Dez

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Capítulo dez

Naquela mesma manhã, ficou decidido que Regina deveria se dirigir a Red Horse. O xerife calculava que Daniel, caso ele realmente estivesse por trás do roubo de Maya para chantagear a ex noiva, estaria ansioso para descobrir se o seu plano havia funcionado.

Robin lhe entregou uma lista de itens que deveria comprar na loja de ferragens. Ela deveria chegar a cidade por volta do meio-dia para que houvesse uma desculpa plausível para que almoçasse por lá.
Tensa demais para comer alguma coisa além de um sanduíche, Regina não conseguiu ficar por muito tempo no restaurante. Estava saindo do estabelecimento, quando ouviu um assobio.

Seguindo na direção do som, ela chegou a um beco.
A pick-up azul de Daniel estava estacionada no local.

—  Onde está a égua Daniel ?Onde está minha filha? Você sabe quem a adotou?  — ela quase gritou de ódio. Daniel se limitou a rir.

—  Viu, amorzinho, como eu calculei bem?

—Eu vou te ajudar, só me diga onde está minha filha, eu faço o que for preciso Daniel - ela suplicou.

—   Acha que sou idiota de lhe contar antes?

A atenção de Regina foi imediatamente atraída para
um número de telefone em um canto do papel.

—  Você terá um prazo até amanhã a noite para me informar em que parte do rancho estão os animais de melhor qualidade. Mas tenha cuidado. Se eu souber que deu com a língua nos dentes, receberá sua filha em um caixão.

O pânico envolveu o corpo pálido de Regina.

—Como pode ameaçar sua própria filha...

Daniel avançou em sua direção e segurou-lhe o queixo. Regina empurrou-lhe a mão.

—  Como vou saber que está falando a verdade?

—   Mandarei uma foto da menina na hora certa — Daniel riu, satisfeito em vê-la perturbada.

—E quanto a égua, Maya?

—Seu patrãozinho terá a égua de volta se você fizer da maneira certa.

Em seguida, subiu na pick-up e foi embora.
Regina fez o mesmo. O xerife havia prometido que mandaria alguém até o rancho onde estavam Daniel e seus homens para verificar se havia sinais da presença de Maya. Uma perda de tempo, a seu ver.
Fez o trajeto até o rancho com os pensamentos atormentando-a. Queria se acalmar um pouco até chegar, mas não conseguiu, cada vez que pensava em sua menina seu corpo formigava e ela sentia que iria desmaiar.

Robin saiu de trás da janela, onde havia se colocado desde que Regina fora para a cidade. Estava tão ou mais nervoso do que ela. Dissera coisas terríveis a Regina, não apenas naquela manhã mas em quase todos os outros, ele estava profundamente arrependido por não ter confiado na mulher, que tinha dentro de si dor, sofrimento é uma filha perdida, Robin não imaginava sua vida sem sua pequena Ally, poderia imaginar o tamanho da dor que a morena carregava.

Assim que ela começara a contar a Cody sua história, ele soube que estava dizendo a verdade. E mesmo que isso não houvesse acontecido, o xerife lhe dissera, mais tarde, que acreditava plenamente em sua inocência.

Lembrava-se do dia em que Regina chegara e lhe perguntara se faria alguma diferença, quando se recusara a contratá-la, se ela lhe contasse o motivo de ter sido presa.

A teimosia dele e o orgulho dela haviam impossibilitado um entendimento.

Fora necessária a presença de Cody.

Deveria ter dado a ela algum sinal de que acreditava em sua inocência. Por não ter feito isso. Cody se apressara a expor seu plano que dependia da cooperação de Regina. Fora um idiota. Um completo idiota. E agora era tarde demais porque Regina já havia ido para a cidade para se encontrar com o maldito ex noivo.

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