- ᴀɴᴀ ʀᴏꜱᴀ -

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— Bom dia, Breninho

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— Bom dia, Breninho. — disse Camille enquanto entrava na cozinha acolhedora onde seu irmão estava. — Vai colar na festa da Lili depois da Ana Rosa hoje?

Lili, namorada de Magrão, que era particularmente amigo de Camille, e consequentemente, também sua amiga.

— Sim, vou sim. Vai a tropa inteira, como não faltar? Falando nisso, Apollo vai estar lá. — Brennuz respondeu com um sorriso malicioso nos lábios.

— Não ligo se o Apollo vai estar, ele é só meu amigo, e, além disso, ele sempre está nos rolês. — acrescentou ela.

Brennuz mudou sua expressão, mas não desistiu.

— Eu vou me arrumar para a Ana Rosa, hoje eu mato, hein. — ele disse.

— Vai nessa. — Camille riu.

— Fica esperto, viu.

Ana Rosa foi especial para Camille. Era a melhor plateia, os melhores apresentadores e, talvez, a batalha favorita dela, talvez por causa de seu histórico de vitórias.

Camille optou por usar uma camiseta da Ana Rosa e uma calça jeans larga. Seu cabelo permanece o mesmo, porque, segundo ela, trazia sorte.

Brennuz acompanhou até a praça, mas depois se separaram. Ele logo encontrou seu grupo de amigos, enquanto Camille ficou um pouco perdida na multidão.

— Camille, achei que não ia vir hoje. — Apollo chamou do nada.

— Tomei a decisão bem em cima da hora. Como você está? — Camille respondeu.

— Bem. Vai na festa da Lili hoje? — Apollo se mudou dela.

— Claro, como posso perder a oportunidade de você ver dançando? — Camille riu.

— Na verdade, é você que vai ter o prazer de me ver dançando.

Apollo pegou a mão de Camille e a girou, como um passo de dança, deixando-a levemente envergonhada.

— Bom, Brenoca tá me esperando. Espero que a gente se encontre na batalha para eu ganhar de novo.

— Tô inspirado hoje, acho que você é que tem que ter medo de trombar comigo...

— Sonha. — ela respondeu enquanto se afastava.

A batalha já havia começado. Sereia, a apresentadora, chamou Brennuz e Bask para o primeiro round.

Aqui você evapora, meu mano, não chora. Eu te ganho facile, até você sair da sombra da Camille. — a rima de Bask soou como um golpe bem executado.

Apesar de Brennuz ser um bom MC, Camille tinha presença. Os concorrentes tinham medo de enfrentá-la, pois irradiavam confiança. Principalmente quando o ritmo era trap, Camille era conhecida como a rainha desse gênero. Alguns diziam até que ela poderia competir de igual para igual com Jaya nesse estilo.

— Eu te respeito muito, meu mano, mas agora você virou meu freguês. A Camille é muito boa, mas agora eu vou te mostrar o que é ser um sensei. — respondeu Brennuz. — Você está em São Paulo, não no Rio nem em Brasília. Hoje você entenderá como honra minha família.

Camille estava observando seu irmão competir na plateia e sorria ao ver como ele rimava bem e respondia de maneira perspicaz, mesmo quando o tema era a sombra dela.

Ela estava tão treinada na batalha que nem notou a presença de seu amigo ao lado.

— Que susto, Apollo!

— Achou que era quem? — ele riu.

— Não tinha te visto. Eu estava assistindo ao Brennuz responder. Que orgulho, cara.

— É legal que ele rime exatamente como você, mas vocês perdem do mesmo jeito. — Camille deu uma tapinha no ombro dele. — Era para fazer? — Os dois riram.

— Brennuz na próxima fase! — Sereia anunciou.

Sereia era uma amiga próxima de Camille, e ao ver Apollo e a própria conversando, teve uma ideia interessante.

— Agora, aqui no palco, eu quero os dois que não param de conversar ali. — a plateia riu. — Camille e Apollo!

Apollo não ganhou par ou ímpar, então ela começou.

O ritmo era boombap, de certa forma fácil para os dois.

 Você está começando, e aí, Camille assume, o clima não tá' pelando? — a plateia conjunta. — Como você vai me vencer aqui é boombap, eu faço o que é um bom rap e eu chego no fim, dessa vez não é trap para você tentar ganhar de mim.

Me diz, me diz, Apollo. Não se contradiz, pode ser boombap, trap, detroit, que eu te mato até o fim. Se o clima está esquentando é porque eu vou te derrotando, e nem chegamos na parte de estarmos flertando. — eles responderam juntos.

— Aprende a me atacar que eu começo a flertar. Diz aí, Camille, estou pensando se a gente faz nossa lua de mel lá no Chile.

A plateia adorava quando Apollo e Camille faziam isso nas batalhas. Embora insistissem que fossem apenas amigos, o público sempre enlouquecido.

— Aprende a me ganhar que eu aprendo a te atacar. — a plateia grita. — Ana Rosa é meu abrigo, não esqueçam, galera. Eu e Apollo somos apenas amigos. — Camille rimou enquanto abraçava Apollo de lado, e ele segurava sua cintura.

A batalha terminou, e Camille venceu por 2x1. Foi uma disputa acirrada, mas também muito divertida.

— Foi muito bom, maninha. — disse Brennuz depois que Camille desceu ao palco. — Depois você fala que shippam com Apollo. — Ele riu.

— Ah, todos sabem que não temos nada. — respondeu Camille.

— Apollo que começou com o assunto. Se eu fosse você...

— Não termine a frase, Breno. — Os dois riram.

 — Os dois riram

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28/10/23

𝐀 𝐑𝐈𝐌𝐀 𝐃𝐀 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐕𝐈𝐃𝐀 - 𝐀𝐩𝐨𝐥𝐥𝐨 𝐌𝐂Onde histórias criam vida. Descubra agora