Psicoterapia do Dr. Ou [Pt-Br]

Capítulo 41 - Início de Especial de Verão - Indulgência e Prazer

Eu ouvi os sinos no dia de Natal

Suas velhas canções familiares tocam

E selvagem e doce as palavras repetem

Paz na terra aos homens de boa vontade!

- Steven Curtis Chapman, composição Jörgen Elofsson

(NT: o original diz que é de Henry Wadsworth Longfellow)

***

As ruas de Londres estavam cheias de alegria natalina e os flocos de neve dançavam ao vento, caindo esporadicamente nos cílios de Yi Zhize.

Esse advogado estava como sempre, com uma figura ereta, uma aura notável, um rosto caloroso e claro e um sinal em forma de lágrima.

Mas olhando para a pessoa à sua frente, ele ficou um pouco hesitante.

Ele não tinha certeza se este era um sonho que ele tinha permissão para ter na véspera de Natal.

A brisa soprou alguns fios de cabelo de sua testa enquanto Yi Zhize ficou no lugar.

Eles estavam a poucos passos de distância.

Eles estavam sempre a alguns passos de distância.

Eles estavam sempre ausentes, separados, incompreendidos.

Remorso e amor penetraram, mas no final tudo derreteu longe na noite silenciosa de neve.

Não havia mais nada.

Yi Zhize pensou,

não há mais nada.

Posso olhar para você assim, você pode sorrir para mim assim, isso é bom o suficiente.

Seus olhos se encontraram, como haviam feito quando se viram pela primeira vez.

De repente, fogos de artifício explodiram e o ar ficou entusiasmado quando grande aplausos rolaram como um maremoto.

Era meia-noite e a multidão da véspera de Ano Novo estava cheia de barulho.

Os olhos de Yi Zhize foram atraídos para os fogos de artifício no céu, o faíscas brilhando tão quentes quanto o calor de seu coração.

"Zhize, feliz ano novo."

Em algum momento, Ou Tingyun caminhou silenciosamente para o lado dele, e os dois ficaram lado a lado, como se nunca tivessem se separado.

"Feliz Ano Novo, Tingyun."

Yi Zhize virou a cabeça para o lado e encontrou seu rosto em seu olhos, que se iluminavam com o calor dos fogos de artifício.

Ou Tingyun pegou sua mão e a apertou suavemente na palma da mão, "Posso...?"

"O quê?"

O murmúrio excessivamente barulhento de vozes abafou as palavras do médico. "Nada."

Ou Tingyun aqueceu um pouco a mão e a colocou suavemente no bolso do casaco.

"Tingyun, abaixe um pouco a cabeça."

Yi Zhize deu um beijo em seus lábios, suaves e frescos.

Empurrado com força contra a parede, emaranhado e fisgado em uma perseguição febril, a respiração de Yi Zhize tremia levemente enquanto ele abraçava a pessoa à sua frente com força. Era como se o tormento da saudade tivesse sido desabafado de uma só vez, como se a chuva do deserto tivesse aliviado uma viagem sedenta.

Insuficiente.

Nada poderia ser suficiente.

Ou Tingyun pegou sua mão e eles desceram por muito tempo, escada estreita até o chão.