21.

1.8K 157 181
                                    

CELESTE SPERANDIO

Eu estava no meu escritório -eu ganhei um individual por estar trabalhando demasiadamente- escrevendo uma parte da minha reportagem sobre o Pedro, quando bateram na porta. Dei permissão para que a pessoa entrasse, mas me arrependi imediatamente quando a porta foi aberta e revelou quem eu menos queria ver no momento.

Pedro González López.

O meio campista assentou-se despojadamente sobre uma das poltronas que tinham no outro lado da minha mesa e cruzou os braços rente ao peitoral. Fechei a aba do aplicativo que eu estava escrevendo e encarei ele com a minha pior expressão facial.

— Espero que aquela piranha não venha me incomodar novamente, Pedro, caso contrário teremos problemas maiores do que este. — eu comecei e umedeci os meus lábios, encarando ele fixamente. — Como conseguiu subir?

— Por que jogou um balde de gelo nela à toa? Estava com ciúmes? — González perguntou e eu soltei uma risada nasal. Ele não falou isso! — É a única justificativa plausível, Celeste. A garota não fez nada para você.

— Responda-me primeiro. — eu ordenei e ajeitei a minha postura, apoiando os meus braços na minha mesa, rente aos meus seios. — Como conseguiu subir?

— Eu tenho os meus contatos. — ele retrucou com um sorriso ignorante nos lábios. Era óbvio que ele tinha. — Me responda você.

— Ela falou mal de mim e do meu trabalho, sem contar que jogou aquela merda de vinho no meu vestido. — eu contei como se aquilo não fosse importante, mas um tom sarcástico era notável na minha voz. — Pedro, supera. Eu não tenho ciúmes de você. Você é doente?

Sim, ele é.

— Você transou com o Bellingham? Não vi mais ele à partir do momento que ele foi te consolar. — González fez aspas com os dedos na última palavra. Eu revirei os meus olhos e respirei fundo, sentando-me despojadamente na minha poltrona.

— Não te devo satisfações. — eu retruquei. Pedro abriu um sorriso fechado, mordiscou o lábio inferior e assentiu, coçando a têmpora.

— Vamos a um lugar hoje. Esteja pronta às oito horas. — Pedro levantou-se da poltrona e direcionou uma piscadela na minha direção. Esperei o moreno virar as costas e direcionei o meu dedo do meio para ele.

Idiota.

— Convide aquela plastificada. — eu disse e ouvi a risada dele antes de abrir a porta.

— A bunda dela é cem porcento natural. Fique tranquila, eu testei. — o moreno retrucou e fechou a porta, indo embora, eu ergui uma das minhas sobrancelhas. Eu não acredito nisso.

Babaca. Idiota. Merda.

Abri novamente o site onde eu escrevia sobre o artigo do Pedro e acrescentei mais uma coisa.

Pedro González é um egocêntrico de merda.

Balancei a cabeça em negação, soltei um suspiro frustrado e apaguei o que eu escrevi. Não poderia escrever algo do tipo.

Meu celular apitou, o nome do Pedro apareceu na barra de notificação dizendo que ele tinha enviado uma foto de visualização única para mim. Enruguei a testa confusa, por ele ter acabado de sair daqui e entrei na mensagem, vendo uma foto dele com a cabeça deitada na bunda dela.

hotel, pedri gonzálezOnde histórias criam vida. Descubra agora