Capítulo único

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Deus sabe como estou agradecida por não ter me tornado uma figura publica depois do dia 5.
Desliso a mão por minha barriga de 8 meses, sim, não sabia que aquela noite maravilhosa as véspera do dia 5 geraria minha preciosa criança. Minha gestação inteira fiquei aqui na galeria, as vezes que saia era para realizar os exames da minha gestação com um médico de minha confiança, Gordon sempre me acompanhava, as vezes ele passava alguns dias comigo na galeria, desde que foi liberto ele assumiu a BNT ele ficou muito atarefado.
- Ai... calma meu pequeno, está treinando com espadas?
Riu baixo e sinto mais movimentos, optei por não saber o sexo so para sentir o sabor da surpresa quando nascer.
- Que tal um lanche durante o filme favorito de seu pai?
Sinto minha fome aumentar e riu baixo. Desde que soube da gravidez todo dia lia varios livros em voz alta, escutava as músicas que V gostava, usava algumas roupas dele, tudo para que nosso filho soubesse da existência do pai, para que ele senti-se um pedacinho dele conosco.
- Evey?
Sorriu e apareço na sala, travo automaticamente puxando uma adaga da minhas costas.
- Evey, calma.
- Quem é ele? Por que o trouxe aqui?!
Gordon suspira trêmulo.
- Você sabe que não traria ninguém aqui se não fosse de total confiança.
Me sentia nervosa, o homem estava vestido de terno negro, tinha um corte aristocrático e olhos tão azuis quanto o céu ou safiras, esses mesmos olhos estavam bem interessados na minha barriga, automaticamente minha mão a envolve.
- Esse é meu amigo, Victor, ele é meu amigo de longa data que vivia exilado na Espanha.
- Por que o trouxe?
- Ele é escritor, quer fazer um livro sobre você e V.
Guardo a adaga, ele se aproxima e estende a mãe coberta pela luva negra.
- É um prazer conhece-la, senhorita Hammond. Devo lhe dar os parabéns pela criança que carrega, é msm dele?
- Sim, a criança é meu filho com V.
- Então é menino.
- Não, optei por saber quando nascer.
Noto um brilho em seus olhos, sua voz era tão rouca, parecia que era pouco usada.
- Ah, Evey querida, eu trouxe algumas coisas para o jantar, Victor queria fazer algo especial para essa noite, nabemono, você ira adorar.
Noto as sacolas.
- Sim, eu mostro a cozinha, se importa de ajudá-lo Gordon? Meu pés doem um pouco.
- Deixe-me--
Gordon e Victor dão um passo na minha direção para oferecer ajuda, riu baixo.
- Vocês podem fazer o jantar, nos estamos com vontade de assistir o Conde de Monte Cristo.
- Meu favorito.
Victor sorri ladino me analisando, me senti estranha, quase da msm forma que me sentia quando V me olhava.
>>>Q.T<<<
A cena da luta de espadas estava começando, quando sinto o lençol ser posto ao meu redor.
- Victor
- Esta frio.
- Obrigada.
Ele faz um gesto e permito ele se sentar.
- Posso perguntar algo?
- Ja está perguntando.
Sorriu e ele ri baixo.
- Sim, pode.
- Por que não foi embora.
- Oq?
- Por que não procurou outro lugar para morar, você está para ter um bebê e não acho que aqui é um lugar adequado para ele.
Sinto o bebê mexer, suspiro.
- Msm eu não me tornando celebridade após o dia 5 sou conhecida. V deixou esse lugar para mim, é seguro e familiar, eu tenho lugar para onde ir... mas quero que nosso filho conheça o lugar onde o pai dele vivia, que ele tenha acesso a todo conhecimento que V teve aqui.
Tenho o rosto erguido por sua mão coberta pela luva de couro negra.
- Evey...
Senti minha respiração travar... os olhos azuis refletiam os meus.
- O jantar está-- oh perdão.
Tento levantar na mesma hora Victor me ajuda.
- Tudo bem... so estavamos conversando.
Victor murmura.
- Vamos, acho que vc não pode ficar muito tempo se se alimentar.
>>>Q.T<<<
Gordon ja estava rindo sob o efeito do sake, o jantar de frutos do mar estava delicioso, Victor falou pouco, quem estava deixando tudo mais descontraído era Gordon... ate que sinto uma vontade imensa de ir no banheiro.
- Um momento.
>>>Pov V<<<
Linda, perfeita, Evey estava angelical. No momento que a vi... grávida... ela estava grávida... Gordon não havia me falado nada, me sentia trêmulo, por Deus, Evey estava esperando meu herdeiro ou herdeira.
