25 de dezembro
Ontem foi incrível, depois que jantamos, Valentina me puxou pra dançar com Ester e dona Jane. Como eu já estava altinha por causa da bebida, dancei até o chão sem me preocupar com os julgamentos. Rafael me olhava e ria de longe, onde estávamos sentados antes.
Hoje era finalmente natal e iríamos pro apartamento do Rafael trocar os presentes. No total éramos seis: eu, Rafa, Ester, Felipe, Cauê e dona Jane. Os filhos dela foram pra casa aproveitar o feriado então fizemos só nós mesmo.
Ás onze da manhã estavam todos lá já prontos pra trocarmos o presente, até a Pandora tava brincando na sala onde a gente tava. Fui com Rafael anteontem no shopping e pra ele não ver o presente dele tive que me separar pra comprar na loja que eu queria.
- Posso começar? - Cauê perguntou e nós concordamos. Ele se levantou e pegou as seis embalagens, distribuindo uma pra cada e duas ele deu pra Ester. - Podem abrir.
Abri o meu e era um brinco lindo de diamantes, delicado. Rafael ganhou uma pulseira com um pingente parecido com o formato do meu brinco, em prata. Ester abriu seu presente mas eu não prestei atenção no que era porque logo em seguida ela abriu o outro presente que era pro bebê e todos nós sorrimos quando ela nos mostrou toda animada.
- Obrigada, Cauê! - todos agradecemos e dona Jane foi a próxima.
Meu presente foi um copo térmico com meu nome, na verdade o apelido que Rafa me chama, "Madu".
Quase todos os presentes foram trocados, ganhei um de cada e chegou minha vez, a penultima. Peguei cada sacola e distribuí pra eles, dando dois pra Ester porque eu também comprei presente pro bebê.
Cada um abriu o seu. Comprei pra Rafael o tênis lançamento da nike que ele tava doido pra comprar, mas não encontrou em lugar nenhum, mas por sorte, eu encontrei e comprei.
Ele me olhou com os olhos arregalados e sorriu em seguida.
- Obrigada, minha filha. - dona Jane agradeceu pelo presente assim como os outros e eu me sentei de novo ao lado de Rafael.
- Caralho, linda. Você arrasou no meu presente! Obrigado. - ele abraçou meu ombro e beijou minha cabeça.
- Era o que você queria? - ele assentiu e eu sorri.
- Tua vez, Rafa. Quero ver qual foi a grife que tu deixou teu rim esse ano. - Felipe brincou e nós rimos.
Rafa levantou e distribuiu seus presentes também, me entregou uma caixinha pequena da Pandora. Abri e automaticamente eu sorri, ele se superou nesse presente. Não pelo valor, porque sei que um desse é caro, mas pelo significado.
Era um colar com um pingente da linha da Pandora com a Disney, uma estrela com um brilhante azul, referente á Cinderela.
Sorri pra ele que também sorria pra mim, e meu Deus, como eu sou apaixonada por esse homem. Pode parecer besteira pra muitos, mas pra mim aquilo tinha significado, remetia ao começo de tudo quando eu deixei meu salto na casa dele e no dia seguinte ele foi me devolver.
Todos agradeceram pelos presentes, e ele se sentou do meu lado.
- Gostou, Cinderela? - ele brincou.
- É perfeito, obrigada Rafa. - beijei ele sem me importar com os outros olhando, na verdade, todos estavam alheios conversando.
- Me deixa colocar em você? - ele apontou pro colar. Assenti e me virei de costas pra que ele colocasse.
Ele rodeou meu pescoço e eu afastei meus cabelos soltos pro lado pra que ele conseguisse fechar o colar. O contato dele na minha pele, mesmo depois de quatro meses, ainda me deixava arrepiada.
- Obrigada. - beijei ele novamente e nos viramos pro restante do povo.
Eles ainda estavam alheios, conversando um com o outro, somente dona Jane estava nos olhando e seus olhos brilhavam. Parecia feliz de ver Rafael interagindo assim comigo.
- Ei, o que acham de irmos pra Angra no ano novo? - Cauê sugeriu e logo todos concordaram, dona Jane falou que não poderia ir porque ficaria com os filhos.
- Bora, irmão, a gente sai dia 30, assa uma carne lá na casa de Angra e fica na praia dia 31 até a virada. - Felipe falou e olhou pra Ester que concordou com a cabeça.
- Feito então. - Rafa concordou.
Nós almoçamos quase três horas da tarde, depois de tanto conversarmos e logo Felipe e Ester saíram pra casa, foram descansar. Cauê também se despediu um tempo depois e dona Jane foi pra casa ficar com os filhos.
Ficamos só eu e Rafael na casa e estávamos exaustos porque essa noite não consegui dormir, e como ele estava comigo na casa do morro acabou não dormindo também. Eu estava com muita dor, muita cólica a madrugada toda. Talvez pela quantidade de bebida que misturei no natal, também tenha ficado enjoada. Mas não quis falar pra ninguém pra não preocupar, somente Rafael sabia já que estava comigo quando eu tava passando mal.
- Você tá melhor, linda? Quer ir no hospital? - ele perguntou quando eu me levantei do sofá.
- Tô melhor, precisa ir no médico não. - ele me olhou desconfiado.
- Você tem certeza? Ainda tá pálida. Se arruma aí que a gente vai lá. - ele pegou a chave do carro e eu neguei com a cabeça.
- Não, Rafa. Eu só preciso dormir um pouco, se não melhorar, prometo que vou lá. - eu disse e ele finalmente concordou.
- Deita lá no quarto que eu vou arrumar aqui, e daqui a pouco levo algum remédio pra você tomar.
- Tudo bem, obrigada. - fui pro quarto e me joguei na cama, não demorei muito pra dormir já que meu corpo estava cansado. Mas nada que umas horinhas de sono não resolvam.
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O CHEFE DO TRÁFICO [CONCLUÍDA]
RomansaMaria Eduarda passou uma vida difícil nas mãos dos pais. É uma jovem que sempre fez de tudo pra esconder o que vivia dentro de casa, mas quando chega Rafael, ele se sente na obrigação de proteger e tirar Maria Eduarda da casa onde ela tanto sofria...