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Gattaz

- Puta merda você é real mesmo. - Encarei a mulher que olhava me analisando dos pés a cabeça, olhei para Sn que negou e voltei a olhar para ela.
- E acho que sim. - Falei e ela riu se aproximando deixando sua namorada de pé ali sorrindo.
- Desculpa minha reação e que eu realmente achei que minha irmã estava inventando essa história de namoro apenas para me fazer parar de se preocupar tanto com ela. Aliás já que você é namorada dela agora, se vira e coloque ela não linha não tenho mais nada a ver com isso e não aceito devoluções, já tive que aguentar e cuidar dela por muito tempo agora esse trabalho e seu. - Disse ela me fazendo rir e Sn fez menção de se aproximar dela, e a garota se esquivou. - É brincadeira, é lógico que eu ainda vou cuidar de você. - Falou encarando a mais velha que negou mostrando o dedo do meio para ela.
- Vai se fude Julia. - Falou e eu a olhei de lado.
- Nossa Sn como você é madura. - Se aproximou um pouco mais de mim e falou baixinho. - Tem certeza que é isso que você quer? - Perguntou e Sn bufou irritada indo até a namorada da irmã dela e as duas começaram a conversar.
- Vou contar as suas piores histórias para sua namorada. - Disse Sn e Julia se virou a olhando.
- E eu conto as suas. - Retrucou a mais nova e Sn sorriu.
- Eu não tenho nada que você possa contar.- Comentou e eu fiquei ali observando as duas.
- Apenas as confusões que você se metia, as loucuras que você fazia e nossos pais ainda deixavam. - Minha namorada fechou a cara.
- Os seus pais não sabiam muito o que fazer comigo por isso que eu cresci assim, você tem sorte de eu ter vindo primeiro assim eles aprenderam como cuidar de uma criança direito na sua vez. - Senti um certo desabafo da parte da minha garota, talvez seja por isso que ela nunca fala dos pais dela. - Bom, gente essa é a minha namorada Carol, e amor essa é a Júlia e a namorada dela a Dani, a Dani e muito mais legal que a julia.- Falou nos apresentando e eu sorri antes de trocar um abraço rápido com as duas.
- Prazer em conhecer vocês gente. - Falei e as duas riram.
- Prazer em conhecer Carol. - Disse Dani.
- É realmente um prazer conhecer você, é bom você cuidar bem da minha irmã e sou mais nova mas sou bem protetora com ela. - Falou a irmã da Sn e eu sorri concordando.
- Pode ficar tranquila eu amo a sua irmã. - Encarei Sn e sorri a olhando antes de dar uma piscadinha em sua direção fazendo minha mulher sorrir.
- Então quando você vai apresentar ela para nossos pais? - Perguntou Julia e Sn se aproximou parando ao meu lado e negou.
- Acho que nunca, apenas se você quiser amor. - Falou me olhando.
- Mas eles são nossos pais. - Comentou Julia e Sn me puxou para se sentar ao seu lado.
- E eles são sim, mas não me criaram então não serve de muito coisa e eu não quero discutir esse assunto com você a gente já conversou, eles foram bons pais para você, mas pra mim não foi do mesmo jeito. - Disse minha namorada e eu estava ainda sem entender a situação, mas tinha certeza que mais tarde ela me contaria essa história direito. - Vamos jantar que eu estou morrendo de fome. - Falou e a gente se levantou indo jantar, passamos o jantar todo conversando e minha cunhada contanto histórias da Sn adolescente. Minha namorada era simplesmente uma revoltada com a vida e que gostava de aventuras.
- Fico feliz que minha irmã tenha encontrado uma pessoa boa como você, ela tem esse jeito dela toda marrenta mas no fundo e um amor de pessoa. Não sei se ela te contou, mas nossos pais eram bem novos quando tiveram ela e eles não foram muito bons com ela então ela não teve a presença dos nossos pais durante um longo período. Nossos avós que cuidaram dela, mas ficou feliz que ela esteja bem e feliz com você. - Comentou a irmã da Sn e eu concordei observando minha namorada conversando com sua cunhada no gramado da casa dela.
