Meu Coração é Laranja

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Profissionalismo e seriedade

Ao acordar em uma tranquila manhã de domingo, Leana sente uma onda de calor invadir seu corpo, acompanhada das memórias da noite anterior com Alexandre. Os beijos suaves, os lábios carnudos e o toque de suas mãos em sua pele estavam frescos em sua mente, como se tivesse acontecido apenas alguns instantes atrás.

Essa experiência, faz Leana acreditar firmemente que ele poderá ser a pessoa que a ajudará a curar as feridas do seu passado. Ela se sente envolta em um senso de esperança e renovação, como se um novo capítulo em sua vida tivesse começado naquela noite inesquecível.

A jovem mãe permanece deitada na cama, com a sensação de esperança e alegria aquecendo seu coração, enquanto se entrega à calma e ao contentamento da manhã de domingo.

De repente, a porta do quarto se abre, e dela, entra Theo, correndo em direção à cama.

— Mamãe! Venha tomar café! — ele pula sobre ela na cama. — Fui com a bisa comprar pão.

— Ai Theo, assim você machuca a mãe! — ela deita o menino ao seu lado, que ri da própria traquinagem.

— Mãe, ontem quando cheguei em casa, você não estava, e quando fui dormir, também. Você vai trabalhar hoje? Eu queria te contar como foi o passeio com meu pai.

O menino senta-se sobre a cama, cheio de energia, enquanto ela, ainda atordoada de sono, devagar faz o mesmo.

— Tudo bem, deixe-me levantar, fazer minha higiene pessoal e logo te ouvirei. — ela solta um longo bocejo. — Hoje é minha folga, e...

— Eba! — ele comemora em saber que, finalmente, terá um dia todo com ela — Mãe, foi muito legal! Fui conhecer a banda dele, depois nós...

— Espera, — para por um momento o calçamento das pantufas para virar-se para ele, interrompendo-o, com as sobrancelhas ligeiramente erguidas — teu pai tem uma banda?

— Sim! O Yuri toca contra-baixo, o Wylan a bateria e o papai a guitarra.

Leana o observa contar, lembrando-se que conhece esses dois caras, são os amigos de infância do seu ex. Ela se levanta da cama e seu filho a acompanha com empolgação.

— Depois nós dois fomos ao mercado e ele comprou um monte de coisa para mim.

— Quais coisas? — ela pergunta, ainda um pouco sonolenta.

— Chocolate, refrigerante, biscoito recheado, balas e alguns chicletes.

Fazendo uma careta, Leana encara o menino, deixando-o sem graça.

— Mas quando cheguei em casa, escovei os dentes, mãe. — Justifica, temendo levar uma bronca.

— Você sabe muito bem o que penso sobre isso, Theo. — ela nega a cabeça, desaprovando a situação.

Ambos passam pela porta da saida do quarto e Theo a acompanha até o banheiro.

— Depois nós jogamos video game. Ele me ensinou a jogar jogos de luta, depois de corrida e de futebol!

Leana escuta seu filho enquanto escova os dentes, revirando os olhos, pois preferia que ele tivesse jogado futebol no quintal ou num campo.

— E depois, ele fez uma macarronada para mim, mas eu não quis comer, então a vó Jovana colocou no potinho pra eu trazer pra casa. Está la na geladeira.

— Pelo menos não preciso fazer almoço para você hoje. — ela mexe os ombros, e cospe na pia.

— Ele disse que vai me dar um violão de presente e me ensinar a tocar.