Sombras do Passado - Livro 2 (PAUSADO)

Capítulo 37 (Últimos capítulos)

Abro a porta da casa e meus olhos vêem Arthur dentro do carro, eu nunca me senti tão feliz na vida como nesse exato momento. As dores em meu rosto e no corpo pareceram sumir por segundos, quando estava chegando no portão alguém me puxa pelo pescoço apertando com tanta força que pensei que se quebraria ao meio.

— Eu estava com saudade, coração!

Meu corpo inteiro estremeceu ao escutar a voz do meu tormento, era William. Arthur desceu do carro no mesmo instante e eu via o desespero em seu olhar, era o mesmo desespero que eu estava sentindo e eu estava com medo, William percebendo que ele iria se aproximar sacou uma Glock da sua cintura e apontou o cano frio para a minha cabeça encostando.

— Se afasta ou eu atiro na cabeça dela. — cada vez que Arthur se aproximava ele afastava para trás me levanto consigo.

— Pelo amor de Deus cara não faz isso por favor. — disse Arthur com a voz trêmula. — É o carro que você quer? Então leva meu carro, mas solta ela.

— Carro? — William gargalhava feito um louco. — Eu quero tantas coisas e a primeira é saber o seu nome e o que você está fazendo aqui.

— William não faça nada que possa se arrepender, meu nome é Arthur e eu sou o namorado da Dulce, a chave está no contato.

— Namorado? Andou fodendo com outro cara sua puta? — eu só sabia chorar, ele por não obter sua resposta pressionou o cano da arma na minha testa ferida causando mais dor e mais sangramento. — Você sempre foi essa putinha safada que adora sentar em um pau duro.

Olhava Arthur em uma angústia imensa, a gente estava perdendo tempo e se o outro acordasse era capaz dele me matar ou William fazer esse trabalho antes dele, mas em meus pensamentos só queria saber do meu bebê. Laura era tudo o que eu tenho mais importante na minha vida e eu estava com tanto medo de morrer e deixar ela sozinha nesse mundo sem a minha proteção, sem o meu amor.

— A-Arthur sai daqui...— peço soluçando, eu já estava cansada dos outros ficarem na mira de uma arma por minha causa, primeiro foi a minha psicóloga e segundo a minha melhor amiga. — Vai embora e me deixa aqui, cuida da minha filha e diga o quanto eu a amo!

— Eu não vou sair daqui sem você meu amor, eu te fiz uma promessa e eu não vou falhar comigo mais uma vez. — as lágrimas cairá pelo seu rosto.

— Que cena linda, eu acho que vou chorar com essa declaração de amor! — William aperta meu pescoço com seu braço em volta me tirando o ar, sem tirar a arma da minha cabeça. — Vocês não vão ficar juntos isso eu garanto, você é uma vagabunda que nunca quis saber de mim, eu sempre te amei mais que tudo na minha vida Dulce sempre!!!

Ele engatilha e prosseguiu a falar:

— Sempre fui o insuficiente para as pessoas, ninguém nunca gostou de mim como deveria e eu cansei disso, mas de todos eu já me vinguei e a última pessoa vai ser você Dulce!

— Vai embora Arthur, vai por favor, por favor, por favor. — dizia com dificuldade, eu já sabia do meu destino e não tinha como eu escapar dele hoje.

— Isso Arthur, escuta a sua falecida namoradinha e vai embora. — ele disse frio. — ou melhor, você vai me levar até um lugar junto com essa princesa aqui — sinto nojo quando ele beija meu rosto.

— T-tudo bem cara, mas não faça nada.

William me forçou a caminhar em direção ao carro de Arthur que a todo momento estava sob a mira da arma, eu não entendia o porquê de sofrer tanto, nenhuma autoridade me ajudou e me deu proteção, ninguém fez nada porque sabiam de quem se tratava e hoje em dia o sobrenome vale mais que qualquer coisa.

{...}

— Você não sabe como eu gostaria de acabar com você agora mesmo, seu filho de uma puta! — William estava todo ensanguentado, sangue esse que era de Arthur.

Estávamos em um galpão afastado da cidade, local esse que ele disse ter planejado para mim a muito tempo; Arthur estava todo lesionado pelos golpes desferidos por uma barra de ferro.

Eu? Eu estava amarrada e toda dolorida pelas agressões que eu já tinha sofrido nas mãos de Christopher e agora pelas mãos de William.

— Porque eu tenho que te amar tanto Dulce, PORQUE? — ele gritou vindo em minha direção mais uma vez largando a barra de ferro melada de sangue, eu desejava morrer a todo momento. Ele segura meus cabelos e os puxa pra trás fazendo-me olhar em seus olhos.

— A-acaba com isso de uma vez por todas que eu não aguento mais! — foi a única coisa que eu falei, estava cansada.

— Você quer que eu acabe com tudo? Quer que eu faça isso meu amor? — ele começou a sorrir possesso, parecia estar possuído por algo maligno.

Minha vontade era que minha alma saísse do meu corpo para não sentir mais dor e parar de sofrer injustamente, acho que o único momento em que fui realmente feliz foi quando fui criança que não me preocupava com nada, a não ser em tomar banho e brincar o dia inteiro.

— A gente poderia ter sido felizes juntos longe daqui, poderíamos ter a vida de luxo que você sempre teve meu bem! — William falava colando sua boca na minha, causando dor.

Vejo Arthur se levantar meio grogue e me pediu silêncio sibilando silenciosamente, olho nos olhos do meu algoz tentando ganhar tempo e dando ouvido nas merdas que ele estava me dizendo:

— Eu te amo tanto minha princesa, eu não queria ter que deformar o seu rostinho angelical dessa maneira mas você não me deu chances. — ele embrenha seus dedos em meus cabelos continuado a falar:— eu prometo que vou cuidar disso tudo, eu só preciso matar esse filho da puta como eu matei o Igor, lembra dele?

Ele me beija e sinto nojo, seu toque era sujo, seu beijo, ele não merecia viver.

— E eu quero que você vá para o inferno seu filho da puta!!!!!!

— ABAIXA DULCE!!!!

Arthur grita e ao obedecê-lo ele mete a barra de ferro contra a cabeça de William em seguida de outra e outra e outra.

PAF!!!

PAF!!!

PAF!!!

Ele tinha esmagado a cabeça do filho da puta, agora ele estava morto e queimando no inferno.