20| professor substituto

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SOPHIA CAMPBELL

O dia seguinte começou com o irritante som do alarme, mas a perspectiva de não poder ir à escola devido à decisão dos meus pais estava longe de ser animadora. Vesti uma roupa simples, ciente de que teria aulas particulares em casa. A monotonia e o tédio já pareciam se instalar no meu dia.

A chegada do meu professor particular estava próxima, embora eu não soubesse exatamente quem era e não me importasse muito. A perspectiva de ter aulas em casa não era exatamente empolgante, e eu tinha a sensação de que o dia seria repleto de tédio e irritação.

Saí do meu quarto com a expressão carrancuda devido à discussão acalorada que tive com meus pais ontem. Caminhei até a cozinha, onde peguei uma maçã no fruteiro. Meus pais estavam lá, seguindo sua rotina matinal de sempre. Meu pai, como de costume, lia seu jornal com seriedade, enquanto minha mãe mexia ovos com bacon na frigideira, criando aquele delicioso aroma de café da manhã.

Ao me ver, minha mãe lançou um pequeno sorriso e disse:

— Bom dia, querida. Não vai querer um café da manhã mais substancial? Uma maçã não vai te sustentar muito.

Respondi, com um toque de amargura na voz:

— Não, estou bem assim, obrigada, mãe.

Me preparei para retornar ao meu quarto e isolar-me, mas fui interrompida por meu pai, que me aconselhou com um tom autoritário:

— Seu professor está a caminho, então espere no seu quarto e veja se você se comporta.

Revirei os olhos, ainda de costas para eles, e murmurei:

— Tá bom.

Minha relação com meus pais estava claramente tensa naquele momento, refletindo a discussão de ontem e o desconforto que sentia em casa.

Caminhei até meu quarto e, assim que entrei, fechei a porta, buscando um momento de privacidade. Enquanto mordia a maçã, dirigi-me até a penteadeira, onde encontrei um laço e o usei para criar um coque despojado. Sentei-me, mantendo meu celular à mão, e comecei a mexer nele, passando o tempo enquanto esperava a chegada do meu professor. Era uma pausa momentânea na tensão que havia enfrentado na cozinha, permitindo-me concentrar em coisas mais reconfortantes.

Após um tempo mexendo no celular, ouvi minha mãe gritar meu nome, e de alguma forma, eu já tinha uma suspeita de que se tratava do meu professor. Saí do quarto apreensiva e fui até a sala, onde encontrei meu novo professor. Mas o que aconteceu a seguir me pegou completamente de surpresa.

— Sophia, este é o seu novo professor, Simon Gutierrez. - Diz minha mãe enquanto sorria.

Meu coração disparou no mesmo instante em que meus olhos se encontraram com o rosto de Simon. Eu mal podia acreditar que Simon Gutierrez era o meu novo professor! O quê?! Ele estava vestido de maneira mais formal, usando óculos que acrescentavam um certo charme ao seu visual. Ele segurava uma maleta, e seus olhos não estavam mais vermelhos como costumavam ser; agora, tinham uma profunda tonalidade castanho-escuro, provavelmente lentes de contato. O choque e a surpresa inundaram meus sentimentos naquele momento.

Eu continuava olhando Simon, paralisada, enquanto ele se aproximava e dizia:

— É um prazer conhecê-la, senhorita Sophia. Prometo ser um ótimo professor. - Ele sorria.

OSSOS SANGRENTOS [vinnie hacker] Onde histórias criam vida. Descubra agora