Quando ela disse que criaria nossa criança seria criada aqui... para ter um pedaço de mim com eles... cada músculo meu quis embala-la em meu colo e fazer juras de amor.
- Um momento.
Vejo ela levantar, provavelmente indo para o banheiro.
- O que vai fazer?
Pisco.
- Oq?
- Você vai deixar sua dama e seu herdeiro sozinhos aqui, na fortaleza da solidão.
Uma coisa que aprendi nesses meses de recuperação foi a aturar os sarcasmos de Gordon, mas nem sempre eu dava atenção.
- E o que sugere. Revelar minha identidade no estado atual vai prejudicar o bebê.
- Eu acho--
Escutamos o barulho de metal caindo, provavelmente a armadura.
- Evey.
Corremos, ela estava de joelhos com as mãos na barriga.
- O bebê.
A pego nos braços, noto a calça do moletom molhada.
- A bolsa ja estourou.
Corro para meu quarto e a depósito no meio da cama.
- Ainda falta um mês, é cedo demais.
Ela estava em pânico.
- Gordon, no armário do banheiro a panos limpos, traga-os junto com água morna e fria.
Ele corre, parece que o álcool sumiu de seu sistema.
- Quanto a você, madame, vamos trocar essas roupas.
Ela estava encolhida, indo para longe de mim, ela estava chorando.
- Evey...
- Va embora.
Ela abraçava sua barriga. Subo na cama, tiro a luva.
- Evey.
Ela ve minhas mãos e no segundo seguinte levo um tapa e seus braços ao meu redor.
- Como... aaaarrgg.
Suas unhas cravam no meu ombro, uma contração.
- Meu amor, primeiro nosso filho.
Ofegante a troco de roupa contando o intervalo de tempo entre as contrações, ainda estava longe de nascer.
>>>Q.T<<<
O relógio marcava 3 da manhã, fazia 4 horas que Evey começou o trabalho de parto. As contrações estavam vindo a cada 1 minuto, ela ja estava cansada.
- Ainda da tempo de leva-la a um hospital.
- Não... V... não quero.
- Shii, o bebê nascerá aqui.
Ela grita apertando os lençóis, 20 segundos e passa. Ela sorri com minha declaração. Mas um grito.
- Esta vindo.
Ela grita e espero, as contrações agora com 10 segundos de diferença. Gordon aparece e fica ao lado dela segurando sua mão e limpando o suor.
>>>Q.T<<<
4 da manhã, ela ja tinha desmaiado 2 vezes, no estoque de remédios havia seringas com adrenalina, a aplicação foi que a fez acordar.
- Está coroando, quase Evey.
Um último grito, a cabeça até metade do tronco saí, puxo com cuidado.
- É uma menina.
Gordon corta o cordão e o choro ecoa por toda galeria.
- Pulmões fortes.
Ele murmura e sorriu.
- V...
Enrolo em um pano.
- É menina... é nossa menina.
Ela sorri, Gordon ajuda a senta-la colocando vários travesseiros em suas costas.
- Ela é perfeita, Evey.
- Claro que é, é nossa filha.
- Sem querer ser desmancha prazeres, mas ambas precisam de banho, roupas e um hospital.
Respiro fundo, não havia notado que não estava respirando.
>>>Q.T<<<
A enfermeira tira a agulha do braço de Evey, 3 horas depois do parto e ela ja estava de pé, um pouco cansada, mas de pé.
- Onde ela está?
- Tenha calma, está sendo cuidada pelos médicos e vigiada por Gordon.
Me aproximo tocando seu rosto.
- Desculpa pelo tapa.
- Acho que foi merecido.
Ela me beija, riu internamente, ela que sempre iniciava tudo. Sinto os cachos curtos em meus dedos, os lábios macios deslisando sobre os meu, seu sabor doce.
- Com licensa.
Nos afastamos, o médico estava ao lado da enfermeira que empurrava uma incubadora.
- Sua filha, apesar de nascer um mês antes do normal, está bem desenvolvida e saudável.
Evey aperta minha mão sorrindo.
- Contudo...
- Contudo?!
- Ela possuí heterocromia e devo dizer que seu sistema imunológico é bem mais desenvolvido que outras crianças que ja vi.
- Heterocromia?
A enfermeira se aproxima, Evey a segura... quando ela abre os olhos, um azul como os meus e outro castanho como o de Evey.
- Linda.
Murmuro "Claro que meu DNA corrompido iria se manifestar de alguma forma".
- Viola.
Evey pisca.
- O que?
- Vamos chama-la de Viola.
Beijo os micro cachos negros da bebê.
- Nossa pequena Viola.

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