Capitulo 5

622 58 37
                                    

Cantos, baixo e fino, aquele piar das aves desperta minha antes mente que antes estava em repouso, assim lentamente abro minhas pálpebras se acostumando com a claridade que ali se fazia presente devido há alguns raios de sol que entravam no quarto. Não demorei muito para que eu me levantasse e fizesse as minhas higienes matinal e vestisse uma peça casual pois permaneceria em casa. Me encaminhei sem pressa até a sala de jantar, meu olhos curiosos ainda batiam por todo o canto daquele lugar tão novo para mim, tentando se situar, mesmo sabendo que não me sentiria em casa. Ao chegar onde desejava, encontro uma pessoa em minha cozinha, Conrado havia contratado uma moça chamada Antônia para cuidar dos trabalhos domésticos da casa, me sento a mesa para tomar café e após algum tempo escuto baterem na porta, não sabia quem poderia ser naquela hora, afinal nao me lembro de ter convidado ninguém. Antonia diz que já está indo e eu apenos aguardo para ver quem era. Assim que meus olhos batem naquelas orbes verdes, tudo ao meu redor parece parar e como se tivesse nós duas naquele cômodo, eu sabia que estava com um sorriso em meu rosto, estava feliz em vê-la ali. Valentina tinha aquilo de me trazer um conforto imediato, um sentimento bom de só de saber que a mesma estava por perto meu coração se enchia. Eu não sabia dizer o que era aquilo, mas de uma coisa eu tinha certeza, que ela era a única pessoa na qual poderia me deixar de tal maneira, nenhum outro ser humano seria capaz de despertar todas aquelas reações sob mim como ela faz. Ela não estava sozinha por isso que tive que sair da nossa bolha e me atentar que havia mais pessoas por perto, precisava claro manter minha descrição e educação.

- Muito obrigada, Antônia - agradeço gentilmente a mulher em minha frente — Diga-me, Conrado está na loja com o pai dele?

- Não senhora, o patrão saiu cedinho, nem quis tomar café - a mais velha diz, ela tem um sotaque caipira muito bom de ouvir e parecia uma pessoa boa para convivência.

- Ele deve estar aqui para o jantar, prepare tudo por favor — pedi gesticulando com a mão

- É pra já minha, senhora. Com licença - ela diz olhando para mim e Valentina antes de se retirar e deixar nós duas a sós.

- Bom dia, senhorita Albuquerque, como está? - brinca fazendo-me rir, dou um leve tapa em seu ombro por me chamar pelo sobrenome do Conrado que agora era o meu também.

- Estou bem senhorita, Valentina! Vem, vamos tomar café - pego em sua mão delicadamente e seguimos até a mesa que ainda estava posta e com algumas comidas frescas. Me sento em um lado da mesa e ela do outro.

- Então você veio por que já sentiu saudades? - arqueio a sobrancelha olhando para a garota a minha frente com um sorriso vitorioso formado em meus lábios.

- Desde que saiu por aquela porta, Lu - disse de uma forma tão verdadeira enquanto seus olhos me encaram com um brilho diferente que já podia sentir o meu estômago começa a se agitar, nunca vou me acostumar com a profundidade em seu olhar, nunca iria me acostumar com a sensação causada por Valentina.

- Minha cama ficou tão vazia sem você está noite, sem graça. me senti como se estivesse vagando por um deserto durante milhares de anos. — respondo no mesmo tom dela.

- Você teve pesadelos essa noite? - pergunta com uma visível preocupação em seu tom de voz, era fofo como Valentina se importava comigo - Agora vou ficar com medo todas as noites, devo passar todas as informações de como cuidar de você nesses casos? E Conrado onde estava? - ela dispara e eu começo a rir em como ela começou a ficar realmente acordada em suas falas - Isto não é motivo de graça.

- Você fica deveras adorável quando esta toda preocupada comigo - mordo meu lábio inferior e desvio um pouco meu olhar dela, mas apenas por alguns segundos - Algumas vezes eu te chamava só para que pudesse estar comigo, ontem a noite eu queria poder ter seu corpo junto ao meu - confesso.

Devaneios de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora