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EMMA

Hoje está sendo um dia perfeito, Jenna e eu tiramos o dia para brincar com as crianças. Depois de meses que o Arthur entrou nas nossas vidas, hoje é o primeiro dia que estamos em família.

Decidimos levar as crianças para a praia. Tinha muito tempo que eu não vinha nessa praia.

A Jenna está se dando bem com o Arthur, mas esconde. Eu sei que ela gosta dele, porque já acordei muitas vezes a noite e vi ela conversando com ele no quarto das crianças, mas ela insiste em chamar ele de intruso, acho que isso virou um apelido carinhoso. Nunca ouvi ela se referindo à ele como filho, eu já chamei ele de filho, eu amo o Arthur como filho.

- Amor, leva a Cecília para tomar banho no mar. - Jenna falou. - Eu fico com o Intruso, coloca ele no meu colo.

Eu peguei o pequeno e coloquei no colo da Jenna, e depois peguei a Cecília e coloquei no meu colo e fomos para o mar.

JENNA

- Filhote, sua mamãe Emma e sua irmã já entraram no mar? Você é meus olhos. - Falei para o Arthur. - Você está cumprindo nosso acordo, não contou para Emma que eu te chamei de filho, agora vou te contar um segredo.

Eu fiz um carinho no cabelo dele, e ouvi ele resmungar algo.

- Sabia que depois que fiquei cega, eu me fechei em casa, mas sua mamãe Emma me trouxe aqui, foi o primeiro lugar que vim depois de ficar cega. Filhote, essa praia é bonita?

- Ela é Linda, Jenna. - Ouvi a voz da mulher que eu tenho nojo e raiva.

- O que você está fazendo aqui, sua vagabunda.

- Eu vim ver meu filho, segui vocês.

- Você não tem direito de ver o meu filhote, ele é meu, você trocou ele por dinheiro. Agora ele é meu e da Emma, é nosso filho. - Rosnei.

- Ele é meu filho Jenna, ele ainda tem meu nome nos documentos dele, caso tenha esquecido, o nome de é Arthur Gutiérrez Ortega.

- Ele pode ter o nome que você quiser, mas ele é meu, a quarda é minha. E o acordo que você fez com a minha mãe não foi esse.

- O que você está fazendo aqui, Letícia? - Ouvi a voz da minha esposa.

- Eu só quero pegar meu filho um pouquinho, juro que vou embora.

- Eu já te disse que o acordo não era esse, ou você vai embora e deixa meu filhotinho ou eu mando minha mãe cortar o dinheiro que ela manda para você todo mês. E você ainda tem que devolver o que você já pegou. -Falei brava.

-Eu preciso do dinheiro. Só me deixa abraçar ele um pouquinho e vou embora.

- Amor, deixa ela abraçar o Arthur um pouquinho. - Emma falou e eu fiquei indignada.- Só um pouquinho, confia em mim.

- Pode pegar ele, só um pouquinho. - Me dei por vencida. - Amor, fica de olho nela, não deixa ela levar o meu filho.

- Seu filho.. - Emma falou meio incerta.

Depois de alguns minutos senti a Emma colocando o meu filhote no meu colo.

- Letícia você ainda usa o mesmo número de celular? - Emma pergunta.

- Sim, e já vou embora. Muito obrigado por deixar eu pegar ele.

- Não se acostuma, querida. - Falei debochando.

Ouvi os passos se afastando da gente.

- Ela já foi, Emma?

- Sim, é meio estranho. Ela parecia triste ou emocionada.

- Quero que ela enfia essa emoção no...

- Não termine essa frase Jenna, nossos filhos estão aqui.

- Pra que você queria saber do celular dela? - Perguntei curiosa.

- Eu acho que você poderia deixar ela ver o Arthur, nem que seja uma vez no mês. Ele sente falta dela, e ela aparentemente também sente falta dele.

- Não acredito que você está falando isso, Myers.

- Amor, pensa no Arthur. Ele ainda é bebê e sente falta da Letícia, e mesmo ela tendo todos os defeitos, é a mãe dele. E eu odeio aquela mulher, mas se estou falando isso é por causa do nosso filho também. - Eu sorri quando ela disse nosso filho.

- E se ela quiser tirar ele de mim?

- É só uma vez no mês, uma hora no dia, e alguém poderia supervisionar a visita.

- Tudo bem, vou conversar com a minha Mãe e ver o que ela acha. - Me dei por vencida.

- Eu te amo. - Ela me beija. - Eu amei ouvir você chamando nosso pequeno de Filhote.

✌🏽

Quebrando Barreiras Onde histórias criam vida. Descubra agora