Capítulo 34

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MARIA EDUARDA.

Olhei pelo espelho Rafael mexendo no celular me esperando pacientemente. O evento começaria ás nove e seria aberto pra quem quisesse ir, por isso estávamos nos arrumando agora pra chegar na quadra a tempo e ter lugar pra sentarmos.

Fiz uma maquiagem bem leve e deixei meus cabelos secarem naturalmente pra só fazer uns cachinhos nas pontas, fiquei pronta faltavam dez minutos pra nove horas e chamei o bonito que estava quase dormindo de novo.

- Que isso, uma gostosa meu amor. - ele falou e me dei conta que é a primeira vez que ele me chama assim. - E ainda bem que é minha. - ele bateu na minha bunda quando me abaixei pra calçar meu salto.

- Você não pode ver minha bunda dando bobeira. - ele gargalhou e me abraçou por trás.

- Eu não resisto. - mordeu meu pescoço.

- Podemos ir? - peguei minha bolsa que combinava com o salto no meu pé e me virei pra ele.

- Podemos fazer o que você quiser.

- Puxa saco. - ele me beijou.

Rafael ficou rindo. - Tá rindo do que?

- De nada, minha linda. - sonso.

Entramos no carro e ele dirigiu até a qudra onde já ouvi um funk em ritmo de natal, nem nessas ocasiões eles abandonam o funk.

- Vamos? - Rafael perguntou e eu assenti. Abri a porta do carro e encontei ele mais a frente, segurei sua mão e ele me olhou.

Cauê e Felipe já tinham chego, o clima estava tão bom, me sentia tão confortável perto deles que pareciam minha família.

- Fala aí, chefe. - Felipe foi o primeiro a cumprimentar Rafa e logo em seguida me cumprimentou. - E aí, patroinha. Tá uma gata, com todo respeito.

- Vai me talaricar mesmo? - Rafael pergunta brincando, mas sei que tem uma pontada de ciúme.

- Claro, irmão. Bota fé, patroa? - o sorriso na cara de Rafael sumiu e eu gargalhei com Cauê e Felipe. - Ei, cara, leva pro coração não, já tenho minha mulher. - ele apontou pra Ester que estava em um canto brincando com uma menininha. - Só falta ela saber que é minha mulher, mas isso muda hoje. - rimos.

Saímos pra cumprimentar o restante do povo, tinham muitas crianças ali e muitas senhoras também. Cauê agora tem meu total respeito, depois de ter resolvido fazer essa ceia. Amei participar e agora quero fazer em todas as ocasiões.

- Oi, tia. - uma garotinha se aproximou de nós com trancinhas em seu cabelo cacheado. Ela era linda. - Minha mãe disse que você é uma princesa, é verdade?

- É verdade sim, uma princesa igual você. - Rafael respondeu por mim, vendo que por um momento eu travei.

- Mas ela é mais bonita. - ela respondeu.

- Claro que não, você é perfeita, meu amor. Cadê sua mamãe? - ela apontou pra uma moça que nos olhava sorrindo.

- É minha mamãe e minha vovó. - ao lado da mãe dela tinham uma senhora nos olhando também e eu sorri de volta pra elas. - Vou voltar com elas, meu nome é Iara e o seu?

- Meu nome é Maria Eduarda, mas pode me chamar de Duda. E esse é o Rafael. - falei pra ela que assentiu. - Qualquer coisa pode me chamar.

Ela saiu correndo pra perto da mãe e eu e Rafael fomos arranjar um local pra sentar e encontramos numa mesa junto com dona Jane e seus filhos. Dei um sorriso pra Leonardo que já conhecia e cumprimentei os outros dois e Valentina que conheci hoje.

Eles são extrovertidos, puxaram pra mãe que não tirava o sorriso do rosto um minuto, totalmente realizada por tudo.

Quando deu onze horas Cauê pegou o microfone e começou a chamar algumas pessoas pra dar uma palavra. Algumas mulheres corajosas fora lá e contaram sobre seu ano, até crianças foram lá e falaram também arrancando risadas de todo mundo.

Até que Felipe subiu no palco.

- Ele vai chorar com certeza, não pode fazer um discurso que sempre chora. - Rafael falou baixinho.

-  Boa noite, pessoal. Tô muito feliz de estar aqui, tô feliz de ter uma família pra esse momento. Queria chamar aqui a mãe do meu filho, Ester, pra falar algo importante pra ela. - todo mundo fez silêncio pra ver a Ester andando com sua barriguinha visível dentro do vestido, se não me engano ela tá com quase seis meses. - Quero te dizer... - ele começou a ficar com a voz embargada e eu ri baixinho com Rafa. - Que tô muito feliz por fazer parte disso com você e por ter nosso filho aqui dentro. - ele colocou a mão na barriga dela. - Obrigado por me aguentar, sei que eu não sou fácil, mas eu quero ser um homem melhor por você e pelo neném. - ele limpou as lágrimas e ela também estava emocionada. - Casa comigo? - ele ajoelhou com a caixinha de aliança.

- Porra, achei que era em namoro, já pediu logo em casamento. Que cara evoluído. - Leonardo falou baixinho.

- Também tô surpreso. - Rafael falou no mesmo tom e eu ri baixinho.

- Caso, meu amor. -  Ester confirmou e Felipe colocou na mão dela a aliança. Ela fez o mesmo com ele e os dois se beijaram, todo mundo estava gritando de felicidade.

Foi uma festa só.

As horas se passaram enquanto nós conversávamos e eu bebia algumas coisas que me ofereciam, suco, refrigerante, cerveja. Fui ao banheiro duas vezes de tanto beber.

Á meia noite começamos a ouvir os fogos lá fora e todo mundo começou a desejar feliz natal um pro outro. Olhei pra Rafael que sorria pra mim, estávamos em pé e eu o abracei.

- Feliz natal, linda. - ele beijou minha boca num selinho.

- Feliz natal, amor. - o abracei e ficamos ali até a ceia ser servida.

O CHEFE DO TRÁFICO [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora