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00 ✶ O Despertar
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Naquele dia, o céu se apresentava sombrio, com nuvens volumosas e saturadas que o envolviam por completo, como um vasto manto. Acompanhado de uma ventania gélida, o mar agitado formava ondas salobras que se arremessavam contra a costa arenosa, recuando em seguida. Esse movimento, como um ciclo perpétuo, continuava a se repetir, e sempre continuaria. Um relâmpago rasgou o horizonte, traçando uma linha luminosa e emitindo um estrondo que reverberava pelo ar.
Riku despertou abruptamente. Suas pálpebras tremulavam enquanto ela abria os olhos, apenas para se deparar com borrões indistintos. As gotas de chuva que caíam diretamente em seu rosto dificultam ainda mais a visão. Ela soltou um gemido abafado, seguido por uma crise de tosse que a fez expelir um pouco de sangue. O sabor metálico do sangue misturado ao sal permaneceu em sua boca, uma sensação que ela achou desagradável.
Yerin soltou um grito agudo ao sentir uma dor lancinante na cabeça, era como se alguém estivesse batendo nela com um martelo, com esforço ela levou a mão à cabeça e seus dedos se mancharam de vermelho. Na verdade, seu corpo estava repleto de arranhões e feridas abertas, todas queimando como se estivessem em chamas. Podia sentir a pele rasgada e o sangue escorrendo, cada gota que caía parecia levar consigo um pedaço de sua força. A agonia era quase além do suportável, mas tinha consciência de que precisava resistir, precisava persistir. Mesmo sem compreender a origem daquele instinto.
Com um esforço hercúleo, Riku apoiou as mãos no chão e empurrou o corpo para cima, conseguindo ao menos se sentar. Lançou um olhar ao redor, encontrando nada além de água, uma floresta e mais areia misturada com terra. Onde ela estava? Como havia chegado ali? Por que estava ferida? Yerin não sabia, não conseguia se lembrar. Sentiu-se tomada pelo desespero diante dessa sensação de desconhecimento.
Novamente, fez um esforço para se manter de pé. Suas pernas tremiam e ela quase caiu, mas não foi o suficiente para derrubá-la. Respirou fundo quando tudo ao seu redor começou a girar. Ela estava fraca, sabia disso. Começou a caminhar em passos lentos em direção à densa mata, onde havia uma trilha.
No entanto, antes que pudesse dar mais um passo, outro raio rasgou o céu, estrondando ao mesmo tempo em que Yerin caía. Ela respirava com dificuldade, pontinhos azuis aparecendo sob seus olhos. Talvez fosse devido à sua fragilidade, tinha a convicção de que a morte estava à espreita, ela conseguia ouvi-la chamando por seu nome como um sussurro, pronta para levá-la. Ela podia quase ouvir o som suave e ameaçador da foice da morte rasgando o ar, podia sentir o frio gélido que a acompanhava. Mas, apesar disso, Yerin não sentia medo.
Antes que pudesse desmaiar por completo, inclinou a cabeça na direção da trilha, onde viu uma sombra caminhando em sua direção. A última coisa que Yerin viu antes de perder a consciência foi a figura desconhecida se aproximando, e então, nada mais. Tudo se apagou como se alguém tivesse desligado a luz. A escuridão a envolveu, e Yerin se rendeu a ela.
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𝚗𝚘𝚝𝚎𝚜!
01. Aqui lhes apresento e entrego o prólogo que dará início a fanfic. E para minha surpresa, escrevi esse prólogo mais rápido do que eu imaginei! Apesar disso, de todas as versões que fiz (que não foram poucas) essa me agradou bastante, e torço para que vocês também tenham gostado dela. Esse capítulo foi revisado, mas pode ter algum erro de escrita ( me avise caso tiver, por favor).
02. Pobre Yerin, a bichinha tá representando literalmente aquele meme do "Onde é que eu tô?".
03. Comentem o que acharam do capítulo, é muito importante para mim, de verdade! Não se esqueçam de deixar um voto, também é de grande ajuda.
04. Nos vemos no próximo capítulo! Um beijinho na testa de todos vocês :3
