado. A cabeça dele estava apoiada em um barril fechado.

– Achei que palhaços eram mais engraçados ‐ Usopp murmurou.

– E o quê? ‐ a cabeça deu alguns pulinhos se virando para Usopp – Por que cê não fala na minha cara?

Nesse momento, Zoro subiu para o convés de comando, sua expressão era séria e impiedosa enquanto ele caminhava na direção dos outros dois. Os curativos em seu peito já não estavam tão bons assim, mas ele nem demonstrava incômodo.

– Ei! Bom dia, campeão! ‐ o palhaço exclamou, rindo.

– Eu sei que o Luffy fez um acordo com você para encontrar o Arlong ‐ Zoro disse sério e ameaçador – Mas se você vier com gracinha...

– O que você vai fazer? Me fazer sangrar? ‐ Buggy debochou.

Mas Zoro não estava para palhaçadas, ele agarrou a cabeça de Buggy e a levou em direção à grade do barco, deixando‐a estendida sobre o mar.

– Ei, espera aí! ‐ o palhaço pediu desesperado – Foi brincadeira! Um acordo é um acordo. Você quer o seu mapa de volta e eu quero meu corpo!

– Acho bom você não tá armando para gente.

– Zoro, amigão! Honra entre todos os piratas. Certo? ‐ Buggy soltou uma risada histérica – Posso cantar uma bela cantiga do mar para passar o tempo.

Antes do palhaço começar, Zoro já estava levando sua cabeça para o lugar.

– Oh, garota com cabelo de água de salsicha, roubou meu mapa me prendeu no lugar dos infernos! ‐ Buggy cantou, bem desafinado – Ela é astuta, vigarista e imunda, mas não dá para negar que ela tinha uma bela...

Usopp abriu o barril e Zoro jogou a cabeça lá dentro.

– Ai! Ai, meu nariz... ‐ ele choramingou.

– Já escutei gaivotas cantando melhor do que isso ‐ uma voz feminina se fez presente no local. Era Elektra, encostada em uma das grandes.

– Ei, eu ouvi isso! ‐ a cabeça gritou de dentro do barril.

– Cala a boca ‐ Zoro disse dando uma batida na tampa do barril.

– Temos que trocar esses seus curativos ‐ a cantora disse ao ver o sangue ultrapassando um pouco das bandagens no peito do espadachim.

– Eu tô legal... valeu ‐ Zoro seguiu em frente saindo do local.

Elektra e Usopp trocaram um olhar confuso, o atirador deu de ombros voltando a guiar o navio e a morena preferiu não seguir adiante com nenhum diálogo, indo na mesma direção em que o espadachim, mas caminhando para encontrar o capitão próximo à proa junto de Sanji. O cozinheiro estava com uma vara de pescar tentando pegar algum peixe, enquanto Luffy observava ansioso.

– Como está indo a pescaria? ‐ Elektra perguntou. Ela tirou seu kirith das costas e se sentou na grade, começando à tirar algumas notas suaves.

– Bom, acabamos de começar ‐ Sanji respondeu.

EROS || Nami (One Piece)Onde histórias criam vida. Descubra agora