- Ela nunca me contou, mas tenho certeza que quando estiver pronta vai me falar sobre isso. Eu amo sua irmã e com isso você não precisa se preocupar, vou cuidar muito bem dela, nunca estive tão feliz com alguém como eu estou com ela. Então não se preocupe, ela esta em boas mãos. - Falei e ela sorriu e me abraçou apertado.
- Ela não se abre muito comigo e isso sempre me preocupou muito, teve uma época que ela ia lá na casa que eu morava com eles e eu tinha que sair lá na rua para conversar com ela, porque ela não queria ver eles e muito menos entrar na casa deles. Então por favor não magoe ela, acho que ela já não teve uma vida muito fácil, só peço que faça ela feliz. - Sorri e ela me soltou.
- Pode deixar eu vou fazer ela muito feliz. - O casal se despediu e foram para casa deixando apenas eu e minha mulher ali. Sn me olhou sorrindo enquanto fechava a porta e então caminhou até o sofá onde eu tinha deitado. - Está toda sorridente, tá feliz? - Perguntei e ela concordou se ajeitando entre minhas pernas e abraçou minha cintura deitando seu rosto em meu ombro.
- Estou muito feliz, que bom que vocês se deram bem, isso era importante para mim. - Falou e eu levei minha mão a suas costas brincando ali.
- Você nunca me contou dos seus pais. - Comentei e ela deu um beijo em meu rosto me fazendo sorrir.
- Eles eram ainda adolescentes quando descobriram que minha mãe estava grávida, e eles não sabiam o que fazer comigo sabe eles não queriam filhos na época, então eles me entregaram para os meus avós me cuidar. Eu cresci sem eles, eu lembro que uma vez por semana eles sempre me visitavam mas isso não adiantava de nada. Quando eu estava com sete anos eles foram lá me contar que eu teria uma irmã, eu fiquei animada porque eu estava sempre sozinha meus avós nunca saiam de casa então eu finalmente teria alguém para brincar. Na minha cabeça eles fariam o mesmo que fizeram comigo, mas não eles ficaram com ela e às vezes traziam ela para eu ver. Com o passar dos anos eu fui crescendo e comecei a perguntar para os meus avós o porque deles cuidarem dela e de mim não, mas eles nunca me falaram muitas coisas às vezes inventando mentiras para tentar me dobrar. - Explicou e ao contrário do que pensava ela não tinha mágoa em sua voz, ela apenas parecia realmente triste com a situação de não ter a irmã do lado.
- E como você se sente com toda essa situação? - Perguntei e ela levantou seu rosto para me olhar.
- Eu não tenho problema nenhum com eles, essa foi a escolha que eles fizeram para me manter bem eles não tinham condições de me criar então meus avós me cuidaram. E eu nem tenho mais problema, mas eles não me deixavam ver a Julia com tanta frequência como se eu não fosse nada dela, mas agora tá tudo bem. - Concordei encarando seu rosto bonito e ela sorriu no momento em que eu contornei seu lábio com meu dedo.
- E você não visita eles? - Perguntei em dúvida e ela negou.
- Não, a última vez que eu vi eles foi no aniversário da Julia ano passado, eu não vejo motivos em tentar uma aproximação eles também nunca quiseram se aproximar de mim. Tive uma boa educação e meus avós me cuidaram muito bem, consegui ter um futuro mesmo não tendo nem um apoio dos meus pais, então agora não preciso deles. Meus pais de verdade foram meus avós que me criaram, eles já faleceram então agora só tenho a Julia de família. - Voltou a se deitar em meu peito e eu abracei ela sentindo a mulher beijar meu peito.
- Agora você tem eu. - Falei e ela concordou.
- Sim, estou feliz assim, não preciso de mais nada. - Sorri e ali ficamos curtindo os carinhos uma da outra até a gente pegar no sono ali mesmo.













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Só quero ficar com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora